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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/03/2016 | Economia
Presença feminina no mercado de trabalho diminuiu em 2015
Presença feminina no mercado de trabalho diminuiu em 2015 Setor de atividade que permanece com maior atuação feminina é o de serviços. Foto: Andris Bovo
Setor de atividade que permanece com maior atuação feminina é o de serviços. Foto: Andris Bovo
Pesquisa regional divulgada nesta quinta aponta permanência de desigualdade entre os gêneros

A proporção de mulheres ocupadas ou desempregadas passou de 54,4% em 2014 para 53,2% no ano passado no ABCD, interrompendo o aumento obervado nos últimos três anos. É o que revela estudo sobre a presença feminina no mercado de trabalho na Região em 2015, elaborado pela Fundação Seade e Dieese e divulgado nesta quinta-feira (03/03).

A participação masculina permaneceu praticamente estável pelo terceiro ano consecutivo, com 69,9% dos homens no mercado de trabalho regional. Na avaliação de Marcia Guerra, técnica da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), a queda da presença feminina está ligada à saída do mercado de trabalho, sendo que o nível de ocupação diminuiu e as mulheres deixaram de procurar emprego.

“Tendo os homens como maioria na composição de chefes de famílias, as mulheres que são demitidas ou são sobrecarregadas com jornadas duplas começam a fazer a relação custo-benefício entre o trabalho e os demais afazeres. Mas acredito que esse movimento de queda é um susto em um ano de crise econômica, não significa que vai se arrastar”, avaliou.

PROFISSÕES

Em todos os setores de atividade econômica, com exceção do comércio, houve queda no nível de ocupação entre os dois gêneros, mas as mulheres foram as que mais sofreram. O setor de atividade que permanece com maior atuação feminina é o de serviços, com 69% de mulheres em cargos de administração pública, educação, saúde, alojamento, alimentação e serviços domésticos. Já a indústria emprega 30,9% dos homens ocupados, enquanto as mulheres correspondem a 13,8% dos trabalhadores industriais.

Em relação às condições de trabalho, houve queda no nível de ocupação com carteira assinada de 6,2% entre as mulheres e 5% entre os homens. Já a quantidade de autônomos aumentou para ambos os gêneros, mais acentuadamente para as mulheres (7,7%). “Quando a mulher tem dificuldades de inserção no trabalho formal, há outras saídas como fazer doce em casa, ser costureira, e isso reflete no trabalho por conta própria”, disse Márcia.

RENDIMENTOS

O ganho médio por hora trabalhada pelas mulheres no ano passado caiu 3,5%, para R$ 11, enquanto os homens apresentaram queda ainda maior, de 7,7%, e tiveram rendimento de R$ 13,97 por hora. De acordo com a técnica Marcia Guerra, a aproximação dos salários não representa um avanço para as mulheres.

“A mulher não teve aumento salarial e isso demonstra que o mercado de trabalho muda conforme a sociedade. As mudanças culturais são lentas e as políticas públicas são fundamentais para empoderar as mulheres em diversos aspectos”, disse.

Para a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) Gênero do Consórcio Intermunicipal, Maria do Socorro Pereira Miranda, a participação das mulheres nas discussões precisa ser intensificada. “A mulher tem de sair dos bastidores e assumir mais cargos políticos para pleitear direitos, o que reflete nos cargos de chefia dentro das empresas. Também necessita de equidade na participação dos homens nas tarefas domésticas e cuidado com os filhos, uma vez que muitas mulheres deixam de procurar emprego porque não têm creche ou alguém para cuidar do filho”, apontou.

Por Iara Voros - ABCD Maior
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