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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2008 | Veículos
Porsche GT3 Cup reúne 22 carros
Aparentemente, eles são iguais. Afinal, ambos são Porsche modelo 911 GT3, com o mesmo design exterior e apenas algumas alterações.

O motor dos dois é o 3.6 boxer (com seis cilindros horizontais opostos), com ajustes um pouco diferentes.

Mas enquanto um é voltado para o consumidor que gosta de um belo esportivo para rodar pelas ruas e estradas, o outro é destinado a uma função muito específica: competir pelo Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, um campeonato monomarca oficial da Porsche disputado também na Europa, Estados Unidos, Ásia e Oceania.

O Porsche Cup foi criado na Alemanha na década de 1980. Em 1993, foi disputado o primeiro Porsche Supercup, campeonato cujas corridas são realizadas nas mesmas datas e locais dos GPs de Fórmula 1 disputados na Europa, EUA e Bahrein. No Brasil, o Porsche GT3 Cup Challenge faz a preliminar do GP de F-1.

Aqui, a primeira competição foi disputada em 2005, seguindo as regras básicas dos outros campeonatos monomarca oficiais da Porsche.

Mas há algumas diferenças. No Brasil, não existem equipes particulares – todos os carros ficam aos cuidados do organizador da competição em parque fechado (em um lugar onde ninguém pode mexer neles) e não podem ser usados em outras corridas nem treinar fora do calendário estabelecido. A categoria é aberta somente a pilotos não-profissionais. O lote inicial de 2005 tinha 12 carros, mas logo foram encomendados mais três.

Em 2006, a categoria passou a ter 24 carros. Para este ano, houve uma troca por modelos mais atuais e há 22 carros competindo.

Segundo Dener Pires, diretor do Centro Técnico da Porsche, onde todos os carros de competição são preparados, o campeonato conta com oito etapas de rodada dupla realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Pires explica que todos os veículos ficam permanentemente na oficina da Stuttgart Sportcar, importadora oficial da Porsche no Brasil. “Eles são preparados de forma idêntica, por uma mesma equipe, sob a minha supervisão”, garante.

Segundo ele, os modelos de competição são levados para a pista e entregues aos pilotos somente para os treinos e corridas. “Cada piloto tem o seu mecânico e o seu engenheiro, que analisa todas as informações registradas no sistema de aquisição de dados do veículo após cada corrida.”

Detalhes fazem muita diferença

Ambos são feitos na Alemanha, mas o GT3 de corrida é preparado pela divisão Motorsport da Porsche.

Um tem um belo acabamento interno, bancos de couro, sistema de som sofisticado, air bags. O outro, que precisa ser mais leve, e pesa 245 quilos a menos que o modelo de rua, tem portas, capô e pára-choque traseiros feitos de fibra de carbono, sem forração, além de espelhos retrovisores e molduras das janelas de plástico.

No lugar dos vidros, o material usado é o lexan, semelhante ao acrílico, que é mais leve e inquebrável.

Ainda do lado de fora, a carroceria do modelo de corrida é autoportante, feita em aço galvanizado. O pára-choque e o spoiler dianteiros foram projetados com aerodinâmica otimizada e existe uma asa traseira ajustável fixada no capô.

Por dentro, as diferenças são ainda mais visíveis. Há um só banco de corrida para o piloto, com forro antichama e um cinto de segurança de seis pontos otimizado para uso de sistema de proteção. O carro de rua tem dois lugares.

O painel elegante com um sofisticado quadro de instrumentos do cupê dá lugar a uma tela de cristal líquido, onde o piloto pode ler informações sobre a temperatura do motor, pressão do óleo, entre outras.

Há também uma gaiola de segurança reforçada, com estrutura de aço cromomolibidênio. O sistema de freios também foi redimensionado e não tem ABS. Conta, ainda, com possibilidades de ajuste dentro do carro, de modo que o piloto pode colocar mais intensidade na frenagem no eixo dianteiro ou traseiro.

Enquanto o GT3 normal tem câmbio manual de seis marchas do tipo ‘H’, o GT3 Cup tem transmissão seqüencial de seis velocidades, que permite trocas muito rápidas. O sistema Power Shift permite mudar a marcha sem pisar na embreagem e nem tirar o pé do acelerador, segundo Dener Pires, diretor do Centro Técnico da Porsche.

O propulsor do modelo de competição é o mesmo seis cilindros boxer, com 3.598 cm³, mas que desenvolve 420 cv de potência a 7.300 rpm e torque máximo de 42,8 mkgf a 6.500 rpm, ante os 415 cv a 7.600 rpm e torque máximo de 41,2 mkgf a 5.500 rpm do cupê de rua.

Outra curiosidade do GT3 Cup é que, no lugar do ar-condicionado, para ter menos peso, ele tem uma geladeira desenvolvida no Brasil que, por meio de uma serpentina, faz circular água gelada pela camiseta usada pelo piloto, sistema que, segundo Pires, pode reduzir a temperatura do piloto em até 15°C. “A temperatura dentro do carro durante a corrida pode chegar a 65°C”, avalia Pires.

Outro diferencial importante é que um sistema de aquisição de dados registra tudo o que ocorre durante a corrida para análise posterior.

Por Sueli Osório - Diário do Grande ABC
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