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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/06/2013 | Política
Prefeitos apóiam debate pela contratação de médicos estrangeiros
Prefeitos apóiam debate pela contratação de médicos estrangeiros Centro Hospitalar de Santo André também sofre com a falta de médicos. Foto: Arquivo/ ABCD MAIOR
Centro Hospitalar de Santo André também sofre com a falta de médicos. Foto: Arquivo/ ABCD MAIOR
Luiz Marinho (PT), de S. Bernardo, iniciará campanha para publicação de decreto que prevê cubanos, espanhóis e portugueses

Os prefeitos do ABCD vão se mobilizar para apoiar o projeto da presidente Dilma Rousseff (PT) de trazer médicos estrangeiros para atuarem no Brasil.
Luiz Marinho, presidente do Consórcio Intermunicipal (órgão que reúne os prefeitos das sete cidades do ABCD), iniciará uma campanha na Região e na FNP (Frente Nacional dos Prefeitos) para defender a publicação do decreto que prevê contratação de médicos cubanos, espanhóis e portugueses.

Fazer o debate
A ideia de Marinho não é reivindicar médicos estrangeiros para a Região, pelo menos inicialmente. A proposta é mobilizar os prefeitos e fazer o debate nas cidades, entidades e partidos. O tema será uma das pautas do próximo encontro do Consórcio e da reunião da FNP, da qual o petista faz parte da direção.

“O governo federal tem duas frentes para resolver a falta de médicos: a paliativa, que é a vinda dos profissionais estrangeiros, e outra que é incentivar os jovens brasileiros a estudarem medicina. Uma lei será aprovada para que os estudantes com financiamento público que trabalharem para a rede pública terão perdão do financiamento. Também há previsão de criar mais vagas em faculdades. A Dilma está tomando várias medidas para resolver o problema”, explicou Marinho.

Problema nacional
A vinda de médicos estrangeiros para o Brasil é para atender uma demanda não preenchida de profissionais. Esse é um problema nacional, que se agrava ainda mais no interior do País.
Cidades do Norte e Nordeste chegam a pagar entre R$ 25 mil e R$ 30 mil para um médico, mas, mesmo assim, não encontram profissionais.

O decreto deve ser assinado por Dilma ainda em junho e os médicos estrangeiros serão pagos pelo Ministério da Saúde.

Temporários
O documento prevê a contratação por um período - ainda a ser definido - e não será necessário o exame de proficiência (demonstração de conhecimento, competência e capacidade). De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), já existe procura de médicos estrangeiros para o programa.

“A vinda dos médicos estrangeiro é um paliativo. Esses profissionais vêm para este programa federal para ficarem por um período e depois voltarem. Se quiserem permanecer, terão de validar o diploma. Este é o processo. Não pode ter preconceito”, opinou o prefeito.

É preciso investir em cursos, diz Grana
Todos os sete prefeitos da Região são favoráveis à contratação de médicos estrangeiros e não descartam a possibilidade de reivindicar a vinda desses profissionais para suas cidades, todas com problemas de falta de médicos.

Os prefeitos petistas Carlos Grana (Santo André) e Donisete Braga (Mauá) já anunciaram que farão parte da mobilização e apoiam a iniciativa do governo federal. Grana, inclusive, falou da necessidade de ampliar os cursos de Medicina e dar oportunidade aos jovens do País.

“Vou citar um exemplo. A Fundação ABC tem curso de Medicina há 47 anos e nunca aumentou o número de vagas. Todo ano só são 100. É inaceitável que as faculdades continuem com o mesmo número de vagas. Santo André, por exemplo, que quintuplicou os moradores, continua produzindo o mesmo número de médicos. Isso é gravíssimo. É preciso investir e abrir cursos e programas de forma gratuita para a gente recuperar o tempo perdido”, afirmou.

Carência
Em Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) ponderou que, apesar de ser contra o método de contratação de mão de obra estrangeira, a alternativa é atualmente a mais viável para solucionar a crise na saúde pública.

O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), que também é médico, é favorável. “Há muitas cidades no Brasil sem médicos. No interior da Bahia, Estado onde nasci, a gente sabe da necessidade. Vejo pessoas morrendo, precisando de atendimento. Existe município no qual os médicos vão só de 15 em 15 dias ou de mês em mês”, afirmou o prefeito.

Para o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), todas as medidas para melhorar o sistema de saúde são importantes. “A elevada demanda nos serviços públicos de saúde combinada à falta de profissionais em quantidade suficiente para suprir o volume de pacientes está entre os motivos da sobrecarga dos equipamentos que possuímos na cidade e na Região. Todas as medidas em busca de melhorias no atendimento de saúde são válidas e devem ser avaliadas pelos gestores públicos”. (Gislayne Jacinto, Nicole Briones e Fabiola Andrade)

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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