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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/12/2015 | Política
Prefeitos contrariam Marinho e fazem nota neutra sobre Dilma
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), pressionou os colegas do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC a assinarem documento repudiando o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas foi derrotado internamente ao ver carta de “apoio à democracia” e sem nenhum veto ao pedido de impedimento da petista que tramita no Congresso Nacional.

Na reunião de segunda-feira, Marinho colocou o tema em pauta. Queria que os demais prefeitos rubricassem documento de amplo apoio à presidente e críticas aos defensores da saída da líder da Nação. Porém, viu os chefes de Executivo criticarem. Consentiu, então, em redigir texto com versão mais light, de apoio à democracia e sem juízo de valor no processo aberto no mês passado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na tarde de segunda-feira, contudo, a carta redigida pelo setor técnico do Consórcio tinha explícita crítica ao impeachment e ampla defesa a Dilma, contrariando que havia sido acertado horas antes. Os prefeitos Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, Lauro Michels (PV), de Diadema, e Gabriel Maranhão (PSDB), de Rio Grande da Serra e presidente do colegiado, se recusaram a assinar, justificando teor político.

A postura contrária à nota de ataque ao impeachment foi mantida ontem. Tanto que o texto assinado pelos prefeitos do Grande ABC fala em “apoio à garantia da ordem democrática”. Sobre o impeachment, os chefes de Executivo analisaram que o processo “prolonga e agrava a crise política”, sem emitir juízo de valor ao impedimento da petista.

“Conversei com direção estadual do PMDB e me orientaram a ficar neutro. Não assino carta nem a favor nem contra o impeachment”, alegou Pinheiro. “Sou a favor da democracia. Agora, provados ilegalidades e abusos, sou favorável ao impeachment”, destacou Lauro. Em tom mais ameno, o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), assegurou não “ser nem a favor nem contra” a queda de Dilma. Contudo, sustentou que assinaria o documento original.

Maranhão admitiu impasse com os demais chefes de Executivo e confirmou modificação na redação da nota. “O que tínhamos combinado era moção que defendesse o processo democrático no País. Não foi consenso porque houve discordância em relação ao destaque do texto. Eu quero que a Justiça prevaleça e que o País não saia prejudicado”, discorreu.

O tucano passou por recente polêmica partidária. No começo do ano foi enquadrado pela comissão de ética do PSDB – que sinalizava sua expulsão –, após declarar voto a Dilma na corrida eleitoral de 2014, contra o seu correligionário, o senador Aécio Neves.

Na segunda-feira, Marinho liderou o debate sobre a carta. “Vamos soltar nota nos colocando contra a tentativa do desrespeito à democracia ao voto de homens e mulheres do nosso País. Precisamos trabalhar para virar página desse conflito. A Câmara dos Deputados tem de conduzir o processo rapidamente. O Parlamento não pode ser irresponsável e tem de definir logo e não deixar para o ano que vem”, discursou o petista na ocasião.

Por Leandro Baldini - Diário do Grande ABC
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