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Volpi decreta estado de alerta em Ribeirão Pires
DATA DA PUBLICAÇÃO 25/01/2011 | Setecidades
Prefeitura vai cercar comércios da antiga rodoviária de Ribeirão
Incerteza, preocupação e revolta tomaram conta dos 16 comerciantes da antiga rodoviária de Ribeirão Pires, nesta segunda-feira (24/01). O grupo que chegou às 7h para trabalhar se assustou com três caminhões de mudança e a presença da GCM (Guarda Civil Municipal) os aguardando com a notícia de que teriam que retirar as mercadorias para que o local fosse fechado com tapumes. Os comerciantes escreveram cartazes de protesto e exigem falar com o prefeito da cidade, Clóvis Volpi, antes de retirar qualquer objeto dos boxes.

“Não estamos nos recusando a pagar ou a sair, desde que exista outra opção de lugar, por isso queremos ser recebidos pelo prefeito para dialogar”, disse a comerciante Ruth Pereira Martins. Os munícipes também disseram que estão recorrendo à decisão judicial que derrubou a liminar que impedia a demolição dos boxes dentro da rodoviária velha. “Estamos recorrendo e o processo está em segunda instância. Ainda estamos aguardando uma definição”, explicou Ruth.

O procurador do município, Douglas Gusmão, explicou que a prefeitura não precisa aguardar uma nova decisão e que a ação de despejo pode ser cumprida a qualquer momento. “Os comerciantes não possuem nenhuma decisão judicial favorável. Apenas não agimos porque não queremos confronto. O ideal é que todos saiam pacificamente”, disse. Mesmo assim, o advogado não descartou a possibilidade de os comerciantes conseguirem outra liminar. “Hoje, o Judiciário está funcionando em sistema de plantão, por causa do feriado do aniversário da Capital, mas existe a possibilidade que outra decisão saia, mas é algo incerto”, destacou Gusmão.

Box vazio - Contrariando a maioria dos comerciantes, que exigem falar com o prefeito antes de retirar as mercadorias ou desocupar o local, Nilza Aparecida dos Santos decidiu esvaziar o box. “Já estamos perdendo o nosso pão de cada dia, não dá para arriscar perder as mercadorias”, justificou. Impedidos de trabalhar no único lugar que possuem e sem ter outra opção de trabalho, os comerciantes não sabem o que farão para pagar as contas. “Sobrevivemos com o que vendemos aqui. Sem poder abrir os boxes, como pagaremos nossas dívidas?”, questionou Nilza.

De acordo com Ruth, a prefeitura acusa os munícipes de estarem trabalhando de maneira ilegal na antiga rodoviária, o que justificaria a ação de despejo. Porém, a comerciante explica que foi a própria prefeitura que deixou de encaminhar os boletos. “De uma hora para outra, deixamos de receber as contas. Apesar disso, alguns ainda pagam aluguel e ISS”, comentou.

Geraldo Mendes Barbosa é um desses comerciantes que nunca deixou de pagar os carnês. “O aluguel que vence no dia 28 de janeiro já está pago e mesmo assim falam que estou na ilegalidade, o que não é verdade”, afirmou. Sem ter onde trabalhar, Barbosa estava retirando as mercadorias para levar para casa. “Fico chateado porque pago tudo direitinho, nunca atrasei, tenho até firma aberta, mas agora vou fechar”, garantiu.

Os comerciantes afirmam que o projeto da prefeitura é construir um shopping no espaço que está sendo desocupado. A iniciativa incluiria praças de alimentação, salas de cinema, cerca de 80 lojas e estacionamento próprio.

Procurada para comentar o assunto, a prefeitura confirmou que a desocupação já foi iniciada e deve ser concluída nos próximos dias, período que seria necessário para que sejam tomadas todas as providências relativas à ação.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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