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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/03/2010 | Setecidades
Prédio de hospital vira problema social
Fechado desde 2003, o antigo hospital e maternidade Príncipe Humberto, localizado na rua de mesmo nome, na Vila Duzzi, em São Bernardo, traz problemas aos moradores da Região. Prostituição nos arredores do prédio, marginalização e assaltos, além de focos do mosquito que transmite a dengue, ratos e constantes problemas com vazamento de água são algumas das dificuldades encontradas pelos moradores das ruas vizinhas.

Arrematado em leilão em agosto de 2008 pela empresa Intermédica, o prédio conta com um vigilante para garantir a segurança do local, mas a guarita fica há algumas casas de distância do antigo hospital, fato que, de acordo com os moradores, não inibe as ações no local. “Já cansei de ligar para a polícia, para a Prefeitura, para a própria Intermédica e nada é resolvido”, desabafou Teresa Pacheco, que reside em um prédio atrás do antigo hospital.

Durante o período da noite, uma praça acoplada ao prédio, de acordo com moradores e comerciantes, serve como ponto de prostituição. “As meninas ficam sentadas na praça esperando que os homens se aproximem”, completou Teresa. Depois de uma breve caminhada pelos arredores, não foi difícil encontrar algumas das garotas citadas pela moradora. “Nós ficamos aqui porque é discreto e tem segurança. Precisamos sobreviver e ficar nas ruas não é seguro”, afirmou Gislaine, que confirmou realizar programas na praça do antigo hospital.

Moradores de rua também passaram a residir no prédio abandonado e hoje aproximadamente seis pessoas ficam no local. “Entrando com o carro no prédio em que moro, sempre vejo alguns moradores de rua dormindo na carcaça do hospital. Nunca vi assistente social por aqui, mas por ser um local quente, com paredes e sem segurança, acho lógico que invadam. Meu medo é que isso vire um albergue ilegal”, afirmou João Gimenez, também morador da região.

Pixadores e usuários de drogas invadem o prédio durante a noite. “As vezes ouvimos janelas quebrarem. São pessoas entrando no prédio”, afirmou Amélia Domingues, comerciante e moradora na vizinhança.

De acordo com a assessoria de imprensa do grupo Intermédica, medidas de reforço na segurança são realizados com frequência e há um vigilante 24 horas nos arredores do prédio. Sobre o inicio das obras de revitalização do hospital, que tinha término previsto para dezembro de 2009, a assessoria informou que houve um atraso no projeto, mas que o novo cronograva prevê que a intervenção comece ainda este ano, porém sem mês definido.

Histórico – O prédio abrigou por mais de 40 anos o Hospital Príncipe Humberto, que nos anos 90 passou a enfrentar dificuldades financeiras e acumulou dívidas que chegaram a R$ 17 milhões em débitos com a Previdência Social, Fazenda Nacional e inúmeras Ações de Reclamação Trabalhista. O imóvel sofreu dezenas de ações de penhora.

Como os proprietários não apresentavam condições de honrar as dívidas, em 2003 a Justiça decretou a falência do hospital. Em dezembro de 2006, o imóvel e mais 125 lotes de equipamentos hospitalares foram a leilão no Fórum Trabalhista para saldar as dívidas com os credores.

Desperdício - Há oito dias, um cano estourado vem alagando as instalações do prédio abandonado. A água, que jorra em grande quantidade durante todo o dia, já começou a atingir a rua. “Passei por aqui e ouvi um barulho de água jorrando. Fui verificar e vi que era um cano estourado. Liguei então para a Sabesp, mas ninguém apareceu”, afirmou Nelson Silva, morador da Vila Duzzi.

O vigilante contratado pela Intermédica informou que a Sabesp já foi notificada do problema, que deverá ser sanado em pouco tempo. De acordo com a assessoria de imprensa da Sabesp, a notificação sobre o vazamento só aconteceu no dia 12 de março.

Por Paula Cristina - ABCD Maior
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