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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/01/2016 | Veículos
Por que calotas caem e você pode ''perder'' o freio na descida da serra?
Para descer uma serra não basta fazer aquela revisão simples que muita gente faz, de verificar óleo, água e calibrar os pneus no posto. Infelizmente, é nas situações de emergência que você acaba descobrindo que seu carro estava com um problema sério e necessitava de uma manutenção mais detalhada.

O primeiro problema que vou citar são os vazamentos nos cilindros de roda do freio traseiro. Comece a reparar nas marcas de pneus no asfalto das estradas e você verá que estas marcas de frenagem no chão não são iguais.

Algumas vezes elas só marcam o asfalto de um dos lados do carro: isso significa que o freio somente acionou as rodas de um dos lados. Em outros casos, você pode ver a marca de pneu de um lado e, somente alguns metros à frente, aparece a marca de pneu do outro lado. Isto significa que o freio traseiro estava desregulado, ou seja, uma das rodas freou primeiro que a outra. Todos esses sinais são prenúncios de que este carro estava com problema nos freios e seu motorista descobriu no pior momento possível.

Se você é daqueles que descem a serra o tempo todo com o pé no freio, poderá causar 3 problemas pelo mesmo motivo: o excesso de calor. A temperatura no disco de freio chega fácil aos 400ºC e todas as peças que fazem parte do conjunto da roda acabam aquecendo muito.

Adeus às calotas
O primeiro problema ocorre quando as rodas aquecem e as calotas costumam dar adeus. Isto acontece principalmente com calotas não originais que, com a caloria, acabam perdendo a pressão do encaixe e pulam fora da roda no primeiro buraco mais profundo.

Se você não estiver convencido, compare uma calota de segunda linha em que o jogo custa R$ 40,00 com as originais, que custam 3 vezes mais: tanto o material plástico como as molas de fixação são bem mais reforçadas do que as calotas "ching ling". Eu sei que você escreverá nos comentários que, financeiramente, dá para perder 3 vezes as calotas: você tem razão.

Freio borrachudo
Problema 2: com o aquecimento excessivo da roda, o freio pode ficar borrachudo e menos eficiente. Isto ocorre com mais frequência nos veículos que não substituem o óleo de freio a cada 20.000 km ou 2 anos, como indicado no manual do proprietário.

Explico: o óleo de freio possui uma propriedade química que é a de absorver a água (umidade) que está contida na tubulação do freio. Quem esquece de fazer a troca do óleo acaba ficando com um óleo contaminado, com muita água. Quando aquecido, esse óleo contaminado acaba fervendo, provocando as indesejadas bolas de ar e, como consequência, baixando a eficiência do sistema de freio.

Caso você perceba, durante a descida, que seu freio começou a perder eficiência, procure uma área de descanso e espere 30 minutos até que o sistema esfrie, antes de seguir viagem. Cuidado: não ponha a mão na roda sem uma luva ou pano; você poderá se queimar.

Disco de freio empenado
O terceiro problema diz respeito ao disco de freio, a caloria entre o disco e a pastilha é tão grande que o material do disco acaba mudando suas características mecânicas, tornado sua superfície muito dura e lisa, diminuindo significativamente seu coeficiente de atrito.

Os mecânicos costumam falar que o disco ficou espelhado ou vitrificado. Se isto ocorrer, terá que substitui-los. Além do espelhamento, seus discos podem empenar caso estejam muito finos. Quando os discos estão muito quentes e você passa sobre uma poça de água, muito comuns nas serras, ocorre o que chamamos de choque térmico, causador de uma deformação permanente no disco. O sintoma de que seus discos de freio empenaram ocorrem quando se sente uma forte vibração no volante da direção a cada vez que você pisa no freio.

Fique atento às placas nas estradas, solicitando que você desça engrenado: além de possibilitar maior controle do veículo, você diminui o desgaste do sistema de freio. Se seu carro for automático, utilize as posições 3 e 2 da alavanca: esse procedimento possibilitará que o freio resfrie. Não fique preocupado com o consumo de combustível pois, acima de 1.500 giros e sem o pé no acelerador, seu motor não consumirá combustível; o módulo da injeção inibirá a abertura dos bicos injetores.

Por Denis Marum - G1
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