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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/02/2015 | Economia
Preço da gasolina chega a R$ 3,29
Preço da gasolina chega a R$ 3,29 Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
O consumidor do Grande ABC já paga mais caro pelo combustível. Ontem, preço do litro da gasolina na região atingiu até R$ 3,29 nas bombas dos postos das principais vias de Santo André, São Bernardo e São Caetano, conforme o Diário havia antecipado na semana passada.

O mesmo ocorreu com o etanol, porém, o valor foi além das estimativas apresentadas pelo Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC), que apontavam para o litro do biocombustível entre R$ 2,09 e R$ 2,14. A equipe do Diário, após percorrer 18 postos nos três municípios, encontrou preços de até R$ 2,19.

Segundo o Regran, a maioria dos postos reabasteceu o estoque com reajuste de R$ 0,22 na gasolina. Essa foi exatamente a alta anunciada pela Petrobras, nas refinarias, como repasse do aumento da carga tributária (PIS/Cofins). Por nota, a empresa havia garantido que sua margem de preço líquido não foi alterada e que, portanto, o encarecimento era de total responsabilidade do governo federal. As distribuidoras, clientes das refinarias, não revelaram suas estratégias sobre o incremento no valor.

O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) informou que também não comentaria devido ao sigilo estratégico de cada uma das suas representadas.

Para se ter ideia, os revendedores estimavam média de preços de R$ 2,89 para o derivado do petróleo antes do aumento dos tributos. O motoboy André Marques, 38 anos, abasteceu sua moto assustado. “Gasto um tanque e meio por dia. Ainda bem que é a empresa que abastece. Saltou de R$ 24 para R$ 30 para encher (o tanque). Agora, com o carro, que é flex, eu tenho que ir para o álcool. Mas também está caro e não vai ter outro jeito a não ser gastar mais”, desabafou.

No caso do etanol, os donos de postos garantem ter enfrentando alta de R$ 0,15 cerca de uma semana antes do reajuste da Petrobras. Porém, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), representante das usinas que vendem às distribuidoras, “a variação dos preços ocorre porque estamos na entressafra, e não há produção de etanol ocorrendo nesse período.”

Proprietário de posto na Avenida Goiás, em São Caetano, Augusto Meneguin estima queda de até 20% nas vendas em fevereiro sobre a média mensal do resto do ano, devido ao aumento. “O consumidor vai levar alguns dias para se acostumar com os preços. E ainda temos o Carnaval (quando, geralmente, o consumo cai).”

MISTURA - O governo federal decidiu ontem que, a partir do dia 16, o percentual de etanol anidro na mistura com a gasolina vai subir, de 25% para 27%. A medida é uma forma de estimular a produção do setor sucroalcooleiro e não deve significar queda de preços para o consumidor, avalia o presidente do Regran, Wagner Souza. Para ele, uma das possibilidades é que os usineiros elevem seus ganhos, fazendo com que o preço final para o público não tenha outra alteração.

No entanto, para quem possui automóveis antigos, que têm carburador, a mudança poderá pesar no bolso. Isso porque a elevação para 27% poderá causar problemas – por exemplo, corrosão nos componentes do motor – e a orientação dos especialistas e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é que os proprietários desses carros abasteçam com gasolina premium, que vai manter o percentual de 25%. “A decisão de manter a gasolina premium inalterada se deve a não conclusão dos testes de durabilidade e, portanto, a Anfavea recomenda que os veículos com motor movidos a gasolina utilizem a premium”, afirmou, por meio de nota, o presidente da associação, Luiz Moan.

O especialista automotivo Francisco Satkunas afirma que os carros importados também podem ser afetados. A Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) recomenda, da mesma maneira, que os proprietários desses veículos usem somente a gasolina premium. Nos carros flex a mudança não deve gerar transtorno, já que os motores têm aço inox, as bombas de combustível possuem elastômero e os sistemas de injeção eletrônica já são feitos para o veículo trabalhar até 100% de etanol, justifica.

Por Leone Farias e Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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