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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/08/2012 | Setecidades
Ponte errada do Rodoanel é obstáculo para o Ferroanel
Ponte errada do Rodoanel é obstáculo para o Ferroanel <i>No projeto original do Tramo Sul, que afetará diretamente o ABCD, ferrovia compartilharia ponte</i>  A ponte construída para o Trecho Sul do Rodoanel sobre a represa Billings, que no projeto inicial incluía o uso para o transporte ferroviário, é o primeiro obstáculo para a construção do Tramo (trecho) Sul do Ferroanel. A grande ponte, feita a toque de caixa pelo governo estadual para entregar o complexo rodoviário, não pode comportar a passagem de trens de carga, de acordo com engenheiros ouvidos pelo ABCD MAIOR. Nesta quarta-feira (15/08), a presidente Dilma Rousseff anunciou programa de concessões de R$ 133 bilhões para ampliar e modernizar rodovias e ferrovias, a partir de PPPs (Parcerias Público-Privadas).  Deste total, R$ 91 bilhões serão aplicados na reforma e construção de 10 mil quilômetros de ferrovias nos próximos 25 anos. O leilão de concessão dos primeiros 2,6 mil quilômetros de ferrovia, que inclui o projeto dos tramos Norte e Sul do Ferroanel São Paulo, deve ser feito em abril de 2013. O Tramo Sul do Ferroanel, que seguirá paralelo ao Rodoanel Sul, será a segunda etapa do projeto a ser construída.  Ainda não há estimativa de custos, mas o valor deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. O Ministério dos Transportes prevê assinar o contrato para as obras do Ferroanel em julho de 2013.  De acordo com a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, quando implantado, o anel ferroviário seguirá os moldes do Rodoanel e irá circundar a Grande São Paulo, interligando as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista.  <b>Tramo sul -</b> No projeto do Trecho Sul do Rodoanel foi prevista faixa de domínio maior, de 160 metros, para receber a ferrovia na margem externa do anel. As desapropriações já foram feitas e em algumas pontes já foi preparada a fundação para a construção das novas pontes ferroviárias.  Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da UFABC, Humberto de Paiva Júnior, nos trechos em que os dois traçados se aproximam foi previsto o adiantamento de algumas obras para o Ferroanel, como a terraplenagem. “Mas a estrutura da ponte construída sobre a Billings não comporta trens de carga. Se o Ferroanel passar por ali, será preciso construir nova ponte.”  Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, a construção pode ser adaptada para receber a malha ferroviária, mas os custos da reforma podem ser muito altos. “O custo de uma adaptação poderia ser mais alto do que construir uma nova ponte para a ferrovia. O ideal é que projetos assim já saiam do papel com as duas funções definidas.”  <b>Traçado final ainda está em análise</b> Apesar da importância econômica e para a mobilidade urbana, o projeto do Ferroanel São Paulo segue emperrado há anos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres, responsável pelas obras, informou que o traçado final ainda está em análise – exceto o Tramo Sul. O planejamento é de que o Ferroanel seja construído na seguinte ordem: Tramo Norte, Sul e Noroeste.  A primeira etapa ligará as estações de Manuel Feio, em Itaquaquecetuba, à região de Perus, ao Norte da Grande São Paulo, conectando à linha da CPTM para Jundiaí. Para o Tramo Sul, a Dersa apenas adiantou que o trecho integrará o Sul da Região Metropolitana às linhas das empresas de transporte de cargas ferroviárias MRS e ALL e que o traçado seguirá paralelo ao Rodoanel Sul. Mas não deu mais detalhes sobre o percurso.  Pelas diretrizes de traçado já desenvolvidas, o Ferroanel irá conectar externamente à Região Metropolitana os eixos ferroviários que chegam à Capital. Além de tirar as composições de carga do centro da cidade de São Paulo, o projeto permitirá acesso ao Porto de Santos e a outros da região, para escoamento de cargas que vêm de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, além do Interior do Estado.  <b>Trens de passageiros ganhariam agilidade</b> Um dos pontos cruciais do projeto, de acordo com o Ministério dos Transportes, é que o Ferroanel permitiria o alívio do fluxo das composições de passageiros na malha da CPTM. Hoje, os trens de carga e os de transporte de pessoas são prejudicados.  As compras de novos vagões para servir aos passageiros também tornam o espaço para o transporte de mercadorias pela via férrea cada vez menor.  Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da Universidade Federal do ABC, Humberto de Paiva Júnior, o modelo de linha ferroviária compartilhada por passageiros e carga nunca foi a melhor opção. “Os trens de passageiros têm horários fixos e atrasam o escoamento de produção”, afirmou.  Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, o projeto do Ferroanel é de extrema importância para aliviar a sobrecarga do sistema rodoviário de transporte de carga no Estado de São Paulo. “É necessário um modelo alternativo, e o sistema ferroviário é uma ótima opção, além de mais econômica. O trem consumiria 25% menos energia para transportar uma tonelada de carga em comparação a um caminhão”, exemplificou.
