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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/10/2013 | Geral
Prefeitura suspende alvará do Instituto Royal em São Roque
Prefeitura suspende alvará do Instituto Royal em São Roque Momento em que prefeito e comissão entregam ofício de suspensão de alvará a funcionários do Instituto Royal (Foto: Natália de Oliveira/G1)
Momento em que prefeito e comissão entregam ofício de suspensão de alvará a funcionários do Instituto Royal (Foto: Natália de Oliveira/G1)
Prefeito foi orientado pela comissão de deputados federais a tomar atitude.

Laboratório, que nega maus-tratos, enviou carta informando paralisação.


A Prefeitura de São Roque (SP) suspendeu na tarde desta sexta-feira (25) o alvará de funcionamento do Instituto Royal por 60 dias.

O prefeito Daniel de Oliveira Costa determinou a suspensão depois de receber documentos da comissão de deputados federais formada para acompanhar as investigações do caso, que ganhou repercussão em razão de uma invasão de ativistas na última sexta (18). Os protetores levaram 178 beagles e sete coelhos usados em pesquisas da sede da empresa.

Nesta sexta, a comissão de parlamentares visitou o local. De acordo com os deputados, os documentos entregues comprovam que os animais viviam em um ambiente sem a mínima higiene e sem condições de abrigar testes laboratoriais. O Royal nega as denúncias de maus-tratos.

O instituto enviou ao Paço Municipal uma carta informando a suspensão das atividades do laboratório por motivos diferentes. “O Instituto Royal vem a público declarar que suspendeu, pelo prazo de 60 dias, todas as atividades de pesquisa científica em animais, em razão dos danos físicos causados em suas instalações decorrentes da invasão em sua sede no último dia 18 de outubro”, informa a nota.

O prefeito chegou a vistoriar o laboratório nesta quinta (24) e autorizou seu funcionamento. Ele voltou atrás da decisão, entretanto, nesta sexta.

O presidente da comissão da Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB), diz que não há nada que indique "que a instituição atuava de forma séria". "Ambiente totalmente insalubre, até passei mal no local. Tive tontura e dor de cabeça", relata.

O Ministério Público investiga o Insituto Royal desde 2012, quando os testes com animais levantaram suspeitas de maus-tratos.

Mas foi na sexta, com a invasão dos ativistas, que o local ganhou visibilidade. No dia seguinte, um protesto marcado pelas redes sociais levou cerca de 700 pessoas ao km 56 da rodovia Raposo Tavares, na entrada que dá acesso ao laboratório, para protestar. Um grupo de mascarados entrou em confronto com a Polícia Militar, que usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Carros da PM e da imprensa foram incendiados.

Nesta sexta, ativistas que acompanharam a vistoria dos deputados comemoraram a decisão de suspender o alvará.

Diretor científico nega irregularidades
O diretor científico do Instituto Royal, João Antônio Pegas Henriques, nega que os bichos sofressem maus-tratos. "Nossos animais não sentem dor. Não é feito nenhum tipo de teste com crueldade. Seguimos todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Inmetro e da Comissão de Ética no Uso de Animais, além de termos a supervisão do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal."

Segundo ele, na invasão ocorrida na semana passada, manifestantes misturaram todas as drogas e as lâminas, levaram computadores com dados das pesquisas e interromperam estudos que já duravam dez anos.

Por Natália de Oliveira - G1, Sorocaba e Jundiaí
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