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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/03/2013 | Veículos
Primeiras impressões: Dodge Durango
Primeiras impressões: Dodge Durango Traseira do Dodge Durango remete aos anos 1980 (Foto: Raul Zito/G1)
Traseira do Dodge Durango remete aos anos 1980 (Foto: Raul Zito/G1)
Modelo destaca conforto para família e economia de combustível.

Transmissão e ausência de GPS enfraquecem o argumento do carro.


A imagem de uma paisagem árida riscada por um estrada, típica de estados como o Texas, na divisa dos Estados Unidos com o México, é o que passa pela mente ao ver pela primeira vez o Dodge Durango (nome, aliás, de um estado mexicano). O modelo é aquele típico SUV de americano, pesado (tem 2.312 kg em ordem de marcha), grandalhão e com opção de acabamento interno claro para os clientes mais puristas. No caso da versão topo de linha Citadel, testada pelo G1, vem até com aplicações que imitam madeira, algo adorado pelos estadunidenses. E é exatamente este espírito "american way of life" que tem feito o Grupo Chrysler crescer no mercado de luxo brasileiro.

Por se apegar a um nicho de mercado de famílias endinheiradas, a meta para o Dodge Durango é emplacar 700 unidades no país em um ano, sendo que 60% deles da versão topo de linha Citadel, que custa R$ 199,9 mil.

A versão de entrada, a Crew, no entanto, tem quase tudo o que a Citadel oferece, mas sai por R$ 179,9 mil. Ou seja, compensa mais pegar a configuração completa (lembre-se, é um segmento de luxo). Entre os itens da versão básica estão 9 alto-falantes com subwoofer, áudio via bluetooth, bancos da primeira e segunda fileira aquecidos, câmera traseira de estacionamento, controles traseiros do ar-condicionado, estepe em aço, console central completo, porta USB para iPad, iPhone e iPod, tela de LCD de 6,5'' e HD interno de 30 GB, teto solar e vidros dianteiros laminados.

Já a topo vem ainda com bancos dianteiros ventilados, faróis de xenônio, console de teto traseiro, maçanetas das portas cromadas, nivelamento automático do facho dos faróis, painéis das portas forrados em couro, rede de proteção de carga, rodas de alumínio cromadas de 20'', sistema de entretenimento traseiro com tela de DVD de 10'', teto solar elétrico e volante aquecido e revestido em couro perfurado.

Destaque é o motor Pentastar V6
Ainda que a traseira pareça um resgate de desenhos criados nos anos 1970, a linha de cintura alta vinda do Dodge Charger e a grade frontal estilosa e cromada reforça essa imponência e a sensação de ter um carro com resistência e tanque para rodar longas distâncias com toda a família dentro. O Durango oferece sete lugares e promete um resistente e econômico powertrain, cuja estrela é o motor Pentastar V6 3.6 DOHC de 24 válvulas.

Este propulsor em alumínio, portanto, mais leve, oferece 286 cavalos de potência a 6.350 rpm e 35,4 kgfm de torque máximo a 4.300 rpm. Ele é o mesmo que equipa Jeep Grand Cherokee, Chrysler Town & Country, Dodge Journey, Jeep Wrangler e Chrysler 300. Aliás, esta versatilidade para atender às necessidades de diversos tipos de modelo fez com que o Pentastar substituísse 6 motores V6 diferentes, gerando redução de custo absurda para o Grupo Chrysler.

Com tais características, ele garante ainda consumo bem menor, comprovado pelo G1 durante a avaliação do Durango. De acordo com a Chrysler, neste modelo ele faz 6,8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada. Como tem um tanque com 93,1 litros de capacidade, isto lhe rende a autonomia para rodar cerca de 880 quilômetros — ou seja, ir de São Paulo (SP) à Vitória (ES) sem precisar abastecer o carro. Contudo, se for considerar o valor de R$ 2,80 para o litro da gasolina na capital paulista, vão uns R$ 260 para encher o tanque.

