DATA DA PUBLICAÇÃO 10/06/2009 | Esportes
Por contrato, CBF libera álcool na Copa-2014
Dia 25 de abril de 2008. Juntamente com representantes do Ministério Público, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assina um documento pelo qual proíbe bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros.
Dia 9 de junho de 2009. O COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014 avisa às cidades-sedes que terão de fazer leis para liberar a venda de álcool nos estádios do Mundial.
A mudança de atitude é explicada por um contrato milionário da Budweiser com a Fifa, que se estende até 2014. O acordo prevê a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, como nas últimas seis Copas do Mundo.
Os acordos de marketing da Fifa relacionados à Copa representam mais um quarto da renda da entidade. A maioria dos patrocínios para o Mundial do Brasil já foi assinada. Será com parte desse dinheiro que a entidade bancará os custos do Comitê Organizador Local, que receberá repasses periódicos.
A Budweiser faz parte da cervejaria belgo-brasileira InBev, que é patrocinadora da seleção brasileira. No ano passado, a Inbev comprou a rival americana Anheuser-Busch (dona da marca Budweiser).
Assim, o COL recomendou ontem, em reunião com as sedes, que terão de abrir exceção nas suas leis estaduais e municipais que impedem a venda bebidas alcoólicas nos estádios.
"A Fifa terá direito a tudo nos estádios. Fomos informados de que teremos até que mudar a legislação anti-álcool para um dos patrocinadores da entidade vender os seus produtos", disse Ricardo Leitão, secretário da Casa Civil de Pernambuco.
Pelo menos São Paulo, Rio de Janeiro e Recife têm lei específica para proibir o álcool nos estádios. Em alguns Estados, é vetada a comercialização até nos arredores das arenas.
No Maracanã, a Prefeitura do Rio adotou essa medida com o argumento de que se preparava para a Copa de 2014.
A decisão do comitê de liberar o álcool vai na contramão de uma tendência mundial sobre segurança no futebol.
A Uefa, que controla o futebol europeu, recomenda que não seja vendido álcool nos jogos no continente, em seu guia para segurança nos estádios.
A final da Copa dos Campeões, principal competição da Europa, não teve bebida alcoólica. O jogo foi realizado no dia 27 do mês passado, em Roma. Antes da partida Barcelona x Manchester United, o álcool foi proibido por 37 horas. A prefeitura da capital italiana suspendeu a venda entre as 17h do dia 26 e as 6h do dia 28. Na Itália, a embriaguez é um crime.
Nas ligas nacionais, há regras diferentes em cada país. Onde há maior histórico de violência, em geral, o álcool é proibido.
Segundo o sociólogo Maurício Murad, especialista em violência nos estádios, "o álcool é o combustível da violência em todos os estádios".
Em 2006, a cerveja foi liberada no Mundial da Alemanha.
O comitê organizador determinou que cada torcedor poderia consumir no máximo um litro da bebida dentro dos estádios. O controle seria feito por comandas destinadas a cada torcedor, mas o esquema acabou não dando certo. Apesar da bebedeira nos estádios, o clima foi tranquilo dentro das arenas.
A Budweiser também poderá vender a sua cerveja na Copa do Mundo da África do Sul.
Além de afirmarem que o álcool será liberado nos estádios no Brasil, os integrantes do comitê organizador informaram que o espaço aéreo das arenas terá que ser fechado durante os jogos. A medida servirá para impedir a publicidade "pirata" em aviões nos dias de partidas.
Dia 9 de junho de 2009. O COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014 avisa às cidades-sedes que terão de fazer leis para liberar a venda de álcool nos estádios do Mundial.
A mudança de atitude é explicada por um contrato milionário da Budweiser com a Fifa, que se estende até 2014. O acordo prevê a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, como nas últimas seis Copas do Mundo.
Os acordos de marketing da Fifa relacionados à Copa representam mais um quarto da renda da entidade. A maioria dos patrocínios para o Mundial do Brasil já foi assinada. Será com parte desse dinheiro que a entidade bancará os custos do Comitê Organizador Local, que receberá repasses periódicos.
A Budweiser faz parte da cervejaria belgo-brasileira InBev, que é patrocinadora da seleção brasileira. No ano passado, a Inbev comprou a rival americana Anheuser-Busch (dona da marca Budweiser).
Assim, o COL recomendou ontem, em reunião com as sedes, que terão de abrir exceção nas suas leis estaduais e municipais que impedem a venda bebidas alcoólicas nos estádios.
"A Fifa terá direito a tudo nos estádios. Fomos informados de que teremos até que mudar a legislação anti-álcool para um dos patrocinadores da entidade vender os seus produtos", disse Ricardo Leitão, secretário da Casa Civil de Pernambuco.
Pelo menos São Paulo, Rio de Janeiro e Recife têm lei específica para proibir o álcool nos estádios. Em alguns Estados, é vetada a comercialização até nos arredores das arenas.
No Maracanã, a Prefeitura do Rio adotou essa medida com o argumento de que se preparava para a Copa de 2014.
A decisão do comitê de liberar o álcool vai na contramão de uma tendência mundial sobre segurança no futebol.
A Uefa, que controla o futebol europeu, recomenda que não seja vendido álcool nos jogos no continente, em seu guia para segurança nos estádios.
A final da Copa dos Campeões, principal competição da Europa, não teve bebida alcoólica. O jogo foi realizado no dia 27 do mês passado, em Roma. Antes da partida Barcelona x Manchester United, o álcool foi proibido por 37 horas. A prefeitura da capital italiana suspendeu a venda entre as 17h do dia 26 e as 6h do dia 28. Na Itália, a embriaguez é um crime.
Nas ligas nacionais, há regras diferentes em cada país. Onde há maior histórico de violência, em geral, o álcool é proibido.
Segundo o sociólogo Maurício Murad, especialista em violência nos estádios, "o álcool é o combustível da violência em todos os estádios".
Em 2006, a cerveja foi liberada no Mundial da Alemanha.
O comitê organizador determinou que cada torcedor poderia consumir no máximo um litro da bebida dentro dos estádios. O controle seria feito por comandas destinadas a cada torcedor, mas o esquema acabou não dando certo. Apesar da bebedeira nos estádios, o clima foi tranquilo dentro das arenas.
A Budweiser também poderá vender a sua cerveja na Copa do Mundo da África do Sul.
Além de afirmarem que o álcool será liberado nos estádios no Brasil, os integrantes do comitê organizador informaram que o espaço aéreo das arenas terá que ser fechado durante os jogos. A medida servirá para impedir a publicidade "pirata" em aviões nos dias de partidas.
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