DATA DA PUBLICAÇÃO 10/08/2008 | Política
Prefeituráveis reclamam de concurso de Santo André
Adversários do PT em Santo André acreditam que o deputado estadual Vanderlei Siraque, candidato petista à sucessão, foi favorecido em concurso público promovido recentemente pela Câmara.
Na opinião dos prefeituráveis Newton Brandão (PSDB) e Ricardo Alvarez (Psol), houve "direcionamento" para beneficiar o governista. No entanto, apesar de lamentar o ocorrido, os candidatos majoritários não apontaram culpados.
No domingo passado, o nome de Siraque foi usado irregularmente - segundo especialistas em direito eleitoral - em uma das provas do concurso aplicado pela empresa Moura Melo. No exame para a vaga de operador de fotocópias, para a qual concorreram 1.024 pessoas, o participante teve de responder, entre outras questões, em qual cidade Siraque disputa a eleição a prefeito.
"Não me sinto prejudicado em função do ocorrido. Também não fico à vontade em comentar o assunto porque podem dizer que pretendo tirar proveito político da história. Mas foi algo ridículo, sem propósito. Uma sujeira do tamanho de um bonde, feita propositalmente", afirmou Brandão.
Questionado sobre o que deveria ocorrer com os responsáveis pelo concurso, o tucano evitou entrar em detalhes. "Não quero me manifestar porque o favorecido é meu adversário político, e prometi a mim mesmo não criar incompatibilidade com ninguém. Mas, como cidadão, não estou me sentindo muito bem com esse fato", acrescentou. A chuva não o impediu de percorrer, pela manhã, o comércio da Vila Curuçá, na Avenida Itamaraty.
Cancelamento - Ricardo Alvarez classificou de "esquisita" a situação. "Há cinco candidatos em Santo André e a empresa coloca na prova justamente o governista, que integra o partido do presidente da Câmara? Com qual objetivo?", questionou.
Na opinião do socialista, o chefe do Legislativo local, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), precisa agir rapidamente para evitar problemas. "Confio no Montorinho. Mas ele tem de anular o concurso e abrir outro excluindo a participação dessa empresa, agora sob suspeita. E precisa dar satisfação pública em plenário."
Diferentemente de Brandão, Alvarez avalia ter sido prejudicado. E não perdeu a chance de alfinetar os petistas. "Temos de reconhecer que esse pessoal é criativo. É uma inovação na maneira de divulgar a candidatura. Nunca tinha visto campanha em concurso público."
Ontem, o socialista realizou reuniões fechadas em decorrência do mau tempo. "Infelizmente, a chuva joga em favor de quem está na frente nas pesquisas." Mas nem tudo foi motivo de reclamação para Alvarez. Ele alega ter ficado satisfeito com recebimento de e-mail anteontem, no qual Bruno Daniel - exilado desde a morte do irmão Celso Daniel - reforça "apoio incondicional" a ele.
Siraque não comentou o assunto. Anteontem, porém, declarou ter sido prejudicado.
Na opinião dos prefeituráveis Newton Brandão (PSDB) e Ricardo Alvarez (Psol), houve "direcionamento" para beneficiar o governista. No entanto, apesar de lamentar o ocorrido, os candidatos majoritários não apontaram culpados.
No domingo passado, o nome de Siraque foi usado irregularmente - segundo especialistas em direito eleitoral - em uma das provas do concurso aplicado pela empresa Moura Melo. No exame para a vaga de operador de fotocópias, para a qual concorreram 1.024 pessoas, o participante teve de responder, entre outras questões, em qual cidade Siraque disputa a eleição a prefeito.
"Não me sinto prejudicado em função do ocorrido. Também não fico à vontade em comentar o assunto porque podem dizer que pretendo tirar proveito político da história. Mas foi algo ridículo, sem propósito. Uma sujeira do tamanho de um bonde, feita propositalmente", afirmou Brandão.
Questionado sobre o que deveria ocorrer com os responsáveis pelo concurso, o tucano evitou entrar em detalhes. "Não quero me manifestar porque o favorecido é meu adversário político, e prometi a mim mesmo não criar incompatibilidade com ninguém. Mas, como cidadão, não estou me sentindo muito bem com esse fato", acrescentou. A chuva não o impediu de percorrer, pela manhã, o comércio da Vila Curuçá, na Avenida Itamaraty.
Cancelamento - Ricardo Alvarez classificou de "esquisita" a situação. "Há cinco candidatos em Santo André e a empresa coloca na prova justamente o governista, que integra o partido do presidente da Câmara? Com qual objetivo?", questionou.
Na opinião do socialista, o chefe do Legislativo local, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), precisa agir rapidamente para evitar problemas. "Confio no Montorinho. Mas ele tem de anular o concurso e abrir outro excluindo a participação dessa empresa, agora sob suspeita. E precisa dar satisfação pública em plenário."
Diferentemente de Brandão, Alvarez avalia ter sido prejudicado. E não perdeu a chance de alfinetar os petistas. "Temos de reconhecer que esse pessoal é criativo. É uma inovação na maneira de divulgar a candidatura. Nunca tinha visto campanha em concurso público."
Ontem, o socialista realizou reuniões fechadas em decorrência do mau tempo. "Infelizmente, a chuva joga em favor de quem está na frente nas pesquisas." Mas nem tudo foi motivo de reclamação para Alvarez. Ele alega ter ficado satisfeito com recebimento de e-mail anteontem, no qual Bruno Daniel - exilado desde a morte do irmão Celso Daniel - reforça "apoio incondicional" a ele.
Siraque não comentou o assunto. Anteontem, porém, declarou ter sido prejudicado.
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