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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/10/2011 | Veículos
Primeiras impressões: Honda CB 1000R
Primeiras impressões: Honda CB 1000R Ergonomia da CB 1000R deixa os braços bem relaxados (Foto: Divulgação)
Ergonomia da CB 1000R deixa os braços bem relaxados (Foto: Divulgação)
A Honda CB 1000R, um dos lançamentos mais aguardados do ano, acaba de chegar ao mercado brasileiro. A marca japonesa apresentou a naked na 11ª edição do Salão Duas Rodas, que ocorreu na semana passada, em São Paulo, e começa a vender a motocicleta neste mês com preço sugerido partindo de R$ 37,8 mil. Apesar de não levar em seu nome o emblema Hornet, presente na CB 600F, a CB 1000R segue as mesmas linhas visuais e chega para completar esta família, que já possuía no Brasil a CB 300R e a Hornet.

A moto é montada em Manaus pelo sistema de CKD (Complete Knock Down), no qual as peças chegam ao país totalmente desmontadas. Este processo de nacionalização foi, segundo a Honda, o que fez a moto demorar três anos para chegar ao Brasil, já que roda na Europa desde 2009. Apesar da demora, a moto desembarcou no país com um preço competitivo, quando analisamos os valores e conjuntos de suas rivais.

O G1 avaliou as duas versões da moto disponíveis por aqui: a Standard (R$ 37,8 mil) e a com dispositivo de freios C-ABS (R$ 40,8 mil). Este primeiro contato com a naked — motocicleta destinada ao asfalto e sem carenagens — ocorreu em um circuito fechado e depois em autoestrada, em roteiro que foi de Indaiatuba até Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, o que rendeu 60 km rodados com a motocicleta. Apesar do grande propulsor, a CB 1000R mostrou-se fácil de pilotar e com um câmbio de engates precisos.

Equipada com um motor de 4 cilindros em linha, injeção eletrônica, 16 válvulas, com duplo comando de válvulas, capacidade de 998,3 cm³ e refrigeração líquida, a CB 1000R mostrou-se mais fácil de conduzir de que sua irmã menor, a Hornet. O motor herdado da CBR 1000RR de 2007 foi retrabalhado e o resultado é uma boa performance em todas as faixas de giros do motor.

O 4 cilindros é capaz, de acordo com a marca, de alcançar a potência máxima de 125 cv a 10.000 rpm com torque de 10,1 mkgf a 7.750 rpm. Durante o teste, foi possível observar que, mesmo em baixas rotações, seu funcionamento é satisfatório, o que torna a moto uma boa opção para a cidade. Mas, à medida que os giros do motor sobem, a CB 1000R mostra as características esportivas que possui, com uma resposta contundente.

Dinâmica
Com peso seco de 204 kg na versão Standard e 208 kg na versão ABS — o peso em ordem de marcha não foi informado —, a CB 1000R apresentou um comportamento bem ágil no roteiro realizado. Apesar de o circuito fechado realizado ser pequeno e sem possibilidade de realizar curvas em alta velocidade, a moto proporcionou uma dinâmica boa, com destaque para a maneabilidade. De acordo com a Honda, este efeito ocorre devido à centralização de massas da motocicleta, com o chassi de alumínio fundido e o escape reduzido.

A ergonomia da CB 1000R também é acertada e o guidão largo de alumínio garante que o motociclista fique bem relaxado em cima da moto. Já o banco é rígido e esportivo e, com o passar do tempo, torna-se desconfortável. As suspensões possuem diversas regulagens e, apesar de o teste não ter passado por pisos irregulares, a CB 1000 aparentou ter um bom ajuste, encontrando uma sintonia entre conforto e esportividade.

Além de contar com o tradicional sistema anti-travamento, a versão C-ABS possui o dispositivo da Honda que combina a frenagem traseira com a dianteira. Ao acionar o pedal de freio traseiro, parte da energia é direcionada aos discos dianteiros. Segunda a marca japonesa, este sistema é destinado a aumentar a segurança da moto.

Na estrada, como toda naked, o motociclista recebe todo vento no rosto e no corpo. A motocicleta passou segurança na velocidade máxima permitida na estrada (R$ 120 km/h), com muita estabilidade. No momento das ultrapassagens, o motor foi mais que suficiente.

Visual e equipamentos
A estética é uma das grandes armas da CB 1000R para conquistar os consumidores. Apesar de não ser uma novidade mundial, a moto ainda mantém o frescor e modernidade em suas linhas. Os destaques ficam por conta do farol dianteiro que possui luz de posição em LED e as carenagens de acabamento que surgem nas laterais do tanque. A traseira é bem afilada e esportiva e a balança monobraço proporciona um visual bem interessante na roda.

O painel de LCD é bem moderno e totalmente digital. Está dividido em três partes, porém, o resultado não é tão efetivo e tem difícil visualização, principalmente, quando o sol está forte. Já os piscas destoam um pouco do conjunto, pois são grandes demais. A CB 1000R chega às lojas apenas com duas cores disponíveis: verde e preto. Na Europa existem outras opções de coloração, como a branca e a especial tricolor (azul, vermelho e branco).

Mercado

A expectativa da Honda é comercializar 120 unidades da CB 1000R por mês. Para alcançar este objetivo, a marca posicionou a moto com um valor que lhe dá vantagem sobre as potenciais rivais. Comparando com sua principal concorrente em termos de conjunto, a Kawasaki Z1000 (Standard custa R$ 43,9 mil e a ABS, R$ 48,9 mil), a CB 1000R é mais acessível.

Além disso, a moto se torna uma adversária também para a Kawasaki Z750, que custa R$ 33,9 mil (standard) e R$ 37,3 mil (ABS) e tem desempenho inferior. Outras opções da categoria são a menos moderna Suzuki Bandit 1250 (R$ 32,9 mil) e a bem mais cara K 1300R, que parte de R$ 70,9 mil, que devido ao seu valor muito mais alto, ficou de fora do box de concorrentes. A Suzuki B-King também é mais cara, custando R$ 52,9 mil.

Por Rafael Miotto - G1, em Águas de Lindóia (SP)
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