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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/09/2007 | Economia
Preço do leite longa vida vai cair 40%
No espaço de duas semanas, os consumidores do Grande ABC deverão pagar até 40% menos pelo litro do leite longa vida comercializados nos hiper e supermercados da região.

A promessa é de Laércio Barbosa, vice-presidente da ABLV (Associação Brasileira de Leite Longa Vida). Para ele, a queda se justificará pelo incremento da produção nacional de leite desde meados de agosto.

Matéria-prima - Segundo ele, o preço do produto foi impulsionado pelos altos preços pagos ao produtor em razão da escassez da matéria-prima entre os meses de março e julho.

Barbosa destaca que os produtores souberam trabalhar bem as mudanças do mercado e após um longo período de valorização, o leite chegará as prateleiras mais barato, com preço estimado em R$ 1,50 o litro.

“A indústria já está trabalhando essa redução com as redes varejistas. Agora é só aguardar a reposição dos estoques dos supermercados para que o recuo chegue ao bolso do consumidor”, explicou Barbosa.

Investimentos - Em pleno período de entressafra (época que dificulta a qualidade da pastagem e reduz a produção do gado leiteiro), os fazendeiros tiveram de incrementar os custos em silagem e concentrado para evitar uma perda significativa no volume do leite.

Segundo o vice-presidente da ABLV, esses investimentos foram bem aplicados e renderam ao mercado um aumento na produção superior a 20%. “Maior do que o aumento de consumo que deve atingir a marca de 7% neste ano”, afirmou. “Nós estimamos que o brasileiro, mesmo com os preços elevados, não parou de tomar leite. Pelo contrário, o consumo cresceu 7% neste período”, disse o executivo da ABLV.

Esse panorama fez com que os preços do produto sofressem uma tendência natural de alta, curva que começa a se inverter e que passará a beneficiar os consumidores nas próximas semanas.

“A demanda era maior que a ofert e, por isso o preço subiu. Agora, a produção de leite longa vida vai crescer e assim a tendência do preço é de cair”.

Exportação de lácteos foi recorde em agosto

A forte demanda por produtos lácteos no mercado internacional levou o Brasil a atingir recorde nas exportações no mês de agosto.

De acordo com dados divulgados pela CNA (Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), as vendas externas somaram US$ 22,9 milhões, um aumento de 78,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações caíram 18% para US$ 11 milhões no mesmo intervalo.

Com o resultado, o saldo da balança comercial já acumula alta de 347,7% até agosto, para um patamar de US$ 23,68 milhões, sendo que as exportações subiram 18% na comparação com o período de janeiro a julho de 2006, para US$ 116,65 milhões e as importações caíram 1,5% para US$ 92 milhões.

O presidente da CNA, Rodrigo Alvim destaca que a elevação dos preços do leite em pó no mercado internacional e a forte demanda pelo produto foram os principais fatores para este resultado.

De acordo com ele, ao observar o volume exportado, houve queda de 17,3% na comparação entre janeiro e agosto de 2007, com o mesmo intervalo de 2006, para 61,5 mil toneladas e as importações caíram 19,5% para 44,2 mil toneladas.

“O mundo quer comprar leite e os preços internacionais continuam firmes”, diz ele. Conforme Alvim, as cotações mudaram o patamar e não há perspectiva de queda nos próximos meses.

Da mesma forma o Brasil foi favorecido pelos problemas climáticos sofridos pelos maiores produtores mundiais do produto como Austrália,

Rodrigo Alvim estima que o Brasil ampliará a produção entre 4% e 5% este ano, para 26 bilhões de litros e qualquer excedente será facilmente exportado. As perspectivas são de que o País consiga atingir um novo recorde no saldo da balança e atinja os US$ 50 milhões até o final do ano.

Dieese apurou alta de 61,1% só neste ano

Dados do Dieese mostram que a caixinha de leite longa vida acumulou alta de 61,1% entre janeiro e agosto de 2007, uma alta bem maior que a inflação no período, que foi de 2,72%, conforme o ICV (Índice de Custo de Vida) da entidade. A expectativa é de que o produto possa ser encontrado por um valor médio de R$ 1,50.

Para o presidente da CNA (Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Rodrigo Alvim, o patamar de diminuição de preços sinaliza que o produto estava sobrevalorizado.

“Eles (a indústria) foram com muita sede ao pote, porque ninguém subiu preços como o do longa vida”, afirmou. Alvim contesta a informação da ABLV (Associação Brasileira do Leite Longa Vida) de que houve incentivo à produção.

“Não houve repasse desse aumento para a produção primária e agora como o mercado está comprador, quem diminuir preços para o produtor corre o risco de ficar sem leite”, avalia. Conforme Alvim, a indústria teve que recuar para não perder consumo.

De acordo com dados divulgados pelo Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o Índice de Captação de Leite teve elevação de 10,41% de junho para julho.

No mesmo período de 2006, o aumento foi de 3,92%, em 2005 de 3,53% e em 2004, de 2,21%.

O preço médio do leite ao produtor no pagamento de agosto, referente à produção de julho continuou em alta, mesmo com o aumento expressivo no volume captado pelas empresas em todos os estados. Entre os sete Estados pesquisados, o valor médio de agosto pago ao produtor subiu 11,85%, passando para R$ 0,7654/litro.

Em setembro, o patamar de preços pagos ao produtor tem mantido a estabilidade, explica Barbosa.

Litro custa, em média, R$ 1,73 na região

Hoje, o valor do litro de leite longa vida no Grande ABC está custando R$ 1,73, em média, segundo o levantamento desta semana da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Entretanto, nos supermercados da Coop de Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires, os consumidores podem encontrar o produto pelo valor de R$ 1,48 – o preço mais em conta das sete cidades.

São Caetano - Em São Caetano, a cooperativa cobra R$ 1,98, o estabelecimento que tem o valor mais salgado dos demais pesquisados no município e da região. O Carrefour e o Extra (do Grupo Pão de Açúcar) cobra o valor do leite mais baixo da cidade, R$ 1,79. Já o Joanin vende por R$ 1,89.

Cesta - Nesta semana, o valor do leite apresentou queda média de 8,12%.

Por Verônica Lima - Diário do Grande ABC
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