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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/07/2017 | Cidade
Polo chega aos 45 anos voltado para o futuro
Polo chega aos 45 anos voltado para o futuro Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Inaugurado há 45 anos, o Polo Petroquímico do ABC buscou preencher um vazio na região, que à época já contava com montadoras de veículos como Scania, Ford, Mercedes e Volkswagen. A história tem início 18 anos antes, mais precisamente em 1954, no Vale do Tamanduateí, mais conhecido por Refinaria de Capuava, quando a Petrobras instalou a primeira unidade de refino de petróleo, em Mauá.

Mas foi apenas em 1972 que a primeira central petroquímica da região iniciou sua produção, marcando a consolidação do setor no Grande ABC. O objetivo da concentração de várias indústrias do mesmo setor foi lembrado por antigo diretor da refinaria em 1973, Leopoldo Américo Miguez de Mello. “Se faz necessário concentrar as atividades da sociedade na área de refino de petróleo, sem dúvida a atividade é capaz de gerar lucros.”

Atualmente, o Polo Petroquímico é constituído por 14 empresas de primeira e segunda gerações que alimentam centenas de indústrias do ramo espalhadas pelo Brasil. Em 2015, o polo faturou cerca de R$ 9 bilhões. O Cofip (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) estima que o conglomerado gera aproximadamente 10 mil postos de trabalho – 2.500 diretos e outros 7.500 indiretos.

De acordo com levantamento realizado pela consultoria MaxiQuim, em 2014, 13,7% da indústria química brasileira correspondem a empresas do setor na região. Apesar dos números expressivos, o gerente executivo do Cofip, Francisco Ruiz, alerta que a política industrial do País deve tomar novos rumos para voltar a crescer. “Primeiramente, precisamos recuperar a capacidade ociosa, além da segurança para se investir, porque o setor trabalha com capital intensivo a longo prazo.”

Em nota, a Prefeitura de Mauá parabenizou o polo, “que permite maior desenvolvimento para a cidade”. Neste momento, o complexo representa cerca de 60% da arrecadação do município.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Ailton Lima, o Polo Petroquímico do ABC é a âncora de Santo André. “Importantíssimo para a cadeia produtiva do município, predominantemente industrial.”

EXTENSÃO - “A vida útil do local está garantida por mais 25 anos, caso não haja mudanças”, opina o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB). Isso porque, dois problemas principais devem ser sanados: alterações na Lei de Zoneamento e Uso do Solo e modernização das instalações. Além disso, há a preocupação para minimizar os impactos no entorno. “O polo tem alta capacidade de ampliar produção e atrair mais indústrias. Para isso, vamos discutir a lei de zoneamento e uso do solo. Trata-se de planejamento com resultado a médio prazo.”

Braskem celebra 15 anos de operações no Grande ABC

A Braskem, com a Unib 3 (Unidade de Insumos Básicos), situada no Parque Capuava, em Santo André, está prestes a completar 15 anos na região. A empresa foi fundada em agosto de 2002, a partir da integração das empresas Copene, OPP, Trikem, Proppet, Nitrocarbono e Polialden. Nas quatro unidades da região (duas em Santo André e duas em Mauá) são gerados cerca de 4.000 empregos – 1.000 diretos e 3.000 indiretos.

Para o andreense Maurício Moreira, 57 anos, funcionário na área de relações trabalhistas e fiscais, na empresa desde 1975 (Petroquímica União), a Braskem é vital para a economia da região e para o Polo Petroquímico. “Sempre quis trabalhar aqui, fico feliz em saber a importância que a empresa exerce na região há muito tempo. Espero que a existência dela (Braskem) se estenda por muito tempo.”

A unidade é responsável por transformar matérias-primas com origem no petróleo, como a nafta, em produtos químicos básicos como o eteno, propeno e resinas hidrocarbônicas – que depois se tornam materiais utilizados por diversos segmentos na construção civil, indústria automotiva, roupas e cosméticos. Cerca de 85% da produção da unidade são destinados a empresas do Sudeste, com clientes no mercado de borracha, lubrificantes, tintas e adesivos.

Na avaliação de Flávio Chantre, gerente de relações institucionais da Braskem, o atual cenário político não atrapalha os investimentos na região. “É claro que impacta um pouco a curto prazo, mas nada que comprometa a nossa operação, que é a longo prazo.” O panorama econômico, já complicado, foi abalado a partir da delação de um dos donos do frigorífico JBS, Joesley Batista. No dia 17 de maio, vazou à imprensa a denúncia de gravação do presidente Michel Temer (PMDB) dando sinal para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), hoje preso em Curitiba, no Paraná. A expectativa é a de que a companhia invista R$ 1,7 bilhão até o fim do ano, sendo que R$ 1,6 bilhão será destinado somente para as unidades brasileiras.

Por Gabriel Russini - Especial para o Diário
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