DATA DA PUBLICAÇÃO 25/01/2009 | Cidade
População de Mauá sofre com transporte deteriorado
Processo de licitação para escolha de nova empresa, aberto na gestão de Leonel Damo, está parado na Justiça.
A conferente Helena Pirolla, 46 anos, aguarda que o terceiro ônibus da linha Sertãozinho/Centro, em Mauá, pare. Os veículos que vieram antes estavam todos lotados e os motoristas se recusam a passar por todos os pontos. Chovia na quarta-feira (21/01), por volta das 17h30, quando a reportagem do ABCD MAIOR acompanhou Helena. No ponto da avenida Papa João XXIII havia aproximadamente 15 pessoas, que trabalham em fábricas da região e saem quase todos No mesmo horário. No único ponto de ônibus coberto da avenida, as enormes possas de água dificultam o acesso.
“É sempre assim, ônibus lotado e muito tempo de espera, independente da hora. Outro dia precisava ir ao médico, mas o ônibus demorou uma hora para passar, já sem espaço para entrar. Se tivesse ido a pé, teria conseguido chegar”, conta Helena.
No terminal rodoviário da cidade, as reclamações são parecidas. “Os ônibus aqui estão caindo aos pedaços. Além de serem sujos, demoram para passar e estão sempre lotados. Isso quando não quebram, o que ocorre pelo menos duas vezes por semana”, contou a dona de casa Crislaine Araújo Bastos, 31 anos, usuária da linha São Lúcido/Boa Vista.
Desde 1993, a escolha das empresas de ônibus que têm direito a operar em Mauá é feita via decreto. A ausência de licitação há 16 anos impede que outras empresas participem da escolha e, consequentemente, que a melhor proposta opere na cidade. O ex-prefeito Leonel Damo (PV), que governou Mauá até o ano passado, lançou edital de licitação para o transporte no começo de 2008. O processo, porém, está parado na Justiça depois que uma das concorrentes acusou a Prefeitura de favorecer o empresário Baltazar de Souza, proprietário das empresas que faz as linhas de Mauá atualmente.
De acordo com a Leblon Transporte de Passageiros, empresa que gerencia parte dos ônibus da cidade de Curitiba, no Paraná, as cinco empresas que concorriam por um dos lotes da licitação foram desclassificadas por falta de documentos e o processo foi reiniciado. A Leblon, porém, afirma que tinha toda documentação em dia.
O advogado da empresa, Sacha Reck, disse que as outras quatro empresas concorrentes são de propriedade de Baltazar. “Essa foi uma forma desleal de recolocar as empresas no certame. Foi o famoso tapetão, utilizado pela Prefeitura. Nós contratamos uma empresa especializada em licitações e atendemos todos os requisitos do edital”, afirmou. De acordo com Sacha, a diretoria da empresa chegou a sofrer ameaças por estar usando as ferramentas judiciais para se proteger no processo. “Estamos no sufoco, mas vamos até o fim.”
A juíza da 3ª Vara Cível, Maria Lucinda da Costa, não fala sobre o caso até o fim do processo. A Prefeitura afirma que anulará a licitação se a Justiça determinar. A nova Administração não soube explicar o que estipula o edital feito por Damo.
A reportagem procurou por Baltazar de Souza, mas foi informada que o empresário está em férias e retorna apenas no começo de fevereiro. O ABCD MAIOR deixou mensagem na caixa postal do celular de Baltazar, mas também não obteve retorno.
Estrutura - De acordo com a Prefeitura, circulam em Mauá 153 ônibus, com idade média de seis anos. O índice de lotação é desconhecido. A Secretaria de Mobilidade Urbana está levantando qual a situação dos veículos e dos terminais da cidade para formular propostas de melhorias. A única medida anunciada até agora pela administração de Oswaldo Dias (PT) é a presença de fiscais de plataforma para auxiliar a formação de filas.
A conferente Helena Pirolla, 46 anos, aguarda que o terceiro ônibus da linha Sertãozinho/Centro, em Mauá, pare. Os veículos que vieram antes estavam todos lotados e os motoristas se recusam a passar por todos os pontos. Chovia na quarta-feira (21/01), por volta das 17h30, quando a reportagem do ABCD MAIOR acompanhou Helena. No ponto da avenida Papa João XXIII havia aproximadamente 15 pessoas, que trabalham em fábricas da região e saem quase todos No mesmo horário. No único ponto de ônibus coberto da avenida, as enormes possas de água dificultam o acesso.
“É sempre assim, ônibus lotado e muito tempo de espera, independente da hora. Outro dia precisava ir ao médico, mas o ônibus demorou uma hora para passar, já sem espaço para entrar. Se tivesse ido a pé, teria conseguido chegar”, conta Helena.
No terminal rodoviário da cidade, as reclamações são parecidas. “Os ônibus aqui estão caindo aos pedaços. Além de serem sujos, demoram para passar e estão sempre lotados. Isso quando não quebram, o que ocorre pelo menos duas vezes por semana”, contou a dona de casa Crislaine Araújo Bastos, 31 anos, usuária da linha São Lúcido/Boa Vista.
Desde 1993, a escolha das empresas de ônibus que têm direito a operar em Mauá é feita via decreto. A ausência de licitação há 16 anos impede que outras empresas participem da escolha e, consequentemente, que a melhor proposta opere na cidade. O ex-prefeito Leonel Damo (PV), que governou Mauá até o ano passado, lançou edital de licitação para o transporte no começo de 2008. O processo, porém, está parado na Justiça depois que uma das concorrentes acusou a Prefeitura de favorecer o empresário Baltazar de Souza, proprietário das empresas que faz as linhas de Mauá atualmente.
De acordo com a Leblon Transporte de Passageiros, empresa que gerencia parte dos ônibus da cidade de Curitiba, no Paraná, as cinco empresas que concorriam por um dos lotes da licitação foram desclassificadas por falta de documentos e o processo foi reiniciado. A Leblon, porém, afirma que tinha toda documentação em dia.
O advogado da empresa, Sacha Reck, disse que as outras quatro empresas concorrentes são de propriedade de Baltazar. “Essa foi uma forma desleal de recolocar as empresas no certame. Foi o famoso tapetão, utilizado pela Prefeitura. Nós contratamos uma empresa especializada em licitações e atendemos todos os requisitos do edital”, afirmou. De acordo com Sacha, a diretoria da empresa chegou a sofrer ameaças por estar usando as ferramentas judiciais para se proteger no processo. “Estamos no sufoco, mas vamos até o fim.”
A juíza da 3ª Vara Cível, Maria Lucinda da Costa, não fala sobre o caso até o fim do processo. A Prefeitura afirma que anulará a licitação se a Justiça determinar. A nova Administração não soube explicar o que estipula o edital feito por Damo.
A reportagem procurou por Baltazar de Souza, mas foi informada que o empresário está em férias e retorna apenas no começo de fevereiro. O ABCD MAIOR deixou mensagem na caixa postal do celular de Baltazar, mas também não obteve retorno.
Estrutura - De acordo com a Prefeitura, circulam em Mauá 153 ônibus, com idade média de seis anos. O índice de lotação é desconhecido. A Secretaria de Mobilidade Urbana está levantando qual a situação dos veículos e dos terminais da cidade para formular propostas de melhorias. A única medida anunciada até agora pela administração de Oswaldo Dias (PT) é a presença de fiscais de plataforma para auxiliar a formação de filas.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda