DATA DA PUBLICAÇÃO 22/01/2013 | Setecidades
População vai às ruas de Ribeirão Pires contra aumento da tarifa
Manifestantes buscam audiência com prefeito de Ribeirão sobre aumejto da tarifa. Foto: Rodrigo Pinto
Intervalos longos, integração precária e falta de acessibilidade também motivam protesto contra o transporte público da cidade
A população de Ribeirão Pires foi às ruas na tarde deste sábado (19/01) em protesto pelo aumento da tarifa de ônibus que desde o início de janeiro atingiu seis das sete cidades do ABCD – apenas Rio Grande da Serra não aumentou o preço da tarifa. A manifestação se iniciou no calçadão em frente ao Terminal Rodoviário da cidade, próximo a estação de trem, e depois seguiu em passeata pelas ruas centrais, passando pela Câmara de Vereadores e pela Prefeitura. Munido de cartazes, narizes de palhaços e apitos, o grupo entregou panfletos para os munícipes e, literalmente, parou o trânsito da cidade. O protesto pacífico reuniu cerca de 50 pessoas.
"Queremos que o prefeito nos receba e explique por que tivemos esse aumento, já que não temos qualidade, acessibilidade e os percursos são curtos na cidade. Nada justifica o aumento e é preciso que ele seja revogado”, destacou um dos organizadores do protesto, Willian Ferreira, também conhecido como Professor Lico. O reajuste na cidade foi de R$ 0,40. A passagem passou de R$ 2,90 para R$ 3,30.
A princípio, o protesto estava agendado para sábado passado (12/01), mas foi remarcado para este sábado, após o prefeito Saulo Benevides ter se comprometido em agendar até a última quarta-feira (16/01) uma reunião com a empresa Rigras, responsável pelo transporte da cidade, para debater o aumento da tarifa. Porém, como o encontro não aconteceu, o grupo foi às ruas chamar a atenção do Poder Público e tentar agendar uma audiência pública com o prefeito.
O vereador Renato Foresto (PT) compareceu à mobilização e apoiou o ato. Para ele, o Poder Público, o que inclui os próprios vereadores, precisa se esforçar para melhorar o transporte em Ribeirão Pires. “É preciso pensar em integração ou em acordos com as empresas de transporte, pois o trabalhador precisa sentir a economia no seu bolso de alguma maneira”, destacou.
Justificativas - Os intervalos demorados entre as linhas, os trajetos curtos, os horários de funcionamento, a falta de acessibilidade, integração falha no Terminal de Rodoviário e o trabalho acumulado dos motoristas, que precisam cobrar a passagem e dirigir ao mesmo tempo, são apontados pela população como os principais pontos da má qualidade do transporte público municipal.
“A linha do São Caetaninho, por exemplo, funciona somente até às 23h20. Os estudantes ou trabalhadores que chegam mais tarde são prejudicados com isso. Sem contar que os intervalos entre os ônibus levam entre 45 minutos até 1 hora. Isso é um absurdo”, explicou a moradora e integrante do grupo artístico a Arca, Fernanda Henrique. “A linha mais longa faz um percurso de 5 km, ou seja, eles estão cobrando quase R$ 1 por km”, alertou o Professor Lico.
Outro problema apontado por Lico é a falta de opção de linhas para os moradores que precisam ir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia. “Há apenas uma linha que passa lá e tem intervalos de 1h. Como podemos pagar tão caro por uma tarifa se não temos direito nem de acesso mais rápido ao hospital público da cidade?”, questionou.
Mobilização - Nesta sexta-feira (18/01), o mesmo grupo realizou passeata pelas ruas centrais de Santo André. Na ocasião, o movimento entregou a funcionários do Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos do ABCD – um documento reivindicando a revogação do reajuste das tarifas. Antes disso, já haviam sido realizados protestos em Mauá e em São Bernardo.
