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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/11/2014 | Saúde e Ciência
Presidente do IPCC pede esperança no combate às mudanças climáticas
Cientistas estão reunidos para aprovar síntese do Quinto Relatório climático.

Novo texto vai nortear governos na criação de acordo global contra emissões.


Cientistas do clima deram início nesta segunda-feira (27) a uma semana de reuniões em Copenhague, na Dinamarca, para aprovar a síntese do Quinto Relatório de Avaliação do Painel Internacional da ONU sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, composto por três grandes volumes divulgados nos últimos 13 meses.

O texto, denominado "Sumário para Desenvolvedores de Políticas" vai nortear as discussões em torno de um novo plano global para cortar emissões de gases, responsáveis pela elevação da temperatura do planeta. O tratado climático, que vai substituir o Protocolo de Kyoto, que impõe restrições a nações ricas, menos EUA, começará a ser delineado ainda este ano, na conferência de Lima (COP 20), e terá de ser aprovado em 2015, em Paris.

Segundo o presidente do painel científico da ONU, Rajendra Pachauri, as lideranças políticas não devem perder a esperança diante do enorme desafio de enfrentar as mudanças climáticas. "Não é impossível", lançou Pachauri. Para ele, os líderes políticos deveriam "evitar ser superados pela aparente desesperança ao lidar com as mudanças climáticas", afirmou o chefe da organização premiada com o Nobel da Paz.

Reunidos a portas fechadas, cientistas e representantes de governos devem bater o martelo na sexta-feira (31), para que o documento principal seja publicado no domingo (2).

Consequências drásticas

O primeiro capítulo afirmava que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau.

Sobre as previsões, a primeira parte trouxe também a informação de que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900). Isso se a queima de combustíveis fósseis continuar no ritmo atual e sem o cumprimento de políticas climáticas já existentes.

Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estimaram ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte (leia mais aqui).

Impactos e adaptação
Já o segundo capítulo, lançado no fim de março, concluiu que são "altamente confiáveis" as previsões de que danos residuais ligados a eventos naturais extremos ocorram em diferentes partes do planeta na segunda metade deste século. E isso deve acontecer mesmo se houver corte substancial de emissões nos próximos anos.

O texto aponta que populações pobres de regiões costeiras podem sofrer com o aumento do nível do mar, altas temperaturas acentuariam o risco de insegurança alimentar e que áreas tropicais da África, América do Sul e da Ásia devem sofrer com inundações causadas pelo excesso de tempestades.

O documento afirma também que há fortes evidências de uma redução da oferta de água potável em territórios subtropicais secos, o que aumentaria disputas pelo uso de bacias hidrográficas, além de uma possível perda de espécies de plantas e animais pela pressão humana, como a poluição e o desmatamento de florestas (leia mais aqui).

A terceira e última parte afirma que são necessárias mais ações para cortar as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento do planeta a 2ºC até 2100. Segundo os cientistas, é preciso abandonar os combustíveis fósseis poluentes e utilizar fontes mais limpas para evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC antes de 2100, o que seria um nível catastrófico.

Por G1, em São Paulo
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