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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/11/2014 | Geral
Políticas públicas melhoram a vida nas grandes cidades
Políticas públicas melhoram a vida nas grandes cidades Para especialistas, o investimento na difusão do acesso à educação, principalmente no ensino superior, foi fundamental para os bons resultados do IDHM no País. Foto: Rodrigo Pinto
Para especialistas, o investimento na difusão do acesso à educação, principalmente no ensino superior, foi fundamental para os bons resultados do IDHM no País. Foto: Rodrigo Pinto
Dados divulgados nesta semana mostram redução das desigualdades entre 16 regiões brasileiras

A redução das desigualdades entre 16 regiões metropolitanas no Brasil, atestada pelos números do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) divulgados nesta semana, é consequência do investimento em políticas públicas recorrente nos últimos anos. A avaliação é de especialistas procurados pelo ABCD MAIOR para avaliar os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, levantamento realizado em parceria entre Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e a Fundação João Pinheiro.

Com base em dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000 e 2010, o estudo utilizou três indicadores: expectativa de vida, renda per capita e acesso a escolaridade. A diminuição das disparidades pode ser exemplificada com a comparação entre São Paulo, que manteve o maior IDHM do Brasil, com Manaus, com o menor. Apesar da manutenção das posições, a diferença entre as duas regiões caiu de 22,1% para 10,3% na última década.

Para a economista da Fundação Perseu Abramo, Ana Luíza Matos de Oliveira, a educação teve influência decisiva no resultado da comparação, muito por conta da ampliação do acesso ao ensino superior, como ProUni (Programa Universidade Para Todos) e da universalização do ensino fundamental. “A saúde é um fator que tem mais peso, porém, o que fez com que o IDHM melhorasse na comparação entre os anos foi justamente a melhoria da educação no geral. Essa é a questão que mais se sobressai em todas as regiões analisadas”.

Políticas públicas - A economista ressaltou que a melhora dos indicativos socioeconômicos tem sido uma constante desde o início do processo de redemocratização do País. No entanto, é possível notar uma aceleração do processo como efeito de políticas públicas em diversos segmentos, como Bolsa Família, programa de transferência de renda para famílias em situação de pobreza que também estimula a frequência escolar das crianças pobres.

“A desigualdade, por exemplo, antes não caia, passou a cair em 2003, que é um fator muito importante para se explicar a melhoria de renda dos mais pobres e diminuição das desigualdades entre as regiões metropolitanas. Vemos de 2003 a 2008 o País crescendo mais em regiões mais pobres e agora com a execução de políticas públicas temos uma virada mais considerável em questão de investimentos sociais”, salientou.

O vice-coordenador de políticas públicas da UFABC (Universidade Federal do ABC), Marcos Vinícius Pó, destacou que o resultado do IDHM é resultado de uma combinação de fatores, com enfoque para políticas específicas. Apesar dos resultados positivos, o especialista enfatiza que o levantamento deve servir como referência para detalhamento do quadro nacional e aperfeiçoamento das ações.

“Com toda a certeza esse resultado mostra evolução em termos de política pública que atingiram níveis importantes. Agora o principal desafio é a questão do diagnóstico. É preciso aprofundar essas análises, que complementam os indicadores para formulação dessas políticas”, argumentou o professor.

Índice mostra avanços nos sete municípios do ABCD
Os números do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), divulgado nesta semana, apontaram avanços na qualidade de vida das cidades da Região. Rio Grande da Serra avançou 531 posições no ranking nacional na última década, passando da 1.093º posição em 2000, quando o IDHM era de 0,625, para 562º lugar em 2010, com índice de 0,749.

A pontuação varia entre 0 a 1 e a avaliação foi feita com base nos indicadores longevidade, educação e renda. São Caetano manteve a liderança entre os municípios brasileiros, com o IDHM de 0,862. Segunda melhor colocada na Região, Santo André, ficou com 14º e índice de 0,815. São Bernardo vem em terceiro no 28º lugar com IDHM de 0,805. Em seguida está Ribeirão, na 100º colocação com índice de 0,784; Mauá, em 274º lugar com 0,766 e Diadema, com 0,757 e 420º lugar.

A expectativa de vida cresceu no ABCD. A maior é a de São Caetano, com 78,2 anos, seguida de São Bernardo e Santo André, com 76,6 anos cada, Mauá, com 76,1; Ribeirão Pires, om 75,8 anos; Diadema, com 75,6 anos e Rio Grande da Serra, 74,3 anos. A renda per capital também aumentou nos sete municípios, que tem o maior índice em São Caetano, com R$ 2.043.

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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