No projeto original do Tramo Sul, que afetará diretamente o ABCD, ferrovia compartilharia ponte A ponte construída para o Trecho Sul do Rodoanel sobre a represa Billings, que no projeto inicial incluía o uso para o transporte ferroviário, é o primeiro obstáculo para a construção do Tramo (trecho) Sul do Ferroanel. A grande ponte, feita a toque de caixa pelo governo estadual para entregar o complexo rodoviário, não pode comportar a passagem de trens de carga, de acordo com engenheiros ouvidos pelo ABCD MAIOR. Nesta quarta-feira (15/08), a presidente Dilma Rousseff anunciou programa de concessões de R$ 133 bilhões para ampliar e modernizar rodovias e ferrovias, a partir de PPPs (Parcerias Público-Privadas). Deste total, R$ 91 bilhões serão aplicados na reforma e construção de 10 mil quilômetros de ferrovias nos próximos 25 anos. O leilão de concessão dos primeiros 2,6 mil quilômetros de ferrovia, que inclui o projeto dos tramos Norte e Sul do Ferroanel São Paulo, deve ser feito em abril de 2013. O Tramo Sul do Ferroanel, que seguirá paralelo ao Rodoanel Sul, será a segunda etapa do projeto a ser construída. Ainda não há estimativa de custos, mas o valor deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. O Ministério dos Transportes prevê assinar o contrato para as obras do Ferroanel em julho de 2013. De acordo com a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, quando implantado, o anel ferroviário seguirá os moldes do Rodoanel e irá circundar a Grande São Paulo, interligando as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista. Tramo sul - No projeto do Trecho Sul do Rodoanel foi prevista faixa de domínio maior, de 160 metros, para receber a ferrovia na margem externa do anel. As desapropriações já foram feitas e em algumas pontes já foi preparada a fundação para a construção das novas pontes ferroviárias. Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da UFABC, Humberto de Paiva Júnior, nos trechos em que os dois traçados se aproximam foi previsto o adiantamento de algumas obras para o Ferroanel, como a terraplenagem. “Mas a estrutura da ponte construída sobre a Billings não comporta trens de carga. Se o Ferroanel passar por ali, será preciso construir nova ponte.” Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, a construção pode ser adaptada para receber a malha ferroviária, mas os custos da reforma podem ser muito altos. “O custo de uma adaptação poderia ser mais alto do que construir uma nova ponte para a ferrovia. O ideal é que projetos assim já saiam do papel com as duas funções definidas.” Traçado final ainda está em análise Apesar da importância econômica e para a mobilidade urbana, o projeto do Ferroanel São Paulo segue emperrado há anos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres, responsável pelas obras, informou que o traçado final ainda está em análise – exceto o Tramo Sul. O planejamento é de que o Ferroanel seja construído na seguinte ordem: Tramo Norte, Sul e Noroeste. A primeira etapa ligará as estações de Manuel Feio, em Itaquaquecetuba, à região de Perus, ao Norte da Grande São Paulo, conectando à linha da CPTM para Jundiaí. Para o Tramo Sul, a Dersa apenas adiantou que o trecho integrará o Sul da Região Metropolitana às linhas das empresas de transporte de cargas ferroviárias MRS e ALL e que o traçado seguirá paralelo ao Rodoanel Sul. Mas não deu mais detalhes sobre o percurso. Pelas diretrizes de traçado já desenvolvidas, o Ferroanel irá conectar externamente à Região Metropolitana os eixos ferroviários que chegam à Capital. Além de tirar as composições de carga do centro da cidade de São Paulo, o projeto permitirá acesso ao Porto de Santos e a outros da região, para escoamento de cargas que vêm de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, além do Interior do Estado. Trens de passageiros ganhariam agilidade Um dos pontos cruciais do projeto, de acordo com o Ministério dos Transportes, é que o Ferroanel permitiria o alívio do fluxo das composições de passageiros na malha da CPTM. Hoje, os trens de carga e os de transporte de pessoas são prejudicados. As compras de novos vagões para servir aos passageiros também tornam o espaço para o transporte de mercadorias pela via férrea cada vez menor. Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da Universidade Federal do ABC, Humberto de Paiva Júnior, o modelo de linha ferroviária compartilhada por passageiros e carga nunca foi a melhor opção. “Os trens de passageiros têm horários fixos e atrasam o escoamento de produção”, afirmou. Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, o projeto do Ferroanel é de extrema importância para aliviar a sobrecarga do sistema rodoviário de transporte de carga no Estado de São Paulo. “É necessário um modelo alternativo, e o sistema ferroviário é uma ótima opção, além de mais econômica. O trem consumiria 25% menos energia para transportar uma tonelada de carga em comparação a um caminhão”, exemplificou.
No projeto original do Tramo Sul, que afetará diretamente o ABCD, ferrovia compartilharia ponte