Os manifestantes garantem que prosseguirão com as mobilizações no ABCD nas próximas semanas. Mas, por enquanto, o único evento agendado é uma reunião com a Prefeitura de Mauá para sexta-feira (25/01), às 8h30, na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.
A população de Ribeirão Pires foi às ruas na tarde deste sábado (19/01) em protesto pelo aumento da tarifa de ônibus que desde o início de janeiro atingiu seis das sete cidades do ABCD – apenas Rio Grande da Serra não aumentou o preço da tarifa. A manifestação se iniciou no calçadão em frente ao Terminal Rodoviário da cidade, próximo a estação de trem, e depois seguiu em passeata pelas ruas centrais, passando pela Câmara de Vereadores e pela Prefeitura. Munido de cartazes, narizes de palhaços e apitos, o grupo entregou panfletos para os munícipes e, literalmente, parou o trânsito da cidade. O protesto pacífico reuniu cerca de 50 pessoas.
"Queremos que o prefeito nos receba e explique por que tivemos esse aumento, já que não temos qualidade, acessibilidade e os percursos são curtos na cidade. Nada justifica o aumento e é preciso que ele seja revogado”, destacou um dos organizadores do protesto, Willian Ferreira, também conhecido como Professor Lico. O reajuste na cidade foi de R$ 0,40. A passagem passou de R$ 2,90 para R$ 3,30.
A princípio, o protesto estava agendado para sábado passado (12/01), mas foi remarcado para este sábado, após o prefeito Saulo Benevides ter se comprometido em agendar até a última quarta-feira (16/01) uma reunião com a empresa Rigras, responsável pelo transporte da cidade, para debater o aumento da tarifa. Porém, como o encontro não aconteceu, o grupo foi às ruas chamar a atenção do Poder Público e tentar agendar uma audiência pública com o prefeito.
O vereador Renato Foresto (PT) compareceu à mobilização e apoiou o ato. Para ele, o Poder Público, o que inclui os próprios vereadores, precisa se esforçar para melhorar o transporte em Ribeirão Pires. “É preciso pensar em integração ou em acordos com as empresas de transporte, pois o trabalhador precisa sentir a economia no seu bolso de alguma maneira”, destacou.
Justificativas - Os intervalos demorados entre as linhas, os trajetos curtos, os horários de funcionamento, a falta de acessibilidade, integração falha no Terminal de Rodoviário e o trabalho acumulado dos motoristas, que precisam cobrar a passagem e dirigir ao mesmo tempo, são apontados pela população como os principais pontos da má qualidade do transporte público municipal.
“A linha do São Caetaninho, por exemplo, funciona somente até às 23h20. Os estudantes ou trabalhadores que chegam mais tarde são prejudicados com isso. Sem contar que os intervalos entre os ônibus levam entre 45 minutos até 1 hora. Isso é um absurdo”, explicou a moradora e integrante do grupo artístico a Arca, Fernanda Henrique. “A linha mais longa faz um percurso de 5 km, ou seja, eles estão cobrando quase R$ 1 por km”, alertou o Professor Lico.
Outro problema apontado por Lico é a falta de opção de linhas para os moradores que precisam ir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia. “Há apenas uma linha que passa lá e tem intervalos de 1h. Como podemos pagar tão caro por uma tarifa se não temos direito nem de acesso mais rápido ao hospital público da cidade?”, questionou.
Mobilização - Nesta sexta-feira (18/01), o mesmo grupo realizou passeata pelas ruas centrais de Santo André. Na ocasião, o movimento entregou a funcionários do Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos do ABCD – um documento reivindicando a revogação do reajuste das tarifas. Antes disso, já haviam sido realizados protestos em Mauá e em São Bernardo.
Os manifestantes garantem que prosseguirão com as mobilizações no ABCD nas próximas semanas. Mas, por enquanto, o único evento agendado é uma reunião com a Prefeitura de Mauá para sexta-feira (25/01), às 8h30, na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana.
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