DATA DA PUBLICAÇÃO 20/12/2010 | Cidade
Prefeito afirma ser importante resgatar história de luta contra a ditadura
Um vídeo com trilha sonora de Geraldo Vandré, cantor e compositor brasileiro que em suas canções exprimia a oposição ao regime militar de 1964, iniciou a homenagem aos ex-presos políticos da cidade, realizada pelo Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá e a Câmara Municipal, na noite de sexta-feira (17).
Mais de 40 nomes foram homenageados, entre eles, o de Raimundo Eduardo da Silva, um estudante de 22 anos, morador do Jardim Zaíra e militante do movimento Ação Popular, assassinado em 1970 pela ditadura.
Outra homenageada, a enfermeira Maria Bernarda da Silva Neves, 62 anos, conta como foi seqüestrada e torturada. “Isso aconteceu também na década de 70. Entraram na minha casa, onde eu estava com minha mãe e sobrinhos, jogaram fora tudo que tínhamos dentro dos armários e me levaram”, disse emocionada. “Mas hoje eu sou muito feliz, porque eu consegui fazer faculdade, tenho filhos também formados e lutei muito para dar a eles tudo o que eu não tive, até mesmo amizades”, concluiu.
No encerramento do ato, o prefeito Oswaldo Dias relembrou um pouco do que viveu e salientou a importância de resgatar a história de luta contra a ditadura militar. “Na década de 60, morei no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e vivenciei muitas coisas que não entendia. Só pude compreender depois os motivos dos quais muitas ações tinham que ser realizadas secretamente. Esse resgate da memória e, principalmente, a valorização dos que sofreram e resistiram ao regime são muito importantes.”
De acordo com o Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá, o ABC Paulista tem, aproximadamente, 200 ex-presos políticos.
Mais de 40 nomes foram homenageados, entre eles, o de Raimundo Eduardo da Silva, um estudante de 22 anos, morador do Jardim Zaíra e militante do movimento Ação Popular, assassinado em 1970 pela ditadura.
Outra homenageada, a enfermeira Maria Bernarda da Silva Neves, 62 anos, conta como foi seqüestrada e torturada. “Isso aconteceu também na década de 70. Entraram na minha casa, onde eu estava com minha mãe e sobrinhos, jogaram fora tudo que tínhamos dentro dos armários e me levaram”, disse emocionada. “Mas hoje eu sou muito feliz, porque eu consegui fazer faculdade, tenho filhos também formados e lutei muito para dar a eles tudo o que eu não tive, até mesmo amizades”, concluiu.
No encerramento do ato, o prefeito Oswaldo Dias relembrou um pouco do que viveu e salientou a importância de resgatar a história de luta contra a ditadura militar. “Na década de 60, morei no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e vivenciei muitas coisas que não entendia. Só pude compreender depois os motivos dos quais muitas ações tinham que ser realizadas secretamente. Esse resgate da memória e, principalmente, a valorização dos que sofreram e resistiram ao regime são muito importantes.”
De acordo com o Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá, o ABC Paulista tem, aproximadamente, 200 ex-presos políticos.
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