A ponte construída para o Trecho Sul do Rodoanel sobre a represa Billings, que no projeto inicial incluía o uso para o transporte ferroviário, é o primeiro obstáculo para a construção do Tramo (trecho) Sul do Ferroanel. A grande ponte, feita a toque de caixa pelo governo estadual para entregar o complexo rodoviário, não pode comportar a passagem de trens de carga, de acordo com engenheiros ouvidos pelo ABCD MAIOR. Nesta quarta-feira (15/08), a presidente Dilma Rousseff anunciou programa de concessões de R$ 133 bilhões para ampliar e modernizar rodovias e ferrovias, a partir de PPPs (Parcerias Público-Privadas).

Deste total, R$ 91 bilhões serão aplicados na reforma e construção de 10 mil quilômetros de ferrovias nos próximos 25 anos. O leilão de concessão dos primeiros 2,6 mil quilômetros de ferrovia, que inclui o projeto dos tramos Norte e Sul do Ferroanel São Paulo, deve ser feito em abril de 2013. O Tramo Sul do Ferroanel, que seguirá paralelo ao Rodoanel Sul, será a segunda etapa do projeto a ser construída.

Ainda não há estimativa de custos, mas o valor deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. O Ministério dos Transportes prevê assinar o contrato para as obras do Ferroanel em julho de 2013. De acordo com a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, quando implantado, o anel ferroviário seguirá os moldes do Rodoanel e irá circundar a Grande São Paulo, interligando as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista.

Tramo sul - No projeto do Trecho Sul do Rodoanel foi prevista faixa de domínio maior, de 160 metros, para receber a ferrovia na margem externa do anel. As desapropriações já foram feitas e em algumas pontes já foi preparada a fundação para a construção das novas pontes ferroviárias.

Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da UFABC, Humberto de Paiva Júnior, nos trechos em que os dois traçados se aproximam foi previsto o adiantamento de algumas obras para o Ferroanel, como a terraplenagem. “Mas a estrutura da ponte construída sobre a Billings não comporta trens de carga. Se o Ferroanel passar por ali, será preciso construir nova ponte.”

Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, a construção pode ser adaptada para receber a malha ferroviária, mas os custos da reforma podem ser muito altos. “O custo de uma adaptação poderia ser mais alto do que construir uma nova ponte para a ferrovia. O ideal é que projetos assim já saiam do papel com as duas funções definidas.”

Traçado final ainda está em análise
Apesar da importância econômica e para a mobilidade urbana, o projeto do Ferroanel São Paulo segue emperrado há anos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres, responsável pelas obras, informou que o traçado final ainda está em análise – exceto o Tramo Sul. O planejamento é de que o Ferroanel seja construído na seguinte ordem: Tramo Norte, Sul e Noroeste.

A primeira etapa ligará as estações de Manuel Feio, em Itaquaquecetuba, à região de Perus, ao Norte da Grande São Paulo, conectando à linha da CPTM para Jundiaí. Para o Tramo Sul, a Dersa apenas adiantou que o trecho integrará o Sul da Região Metropolitana às linhas das empresas de transporte de cargas ferroviárias MRS e ALL e que o traçado seguirá paralelo ao Rodoanel Sul. Mas não deu mais detalhes sobre o percurso.

Pelas diretrizes de traçado já desenvolvidas, o Ferroanel irá conectar externamente à Região Metropolitana os eixos ferroviários que chegam à Capital. Além de tirar as composições de carga do centro da cidade de São Paulo, o projeto permitirá acesso ao Porto de Santos e a outros da região, para escoamento de cargas que vêm de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, além do Interior do Estado.

Trens de passageiros ganhariam agilidade
Um dos pontos cruciais do projeto, de acordo com o Ministério dos Transportes, é que o Ferroanel permitiria o alívio do fluxo das composições de passageiros na malha da CPTM. Hoje, os trens de carga e os de transporte de pessoas são prejudicados.

As compras de novos vagões para servir aos passageiros também tornam o espaço para o transporte de mercadorias pela via férrea cada vez menor.

Para o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da Universidade Federal do ABC, Humberto de Paiva Júnior, o modelo de linha ferroviária compartilhada por passageiros e carga nunca foi a melhor opção. “Os trens de passageiros têm horários fixos e atrasam o escoamento de produção”, afirmou.

Para o professor de Engenharia Civil e mestre em Transportes pela FEI, Creso Peixoto, o projeto do Ferroanel é de extrema importância para aliviar a sobrecarga do sistema rodoviário de transporte de carga no Estado de São Paulo. “É necessário um modelo alternativo, e o sistema ferroviário é uma ótima opção, além de mais econômica. O trem consumiria 25% menos energia para transportar uma tonelada de carga em comparação a um caminhão”, exemplificou.

Por Ângela de Paula - ABCD Maior
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