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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/03/2015 | Setecidades
Pouco verde afeta qualidade de vida de morador do ABCD
Pouco verde afeta qualidade de vida de morador do ABCD Parques como o Celso Daniel garantem a Sto. André a maior área verde por habitante no ABCD; cidade é a única da Região com índice acima do recomendado pela OMS. Foto: Andris Bovo
Parques como o Celso Daniel garantem a Sto. André a maior área verde por habitante no ABCD; cidade é a única da Região com índice acima do recomendado pela OMS. Foto: Andris Bovo
Santo André é a única cidade com índice dentro do recomendado; Diadema tem o número mais baixo

A área urbana do ABCD não possui verde suficiente para garantir a qualidade de vida dos habitantes. É o que conclui o professor doutor de engenharia ambiental da UFABC (Universidade Federal do ABC) Gilson Lameira de Lima. Santo André é a única cidade com índice acima do recomendado.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) oferece como parâmetro que a área verde seja de 12 metros quadrados por habitante, considerando apenas trechos urbanos, para garantir a qualidade de vida. Santo André possui 16,4 m². Lima afirma que a dimensão do Parque do Pedroso contribui para este número.

“O parque está localizado em área de proteção de mananciais e entra na conta por ser utilizado pela população para lazer. A cidade também tem muitas praças e parques, que foram construídos em áreas desapropriadas, em meados da década de 1970, quando esse processo era mais barato para o município”, afirmou o professor.

Convívio - O especialista explicou que na área verde por habitante inclui-se o espaço que faz parte do convívio do morador. “São parques, praças, corredores e parcelas de área verde na malha urbana. Não adianta falar sobre a mata que fica no alto da serra, por exemplo. A influência na qualidade do ar também não entra na questão porque é relativa, pode ser afetada por veículos, indústrias e situações variáveis”, disse.

A cidade menos privilegiada neste quesito é Diadema, com apenas 1,11 m² de área verde por habitante. Uma vantagem do município, conforme Lima, é que existe área de expansão. Mas ocupações irregulares em áreas de proteção são problema.

Já em São Caetano a situação é praticamente irreversível. Com 2,16 m² por habitante de praças, parques e árvores, a cidade não tem área livre para mais verde. “Seria preciso cerca de um milhão de metros quadrados de área verde para as pessoas estarem em um ambiente adequado”, disse Lima.

Uma das possíveis saídas apontadas pelo professor é aumentar a vegetação nos canteiros centrais, por exemplo.

Quase lá - Mauá e São Bernardo aproximam-se do índice recomendado pela OMS, com 11,4 m² e 7,9 m², respectivamente. Os municípios possuem vasta área de proteção aos mananciais, que não é considerada no cálculo, sendo 12.442.635,94 m² no território mauaense, conforme informações da Prefeitura.

Já São Bernardo, que é a maior cidade do ABCD em área e número de habitantes, tem 214,42 km² em zona rural e 75,82 km² pertencentes à represa Billings, também conforme dados da Administração municipal. O cálculo de área verde por habitante é aproximado, pois a Secretaria de Gestão Ambiental não possui levantamento recente dos dados necessários.

Região tem duas cidades em proteção de mananciais
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra têm todo o território em área de proteção de mananciais. A Lei Estadual nº 9.866, de 28 de novembro de 1997, regulamenta o uso destas regiões pela sociedade civil, assim como ações do poder público, para garantir a proteção, recuperação e preservação de bacias hidrográficas dos mananciais.

O artigo 12 da lei divide as áreas de proteção aos mananciais em três categorias. Existem os trechos de preservação permanente, em que não é permitido ocupar, ao contrário das áreas de ocupação dirigida, em que é preciso atender a requisitos para manutenção das condições ambientais de modo a garantir o abastecimento de água.

Por fim, nas áreas de recuperação ambiental os mananciais estão comprometidos por ocupações ou uso inadequado e necessitam de correções. Apesar da lei, ocupações irregulares são encontradas às margens das represas Billings e Guarapiranga.

Projetos de arborização tentam reverter cenário
A maior parte das prefeituras da Região trabalha para aumentar a área verde urbana. Em Santo André, há projetos, programas e compensações ambientais. No último ano, a cidade recebeu 2.800 novas mudas.

Já em São Bernardo existe projeto de recuperação e arborização de áreas verdes públicas. Levantamento da Administração municipal mostra 5.132.554 m² de áreas públicas a serem recuperadas. Conforme a Prefeitura, até o final do verão, devem ser plantadas mais de 2.000 mudas.

De acordo com a Prefeitura de Mauá, está sendo realizado levantamento de arborização da cidade desde o segundo semestre de 2014, para verificar a necessidade de manejo e plantio de árvores.

Diadema, por sua vez, recebeu cerca de mil mudas no último ano, mas ainda não elaborou projeto para 2015.

São Caetano não tem projetos de plantio. Em 2014, a Prefeitura inaugurou o Parque do Forno, no Espaço Cerâmica, o que representou um ganho de 9 mil metros quadrados de área verde.

Por Jessica Marques - ABCD Maior
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