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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/10/2011 | Economia
Preço e variedade levam consumidor à feira livre
Preço e variedade levam consumidor à feira livre  Feirantes atraem também pelo ambiente de familiaridade. Foto: Amanda Perobelli
Feirantes atraem também pelo ambiente de familiaridade. Foto: Amanda Perobelli
Os preços baixos, a quantidade e a qualidade dos hortifrutis são os principais fatores que mantém a preferência dos consumidores pelas feiras livres em relação ao que é oferecido pelos supermercados. O tradicional comércio oferece preço e variedade que mantêm firme a freguesia. As redes supermercadistas, contudo, atraem pela facilidade e conforto.

O ABCD MAIOR percorreu quatro redes de supermercados e feiras livres em três cidades do ABCD para comparar os preços e conhecer a opinião dos consumidores.
O ambiente de familiaridade é um dos atrativos da feira livre. “No mercado, o preço do quilo é o que está marcado, não tem como negociar. Na feira, todo mundo pechincha e consegue desconto”, afirmou o desempregado José Peres, 47 anos.
A qualidade e variedade também são levados em conta pelos consumidores.

“Gosto da feira porque os produtos são mais frescos e bonitos, além da maior quantidade. Um pé de alface no mercado equivale à metade daquele maço que se encontra na feira. Mesmo que o mercado seja mais barato, a economia no meu orçamento é mais vantajosa”, afirmou a faxineira Luciana Cruz, 35 anos.
O especialista em finanças Eclerson Pio Mielo explicou as vantagens no bolso da população.

As redes de supermercados realizam como atrativos dias especiais de ofertas para este setor. Muitas vezes alguns itens têm preços baixíssimos, mas, de acordo com o economista, na soma final, a feira livre ainda compensa na economia que representa. “No mercado, o preço do produto agrega valores como a segurança, ar condicionado, conforto, estacionamento, enquanto na feira o preço praticado é o real do produto, além do lucro do feirante. As redes conseguem preços excelentes em função do tamanho da compra. Mas, somando a lista inteira da dona de casa, a feira é mais em conta. Essa porcentagem, no entanto, pode variar conforme os itens da lista e do período da entressafra”, explicou.

Embora prefiram a feira, os clientes também aproveitam as ofertas dos supermercados, como é o caso da dona de casa Neide da Silva, 52 anos. “Eu aproveito algumas promoções, mas a lista semanal faço na feira. Porém, a minha filha faz a compra no mercado por falta de tempo, mas sempre reclama da conta final.”

Os preços dos produtos na feira podem variar cerca de R$ 0,50 para mais ou menos, de um bairro para outro e entre as cidades, informaram feirantes. E ainda no mesmo local, no início e no fim da feira, porém, a qualidade poderá ser inferior.

Feirantes usam cartão de débito

Para melhorar as vendas e conseguir competir com as redes de mercado instaladas na Região, alguns feirantes do ABCD já começam a disponibilizar em suas barracas de frutas, verduras ou legumes as tradicionais máquinas de cartão de débito. Em alguns casos, os proprietários das barracas colocam até faixas para atrair a atenção dos consumidores.

De acordo com o economista e professor da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo), Carlos Azzoni, a competição entre as feiras livres e as redes de mercado está cada vez mais disputada. “Até pouco tempo atrás, a diferença era que na feira não se comprava com cartão, mas agora com essa adesão, os feirantes devem começar a conquistar seu espaço novamente”, disse.

O feirante Márcio Romão, proprietário de uma barraca de verduras e legumes da feira que ocorre aos sábados na avenida Prestes Maia, em São Bernardo, possui o sistema de cartão instalado há pouco mais de três anos e ressalta a importância da tecnologia. “É uma maneira simples e segura. A gente não precisa ficar com tanto dinheiro em caixa para fazer o troco e hoje a maioria dos nossos clientes faz suas compras com o cartão”, finalizou. (Felipe Rodrigues)

Preços variam mais de 100%

O levantamento realizado pelo ABCD MAIOR nas duas últimas semanas mostra que se o consumidor quiser economizar na hora de comprar frutas, verduras e legumes vai ter de pesquisar, mas o esforço pode valer a pena em alguns casos.

Na concepção do economista Ramon Barazal, a variação de preço chega a mais de 100% de um local para o outro. “Os empreendimentos em São Caetano e São Bernardo estão com preços altíssimos. Em alguns casos, vale a pena se deslocar de uma cidade para outra, dependendo da proximidade.”

A pesquisa do ABCD MAIOR apurou que o preço da laranja lima apresentou grande diferença. Na Coop, no Bairro Campestre, o preço do quilo estava R$ 0,99 e no Pão de Açúcar, em São Bernardo, R$ 5,29.

Em nota oficial, Carrefour, Pão de Açúcar e Extra informaram que os preços dos produtos comercializados em suas lojas são afixados de acordo com pesquisas realizadas pela rede em cada região. Já a Coop aponta que não trabalha com nenhuma política de precificação diferente nas unidades do ABCD e Interior. O que ocorre é que o gestor da loja identifica produtos que normalmente não estão com um giro adequado e, com isso, fazem promoções para evitar que as mercadorias fiquem paradas no estoque. (Felipe Rodrigues)

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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