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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2018 | Turismo
Poços de Caldas, 145 anos: conheça as histórias por trás da maior cidade do Sul de Minas
Poços de Caldas, 145 anos: conheça as histórias por trás da maior cidade do Sul de Minas (Foto: Ascom/Prefeitura de Poços de Caldas)
(Foto: Ascom/Prefeitura de Poços de Caldas)
Cidade surgiu pela descoberta de fontes de águas e se tornou uma referência do turismo na região.

Localizada na divisa com o estado de São Paulo, com mais de 166 mil habitantes, Poços de Caldas (MG) comemora nesta segunda-feira (6) seus 145 anos. Turística desde a fundação pela descoberta das águas termais e sulfurosas, a cidade teve a era dos cassinos e visitas ilustres do Brasil Imperial. Com quase um século e meio, a cidade cresceu e se tornou símbolo de descanso e contato com a cultura mineira para os estados vizinhos.

A fundação em torno das águas

No papel, foi em 6 de novembro de 1872 que Poços de Caldas foi reconhecida como novas terras em Minas Gerais. Mas a história em torno da descoberta das fontes de águas tem seus primeiros registros em 1818.

Ao longo dos anos, os moradores começaram a conhecer novas águas, as de características térmicas e sulfurosas. A história coloca as chamadas “águas milagrosas” como a principal força no crescimento da cidade.

Do início daquele século até os próximos anos, a cidade construiu seus balneários. A evolução da medicina e a descoberta de antibióticos até fez a procura por curas milagrosas cair, mas Poços de Caldas ainda tem nas suas águas uma das atrações mais procuradas por turistas que visitam a cidade.

Vulcão adormecido?

Quem tem a oportunidade de ver a cidade de cima, tem a impressão que as construções estão dentro da boca de um vulcão. Mas os geólogos explicam que a cratera que está ali é definida como caldeira vulcânica, o que não se parece com aqueles vulcões conhecidos, cheios de lava. A semelhança é só a formação rochosa.

A cidade cresceu dentro de montanhas no planalto de formação vulcânica. Historiadores contam que o local surgiu há pelo menos 80 milhões de anos.

No início de 2017, tremores de terra atingiram a cidade e moradores associaram o fato à lenda do vulcão. Mas pesquisadores explicaram que não há nenhum registro de atividade vulcânica possível na cidade.

Brasil Imperial

Uma das visitas mais importantes que Poços de Caldas recebeu foi da família real portuguesa, com Dom Pedro II e a imperatriz Tereza Cristina. Juntos, trouxeram o início da estrada de ferro Mogiana, que trouxe mais desenvolvimento ao, até então, distrito de Caldas.

Bastou três anos da visita para subir à categoria de município e receber o nome inspirado na cidade de Caldas da Rainha, em Portugal, considerada referência das águas termais. “Poços” vem da utilização das fontes por animais. Virou Poços de Caldas.

A era dos cassinos

Os jogos levaram anos de ouro a Poços de Caldas, com seus cassinos procurados pelos jogadores apaixonados de vários cantos do país. Na década de 40, em tempos que a atividade era considerada legal pela lei brasileira, eram os salões do Palace Casino e Palace Hotel considerados os pontos mais visitados da cidade.

A arquitetura dos dois prédios ainda remete ao luxo levado pelo dinheiro que os turistas traziam na época. No museu da cidade, é possível ver as caixas registradoras, fichas e mesas de jogo que marcaram a história de Poços.

Outras visitas ilustres

Seja pelos cassinos ou pelas águas sulfurosas, Poços de Caldas era destino certo de personalidades. O presidente Getúlio Vargas tinha até um quarto especial no Palace Hotel, ainda preservado com móveis da época.

Na política, virou destino certo do também presidente Juscelino Kubitschek e de Benedito Valadares. A cidade no Sul de Minas também recebeu o charme de Carmem Miranda, o pai da aviação Santos Dumont, Rui Barbosa, Olavo Bilac e outros nomes que viam na cidade um ponto de referência para diversão e descanso.

As famílias dos cristais

Com o fim dos cassinos, a economia da cidade teve de se reinventar e encontrou na tradição de famílias algumas opções para transformar a circulação de renda e o turismo. Entre o café, os doces e o artesanato, os cristais encontraram um espaço e hoje chamam atenção por preservarem o processo artesanal de produção.

Os fabricantes aprenderam o processo com os descendentes italianos, que viviam na Ilha de Murano. Em algumas das fábricas, é possível visitar e conhecer a produção de um cristal.

A transformação do turismo

Hoje, Poços de Caldas se diversificou no turismo. Ainda com as Thermas Antônio Carlos como um dos principais pontos, principalmente por anos de tradição com os tratamentos pelas águas, a cidade se reinventou e adicionou o contato com a natureza no roteiro.

A cidade é procurada para saltos de paraglyder, trilhas especiais, tem cachoeiras e parques. O ponto forte da cidade também são os eventos culturais, com teatro, festivais e exposições.

A proximidade com o estado de São Paulo fez a cidade virar refúgio dos paulistas que querem sentir um pouco de Minas Gerais. Visitas ao mercado municipal, bares e restaurantes cumprem bem o papel de representar o estado, na cidade lembrada pela história rica e a marca da simpatia e beleza das terras mineiras.

Por G1 - Sul de Minas
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