DATA DA PUBLICAÇÃO 14/01/2015 | Geral
Presidente da Sabesp diz que ''é possível'' Cantareira secar em março
Jerson Kelman diz que ordenou redução ainda maior da retirada de água.
Sistema opera com 6,4% da capacidade nesta quarta-feira (14).
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu em entrevista ao SPTV nesya quarta-feira (14) que “é possível” que o Sistema Cantareira seque em março. A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre uma projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres do Ministério da Tecnologia.
“É possível que sim [seque em março]. Se continuar assim é possível, por isso que nós estamos fechando. Você tem que ir fechando as torneiras”, disse.
A projeção do Centro Nacional de Monitoramento mostra que, se a chuva for somente 10% da média história, a água do Sistema Cantareira poderia se esgotar em março.
Até esta quarta-feira, as represas do Sistema Cantareira registraram 59,6 mm de chuva desde o dia 1º de janeiro, o que representa 22% da média histórica para o mês, que é de 271,1 mm.
O reservatório abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, e opera com 6,4% da capacidade nesta quarta-feira (14), considerando o volume útil e as duas reservas técnicas das represas.
Kelman afirmou ainda que ordenou que a retirada de água do Sistema Cantareira diminua ainda mais, para 13 mil litros por segundo. Isso significa uma redução de 60% em relação aos 33 mil litros por segundo que eram retirados antes da crise hídrica.
A redução é paulatina desde março do ano passado, quando a Agência Nacional de Águas (ANA) determinou a redução de 33 para 27,9 mil litros por segundo. Na terça-feira (13), a retirada já era de 16 mil litros por segundo, segundo Kelman.
A nova redução deve afetar ainda mais as manobras de redução de pressão que já acontecem em toda a Grande São Paulo e faz que vários consumidores fiquem sem água especialmente durante a noite.
Kelman disse ainda que a Sabesp tentará informar "com a maior precisão possível" a população sobre os cortes de água.
Racionamento
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu pela primeira vez nesta quarta-feira (14) que existe um racionamento de água. Desde o início da crise hídrica, no início de 2014, Alckmin jamais havia admitido que os paulistas passam por racionamento. A Sabesp também admitiu, pela primeira vez, que toda a Região Metropolitana está com redução de pressão na água. O governo assume o racionamento um dia após a Justiça proibir a cobrança de multa para quem consumir mais água do que a média.
Alckmin afirmou que já há um racionamento desde o momento em que a ANA ordenou a diminuição na retirada de água do Sistema Cantareira. Foi no dia 13 de março do ano passado que a vazão captada passou de 33 metros cúbicos por segundo para 27,9 metros cúbicos por segundo, por determinação da ANA.
Sistema opera com 6,4% da capacidade nesta quarta-feira (14).
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu em entrevista ao SPTV nesya quarta-feira (14) que “é possível” que o Sistema Cantareira seque em março. A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre uma projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres do Ministério da Tecnologia.
“É possível que sim [seque em março]. Se continuar assim é possível, por isso que nós estamos fechando. Você tem que ir fechando as torneiras”, disse.
A projeção do Centro Nacional de Monitoramento mostra que, se a chuva for somente 10% da média história, a água do Sistema Cantareira poderia se esgotar em março.
Até esta quarta-feira, as represas do Sistema Cantareira registraram 59,6 mm de chuva desde o dia 1º de janeiro, o que representa 22% da média histórica para o mês, que é de 271,1 mm.
O reservatório abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, e opera com 6,4% da capacidade nesta quarta-feira (14), considerando o volume útil e as duas reservas técnicas das represas.
Kelman afirmou ainda que ordenou que a retirada de água do Sistema Cantareira diminua ainda mais, para 13 mil litros por segundo. Isso significa uma redução de 60% em relação aos 33 mil litros por segundo que eram retirados antes da crise hídrica.
A redução é paulatina desde março do ano passado, quando a Agência Nacional de Águas (ANA) determinou a redução de 33 para 27,9 mil litros por segundo. Na terça-feira (13), a retirada já era de 16 mil litros por segundo, segundo Kelman.
A nova redução deve afetar ainda mais as manobras de redução de pressão que já acontecem em toda a Grande São Paulo e faz que vários consumidores fiquem sem água especialmente durante a noite.
Kelman disse ainda que a Sabesp tentará informar "com a maior precisão possível" a população sobre os cortes de água.
Racionamento
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu pela primeira vez nesta quarta-feira (14) que existe um racionamento de água. Desde o início da crise hídrica, no início de 2014, Alckmin jamais havia admitido que os paulistas passam por racionamento. A Sabesp também admitiu, pela primeira vez, que toda a Região Metropolitana está com redução de pressão na água. O governo assume o racionamento um dia após a Justiça proibir a cobrança de multa para quem consumir mais água do que a média.
Alckmin afirmou que já há um racionamento desde o momento em que a ANA ordenou a diminuição na retirada de água do Sistema Cantareira. Foi no dia 13 de março do ano passado que a vazão captada passou de 33 metros cúbicos por segundo para 27,9 metros cúbicos por segundo, por determinação da ANA.
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