NOTÍCIA ANTERIOR
Governo paulista não negocia e greve continua nas penitenciárias
PRÓXIMA NOTÍCIA
Ovo de Páscoa varia até 40,7% na região
DATA DA PUBLICAÇÃO 22/03/2014 | Economia
Polo Petroquímico tem água para uso industrial
Polo Petroquímico tem água para uso industrial Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Hoje se celebra o Dia Mundial da Água e, mesmo com a seca e os riscos de desabastecimento, grandes indústrias do Polo Petroquímico do Grande ABC não têm motivo para se preocupar com a falta desse insumo valioso não só para as pessoas como para as empresas. Companhias como a Oxiteno e a Braskem, que têm fábricas no polo da região, hoje obtêm 100% do insumo utilizado em seu processo fabril – por exemplo, para o resfriamento de fornos industriais – a partir de efluente (esgoto) tratado.

Isso é possível graças ao Aquapolo Ambiental. Parceria da Odebrecht com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), esse programa iniciou, há pouco mais de um ano, o fornecimento de água de reúso, por dutos que interligam a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) da concessionária no bairro de Heliópolis, em São Paulo, às empresas do polo.

Flávio Chantre, gerente de relações institucionais da Braskem, cita que ter a certeza de que não haveria risco de falta do insumo era, há tempos, questão vital para a companhia. Ele explica: “O processo produtivo petroquímico (de fabricação de resinas para a produção de plástico, tintas e cosméticos, por exemplo) é sempre uma relação de quente-frio, em que é preciso aquecer até 800ºC e, depois, resfriar até -160ºC”, diz. Por isso, a água tem papel fundamental para o setor. Dessa forma, o Aquapolo trouxe tranquilidade em relação a essa questão.

A Braskem tem contrato que garantiu à companhia ter o fornecimento pelos próximos 41 anos. Além disso, há outros ganhos, como o ambiental e o econômico. Em relação a esse último ponto, estima-se que o reúso é 50% mais barato em relação à água tratada.

Chantre ressalta que ainda não foi avaliado qual foi o benefício financeiro para a empresa. “Mas esse não é o foco, o objetivo é não utilizar água pura, que é um bem escasso”, diz. E os ganhos em relação ao meio ambiente são significativos. Antes, as indústrias do polo captavam do Rio Tamanduateí e ainda tinham de misturar com água potável, para poder aproveitar no processo fabril.

Desde que o programa de reúso foi implementado, em dezembro de 2012, a petroquímica já economizou 2,5 bilhões de litros de água potável, o que equivale ao consumo de uma cidade com 350 mil habitantes (quase a população de Diadema, que tem 386 mil moradores). E deixou de utilizar mensalmente 212 milhões de litros de água tratada da Sabesp, o que representa 82 piscinas olímpicas.

A Oxiteno, que produz especialidades químicas para mercados de cuidados pessoais e limpeza doméstica, entre outros, também se beneficiou da água industrial (de efluentes tratados) em processos de produção de energia térmica e no resfriamento de caldeiras. Atualmente, 16% da utilização do insumo de todas suas fábricas no País vêm do reúso, graças à unidade de Mauá.

Nessa planta fabril, foi possível obter economia de, em média, 80 m³ por hora, que correspondem ao consumo de município de 11 mil habitantes. A coordenadora de desenvolvimento sustentável da companhia, Lorena Brancaglião, assinala que, além do que é adquirido do Aquapolo, há ainda o reaproveitamento de que já foi consumido pela fábrica, por exemplo, com a reutilização da água que é aplicada na geração térmica. Com isso, é possível ampliar ainda mais o ganho ambiental.

Desde 2008, a empresa já reduziu em 13% a utilização de água, e a meta até 2020 é a diminuição de 25%. Um dos planos para isso é estender para a região iniciativa já adotada na unidade da companhia em Camaçari (Bahia): o reaproveitamento de água das chuvas.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7718 dias no ar.