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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/04/2009 | Cidade
Prefeitura de Mauá não formaliza pedido sobre Nardini
A Prefeitura de Mauá ainda não entregou ao Ministério da Saúde relatório técnico sobre as condições do Hospital Doutor Radamés Nardini. O documento é peça primordial para tentar. em âmbito federal, uma solução para a unidade de Saúde.

A formalização da situação de precariedade do hospital e o que é necessário para sanar as deficiências, foram definições do encontro realizado em Brasília no dia 18. Desde então, o governo federal aguarda o documento.

A apresentação dos problemas de Mauá foi feita pessoalmente pelos prefeitos da região ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O ministério espera a apresentação do documento para buscar alternativas a fim de sanar a crise no atendimento da cidade, que se arrasta há dez meses.

Sem determinar prazo ou explicar os motivos pelos quais o documento ainda não foi remetido ao governo federal, a Prefeitura informou apenas que o relatório técnico que viabilizará o socorro está em fase final de elaboração.

Em vistorias realizadas no Nardini em novembro do ano passado, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina) apontou a existência de falhas na infraestrutura, sujeira, falta de funcionários e risco de contaminação entre profissionais e pacientes.

Além das vistorias que indicaram falta de condições no hospital, as pessoas que procuram o hospital têm sofrido na pele com a pouca quantidade de médicos e a consequente demora no atendimento.

Na esfera judicial, pesa sobre a administração a cobrança de multa diária desde fevereiro de 2008 até que o município ofereça solução para o caos que se instaurou no hospital. O montante atualizado passa de R$ 4 milhões.

No dia 24, o Ministério Público e a Prefeitura sentam-se à mesa para audiência de conciliação que poderá dar norte para a questão.

Do lado do Executivo, assim que assumiu o comando da administração, em janeiro, Oswaldo Dias (PT) anunciou que faria uma "reforma funcional" para tentar suprir as carências do Nardini. Só que as ações têm esbarrado na insuficiência de recursos.

De concreto, nenhuma iniciativa foi capaz de melhorar o atendimento para os milhares de usuários que procuram socorro diariamente nas unidades públicas de Saúde de Mauá.

Falta de materiais e profissionais afeta outras unidades

Desde o rompimento com a Home Care - empresa responsável pelo gerenciamento e distribuição de medicamentos no município -, no início do segundo semestre de 2008, Mauá ainda não conseguiu equacionar a falta de materiais, mesmo tendo firmado acordo emergencial para garantir o serviço.

Anteontem, o líder de produção Carlos Otávio Felisberto, 30 anos, levou a filha de apenas seis meses para ser vacinada na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Flórida. As doses estavam disponíveis, mas não havia luva cirúrgica para manuseio da droga e aplicação nos pacientes.

"Comprei a luva na farmácia, conforme orientação da funcionária, e levei para que minha filha pudesse ser imunizada", afirmou Felisberto.

Viviane Dias Aoki Ferreira, 25, passou pela mesma situação para que seu filho de dois meses fosse vacinado. "Algumas pessoas não puderam pagar e foram embora."

A UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Itapark também sofre com os reflexos da crise de Saúde em Mauá. Um aviso na porta de entrada da unidade informa que devido à ausência de funcionários, o expediente na farmácia foi reduzido para apenas uma hora e meia por dia.

A Prefeitura informou que o problema da falta de luvas foi solucionado. Sobre a redução da capacidade de atendimento da farmácia, apesar do anúncio, a administração garantiu que o atendimento está normal e justificou que apenas o funcionário que atua no setor está em férias.

Secretários municipais se reúnem para apontar saídas

O problema do Nardini afeta não só a população de Mauá, mas moradores das cidades vizinhas que dependiam do atendimento no hospital. A precariedade faz com que também pacientes do município busquem socorro médico pela região. A estimativa de Santo André e Ribeirão Pires é de que suas demandas sofreram acréscimo de 20% desde o recrudescimento da crise na Saúde mauaense.

Por esse motivo, o tema foi levado ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que intermedia com o Estado a organização de uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Hoje, os secretários de saúde das sete prefeituras se encontram para mais uma rodada de discussões. Como o Consórcio não tem dinheiro em caixa, a saída terá de ser apontada por cada município.

Em outra frente, uma comissão foi criada na Assembleia Legislativa para também apresentar alternativas. Amanhã, o grupo de deputados se reunirá com o secretário de Saúde de Mauá, Paulo Eugenio Pereira, e depois fará visita técnica às dependências do Nardini para avaliar a situação da unidade.

Uma das propostas para Mauá, que pode encontrar apoio na Assembleia, é a construção de um pronto-socorro para desafogar o hospital. A obra seria, em parte, custeada por verbas oriundas de emendas parlamentares.

Por André Vieira - Diário do Grande ABC
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