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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/04/2008 | Cidade
Políticos conciliam campanha e mandato
A seis meses das eleições municipais, quatro vereadores do Grande ABC – três de São Bernardo e um de Mauá –, que se desincompatibilizaram dos cargos de secretários neste mês, terão de correr contra o tempo para coordenar paralelamente os trabalhos legislativos e a campanha de reeleição.

Em São Bernardo, o único a admitir a dificuldade é o ex-administrador da Secretaria de Governo Carlos Maciel (PSB), que retomou sua cadeira há duas semanas. O parlamentar acredita que “para recuperar o tempo perdido” e se destacar entre os colegas que ficaram na Câmara durante toda a legislatura terá de apresentar projetos novos e trabalhar ao lado da sociedade. “O trabalho político é muito importante. É mais fácil se reeleger se estivermos atuando ao lado da comunidade porque na reeleição esbarramos no índice de rejeição, portanto, temos de dar o máximo durante o mandato.”

Já os ex-funcionários do primeiro escalão Admir Ferro (PSDB) e Hiroyuki Minami (PSDB) – que tiraram 30 dias de férias e terão apenas cinco meses para atuar no Legislativo – asseguram que não terão problema para encarar o ritmo da campanha mesmo “tendo que correr” para dar andamento aos trabalhos na Casa.

Minami, líder da Pasta de Planejamento e Tecnologia da Informação desde 2005, afirma estar “preparado e com a agenda cheia” para atuar até as eleições, em outubro. “Estou estudando alguns projetos, além das sessões solenes referentes a comemoração do centenário da imigração janopesa. Também retomarei as propostas que ficaram paradas há três anos”, garante o legislador.

Ferro segue o mesmo discurso. “Quando retornar (das férias) pretendo apresentar projetos que já estão prontos nas áreas da Educação e social”, promete. O vereador, que licenciou-se do cargo no início do mandato para gerenciar a Secretaria de Educação e Cultura, já atuou como secretário durante 11 anos, oito só na Educação.

Em Mauá, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos Silvar Silva Silveira (PV) voltou à Câmara no início do mês com a promessa de dar continuidade ao trabalho de assessoramento jurídico e legalização fundiária. “Meu trabalho político é segmentado na cidadania, não importa se estou no Judiciário, Legislativo ou no Executivo. Creio que seis meses serão suficientes para continuar exercendo minha função”, conclui.

"Queda de produção legislativa é comum", diz especialista

Ao contrário das afirmações dos vereadores de que são capazes de conciliar o trabalho na Câmara com a pressão pré-eleitoral, especialistas asseguram que os ex-secretários retornam às cadeiras apenas para cumprir a “regra do jogo”. Conforme determina a lei eleitoral, pessoas que ocupam cargos públicos são obrigadas a deixar a função até seis meses antes do pleito.

Segundo o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, especificamente nesses casos, os parlamentares voltam somente para fazer campanha. “Eles voltam aos trabalhos de maneira morna. Não exerceram e não vão exercer atividade parlamentar, pois quando foram eleitos saíram para a função no governo”, avalia.

Na opinião de Teixeira, os trabalhos legislativos ficam prejudicados já que os pleiteantes retornam pensando na reeleição. “Independentemente do lugar que estão, tanto no Executivo quanto no Legislativo, começam a pensar somente no processo eleitoral. Isso é natural no meio político.”

O especialista em direito eleitoral Leandro Petrin argumenta que a queda de produção legislativa no período eleitoral é comum. “A produção cai e isso é natural porque todos vão para a rua para fazer campanha. Há uma baixa, mas, em contrapartida, há um envolvimento com a sociedade porque eles são chamados a prestar contas. Afinal, precisam medir como foi o seu mandato.”

Petrin considera a situação dos ex-secretários mais confortável, ainda que tenham menos tempo para atuar no Legislativo. “Eles trazem consigo uma experiência do Executivo, mesmo em período curto têm uma bagagem maior. Se analisarmos de maneira correta, o fato de conhecerem os problemas das secretarias poderão criar leis para melhorar uma situação”, aponta. (Colaborou Beto Silva)

Por Rita Donato - Diário do Grande ABC
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