Impressões
A começar pelo motor, a economia de combustível e o desempenho para deslocar um carro tão pesado foi compatível ao prometido pela montadora no percurso de cerca de 100 quilômetros entre trechos urbanos de Barueri e a Rodovia Castel Branco indo e voltando de Sorocaba, no interior de São Paulo. No entanto, deu pena da transmissão que desvalorizou completamente os atributos positivos do motor, de força e potência. O câmbio é automático de cinco marchas, sendo a quinta, na verdade, um overdrive.

Pelo seu peso, o Durango é muito fraco nas retomadas e o câmbio "grita" em aclives. Precisa pisar fundo no acelerador para, bons segundos depois, ter a resposta que se precisa. Então, não causará espanto caso a Chrysler lance no ano que vem uma transmissão mais moderna para o SUV, especialmente porque a nova geração do Jeep Grand Cherokee chega em 2014 ao Brasil.

Uma pena perder desempenho, já que o carro oferece muito conforto ao dirigir, seja pelo motor, seja pela posição e ergonomia dos bancos. É um SUV extremamente confortável e com visibilidade impecável garantida pela posição mais alta do banco. O ajuste de altura e profundidade do volante também favorece muito. Esterçá-lo também é tranquilo, o que permite fazer manobras mais fechadas sem dificuldade.

A suspensão independente nas quatro rodas agrega qualidade positiva por ter um ajuste bem equilibrado, é firme e ao mesmo tempo não repassa trancos aos ocupantes. No entanto, quem garante a estabilidade do carro mesmo é a tração integral e os diversos sistemas eletrônicos de segurança. Mesmo assim, não dá para abusar nas curvas sinuosas, porque a traseira puxa. O Durango traz de série controle eletrônico de estabilidade (ESC), que engloba o limitador eletrônico de rolagem da carroceria e aplica os freios em situações extremas, assistente de partida em subida (HSA) e o controle de balanço de reboque (TSC). Fora isso, possui airbags frontais, laterais e de cortina e apoios de cabeça ativos, que reduzem o efeito chicote em frenagens bruscas e colisões.

Pernas e bancos
O sistema de rebatimento de bancos é extremamente funcional e fácil de utilizar. É tão prático que não exige força, especialmente das pessoas sentadas na terceira fileira que queiram sair do "cercadinho" sem pedir ajuda. O Durango também se mostra um veículo funcional para comodar cargas: ele permite 28 configurações de bancos e área de bagagem de até 2.390 litros, o que garante o transporte de uma escada de 3 metros de comprimento, por exemplo.

Porém, levar passageiros não é tão simples assim. A segunda fileira de bancos é muito confortável, com espaço suficiente para três pessoas se acomodarem e assistirem a um filme. No entanto, dois adultos na terceira fileira ficam apertados, embora a Chrysler defenda que cabe.

Aqueles com pernas longas e mais de 1,70 m não vão conseguir sequer rebater os encostos dos bancos da frente para a posição original — e não existe alguém que consiga ficar encolhido, nem que seja para rodar por meio metro. Fora isso, os últimos vidros são pequenos e, por isso, claustrofóbicos. Assim, quem irá se divertir mesmo na terceira fileira serão as crianças.

Conclusão
Quem pode ter um carro deste porte como alternativa para o fim de semana é uma boa opção, mas a falta de versatilidade para rodar em centros urbanos pode deixá-lo em segundo plano na escolha de uma família, considerando se tratar de um segmento com bons concorrentes. Isso porque a transmissão automática é cansativa, o que atrapalha e muito o resto dos cinco dias da semana de congestionamento. Mesmo assim, o apelo do acabamento interno impecável e o visual "cowboy" superam os pontos fracos. O Durango tem muito estilo, motor com bom rendimento e recursos tecnológicos de sobra para tornar uma longa viagem agradável. Só não se esqueça do GPS em casa ao se aventurar por aí, porque isto o utilitário esportivo da Dodge não tem.

Por Priscila Dal Poggetto Do G1, em Barueri (SP)
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