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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/02/2015 | Setecidades
Pragas do verão, escorpiões e aranhas assustam moradores da Região
Com forte calor, bichos peçonhentos invadem residências e aumentam risco de acidentes

Aranhas, escorpiões, morcegos, abelhas e insetos rastejantes. Consegue imaginar alguns desses bichos pelo chão ou paredes de casa? Com o forte calor do verão muitas das consideradas “pragas urbanas” saem das tocas e cantos úmidos para vasculhar outros espaços. No ABCD, alguns bairros convivem com a presença dessas criaturas nesse período do ano. Tem gente que já matou quatro escorpiões marrons apenas nos cinco primeiros dias de janeiro deste ano.

Levantamentos das prefeituras mostram que artrópodes (insetos, aranhas) e até serpentes gostam de dividir o ambiente residencial. No ano passado, a Secretaria de Saúde de São Bernardo atendeu 43 solicitações sobre presença de escorpiões. Assim como acontece nas demais cidades do ABCD, os animais foram capturados e enviados para avaliação do Instituto Butantan. Foram 29 espécimes de escorpiões apreendidos, sendo 23 do tipo marrom e seis do tipo amarelo. A maioria dos chamados é dos bairros Planalto (Calux), Santa Terezinha (Irajá), Pauliceia e Jordanópolis, informou o município.

No caso das aranhas, foram 46 capturadas pelo centro de zoonoses bernardense e encaminhadas ao Butantan. A maioria é de aranhas de jardim, marrom ou armadeira. Em 2014 somente uma aranha caranguejeira foi localizada, no Planalto. Ainda no ano passado, de acordo com o CCZ, foram localizadas e enviadas ao instituto 30 cobras, a maioria jararaca (10 espécimes) e falsa coral (nove).

A reincidência dos artrópodes é menor em Santo André: no ano passado os moradores chamaram o CCZ para capturar 14 aranhas, 12 escorpiões, sete cobras, além de uma lacraia, e outros casos de vespas e abelhas.

Em Mauá, a Defesa Civil possui equipe treinada para atender ocorrências de abelhas e marimbondos. No último ano, os técnicos atenderam a 180 ocorrências dos voadores. Além disso, capturaram três escorpiões, quatro cobras e três aranhas. “São 16 agentes treinados pelo Instituto Butantan para remover colmeias e atender casos de infestação. A retirada das colmeias é feita principalmente à noite”, informou Sérgio Moraes, coordenador da Defesa Civil.

Só Diadema não informou se o CCZ faz o trabalho de captura de animais e atendimento à população e se houve registros nos últimos meses.

Rastejantes - A dona de casa Sílvia Kimura, de 33 anos, mora na avenida Guaratinguetá, no Jardim Alzira Franco, em Santo André. Já matou quatro escorpiões nos primeiros dias deste ano. Ela conta que todo verão é a mesma coisa, os rastejantes aparecem nos cômodos e quintal de casa. Ela é mãe de uma criança de apenas dois anos. “A gente tem muito medo. Minha filha brinca no quintal e na garagem e muitas vezes está descalça”, comentou.

É feio, causa medo, mas nem tudo mata
Nem todos os escorpiões e aranhas matam pessoas. Na verdade, são animais que possuem importância no meio ambiente e a peçonha, na maioria das vezes, prejudica mais crianças e pessoas com idade avançada e com outros problemas de saúde. De acordo com o veterinário do laboratório de artrópodes do Butantan, Thiago Chiarello, o escorpião amarelo é mais comum de ser encontrado no meio urbano. Isso porque eles são clones.

A palavra para o método de reprodução dos escorpiões amarelos é partenogênese. “Nessa época do ano é mais comum os escorpiões terem mais atividade. Um espécime não precisa de outro para se reproduzir. Eles proliferam clones deles mesmos”, explicou o especialista. Já o escorpião marrom se acasala para reproduzir e, também no calor, procura alimento e fêmeas para a reprodução. Daí, a presença das duas espécies dentro de casa.

“O ambiente a que estão acostumados é úmido e escuro, como debaixo de troncos e dentro de esgotos”, comentou Chiarello. “Eles não atacam os humanos se não forem provocados e quando saem do esconderijo é para caçar”, comentou. O veneno desses escorpiões não mata pessoas adultas. Mas, em caso de acidente, o veterinário aconselha procurar o hospital Vital Brasil, do Instituto Butantan.

Ente aranhas e escorpiões, o bicho mais perigoso, na avaliação do especialista, é a aranha armadeira, encontrada em toda a Grande São Paulo e com uma ocorrência no ano passado em São Bernardo. “Ao contrário de pacientes picados por outras aranhas e escorpiões, a entrada do paciente acidentado pela armadeira é considerada emergencial”, disse Chiarello. Caranguejeiras e aranhas jardineiras são inofensivas.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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