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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/03/2016 | Geral
Preso no RS, suspeito de injúria a atriz atuava em rede com 20 mil membros
Homem foi preso em Porto Alegre na operação desta quarta (16) pelo país.

No cumprimento do mandado, policia descobriu ligação dele com pedofilia.


O homem de 27 anos preso em Porto Alegre nesta quarta-feira (16), dentro da operação deflagrada em sete estados para combater crimes de racismo e injúria racial contra a atriz Taís Araújo, era um dos administradores de uma comunidade na internet com mais de 20 mil membros, de dentro e de fora do Rio Grande do Sul, de acordo com depoimento dele à polícia. Era nessa condição que ele postava as mensagens pejorativas.

"Ele mencionou que é um dos administradores dessa comunidade que troca mensagens. E dentro dos comentários existem os de injúria racial", destaca o delegado Arthur Hermes.

O mandado cumprido na casa dele era de busca e apreensão, com objetivo de descobrir os ataques virtuais pelo computador que o homem usava. Nessa investida, a Polícia Civil gaúcha acabou encontrando provas de outro crime, de pedofilia. No equipamento havia fotos e vídeos de pornografia infantil, o que culminou com a prisão em flagrante.

O homem, que não teve o nome divulgado, será indiciado por pedofilia no Rio Grande do Sul. Já pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro, que investiga o caso da atriz, ele deverá ser indiciado por injúria racial e associação criminosa.

Na análise do computador, a polícia gaúcha também encontrou ataques virtuais contra a jornalista e apresentadora do Jornal Nacional Maria Júlia Coutinho, a Maju.

No Rio de Janeiro, o delegado responsável pelas investigações de injúria racial disse que o mesmo grupo ofendeu Taís Araújo, Sheron Menezes e Maria Júlia Coutinho.

"É o mesmo grupo. A intenção era chamar atenção. Escolhiam pessoas públicas, com notoriedade, e seus integrantes se mobilizavam. Havia um código de conduta, se eles não participassem [das ofensas], eram punidos", diz o investigador Alessandro Thiers.

Segundo a polícia gaúcha, no momento do cumprimento do mandado na casa dele, no bairro Rubem Berta, Zona Norte de Porto Alegre, o homem tentou se desfazer das provas desligando o fonte de energia do computador. Mas não conseguiu. A análise do notebook foi autorizada pela Justiça e pelo próprio dono do equipamento.

Também foram cumpridos mandados na cidade de Cachoeira do Sul, na Região Central do estado. A proprietária da casa onde a polícia identificou o endereço de rede de internet utilizado para os ataques foi ouvida na condição de testemunha. De acordo com a investigação, a conexão dela foi invadida e usada indevidamente para a prática de racismo e injúria racial contra a atriz.

A operação teve cinco presos no total - quatro com mandados e mais um em flagrante. Além do Rio Grande do Sul, foram cumpridos quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão no Riode Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Procurada pela TV Globo, a atriz não gravou entrevista, mas disse: "Fico feliz que a Justiça tenha sido feita. Espero que crimes desse tipo, contra qualquer mulher negra, não fiquem impunes".

Por Jonas Campos e Tatiana Lopes, da RBS TV e do G1 RS
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