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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/09/2009 | Saúde e Ciência
Preço de plano de saúde pode subir, dizem operadoras
Quando a cobertura dos planos de saúde é ampliada, a tendência é de aumento nos preços. É o que afirma Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), entidade que representa o maior segmento de operadores de planos de saúde do país.

Almeida, que participou das reuniões na ANS para a elaboração da nova proposta, afirma que vários procedimentos que serão incluídos não são feitos "todo dia". Mesmo assim, diz, "há um grande problema que é a somatória de procedimentos a cada atualização da lista, o que traz custos às operadoras".

Ele diz que será preciso esperar alguns meses após a entrada em vigor da nova lista, o que ocorrerá em abril, para que as operadoras possam fazer seus cálculos e medir o impacto. Contudo, alerta que esse impacto foi sentido nas últimas atualizações feitas pela ANS.

Para exemplificar o impacto da inclusão de procedimentos ele cita um estudo do IESS (Instituto de Estudos em Saúde Suplementar). Segundo a pesquisa, houve um aumento de 10% nos custos das operadoras neste ano em relação a 2008.

Entre os vários fatores para o aumento, explica, estão a crise econômica e também a atualização da lista de procedimentos em 2008, já que os usuários passaram a utilizar progressivamente os novos serviços.

Insatisfação

A lista de procedimentos tradicionalmente é alvo de manifestações de insatisfação de todos os setores envolvidos. As operadoras acham que podem ter prejuízos; usuários e a classe médica reclamam de não contar com a cobertura para vários procedimentos.

Para Márcio Bichara, da área de saúde suplementar da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), há um problema no conceito da elaboração da lista que é o da cobertura mínima.

"O usuário se sente ludibriado quando precisa de um procedimento que não está na lista e, às vezes, acaba tendo que ir à Justiça para ter esse direito."

Ele diz que há mais de mil procedimentos, de uma classificação hierarquizada reconhecida pela classe médica, que não são obrigatórios aos planos. Ele cita como exemplo determinados tipos de transplantes. Alguns deles, como o de fígado, não precisam ser cobertos pelas operadoras.

Odontologia

Um dos setores que se diz mais prejudicado é o de odontologia. Ricardo Duarte, dentista e representante da ABO (Associação Brasileira de Odontologia) na câmara técnica da ANS que revisa a lista de procedimentos, afirma que a inclusão dos procedimentos dentários ainda é bastante defasada.

"As operadoras deveriam cobrir pelo menos o mínimo do mínimo, que são os procedimentos que restabelecem a função de um dente", diz.

Ele ressalta que os procedimentos de colocação de coroa e bloco são fundamentais nesse sentido e tratam dentes que têm problemas que passam de uma "simples cárie".

Duarte critica a posição das operadoras de planos que atuam na área odontológica. Segundo ele, essas empresas impõem inúmeras dificuldades para que os procedimentos odontológicos sejam cobertos.


Por Folha de São Paulo
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