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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/05/2010 | Tecnologia
Plano de banda larga só beneficiárá 0,55% das LAN houses
Das 108 mil LAN houses existentes no país, apenas 600 terão condições de ser beneficiadas pela linha de crédito que será oferecida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), conforme previsto no PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Isso corresponde a pouco mais do que 0,55% do total de empreendimentos do tipo.

A avaliação é de Mário Brandão, presidente da Abcid (Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital). A associação, que reúne 11,7 mil empreendimentos, como LAN houses, lojas de conveniência digital, cybercafés e centros públicos de acesso à internet, foi uma das entidades consultadas pelo governo durante a elaboração do PNBL.

Brandão explicou que, no Brasil, das 108 mil LAN houses, "apenas 15 mil têm CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica], e 3.800 têm alvará de funcionamento".

- Se considerarmos as que têm patrimônio empresarial ou pessoal para ter acesso a empréstimos, esse número cai para 800. E se o crivo de corte do cartão do BNDES não mudar, apenas 600 dos 108 mil empreendimentos poderão ser beneficiados.

Segundo ele, da forma como está, o PNBL não atingirá o foco do programa, que são as classes C, D, e E. Ele explica que será muito crédito para poucas pessoas: "apenas asLANs localizadas nas áreas mais ricas, principalmente de aeroportos e dos pontos turísticos, pegarão esse crédito, não atingindo as pessoas de mais baixa renda que, conforme foi anunciado, seriam as focadas pelo plano.”

O coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, disse, durante o lançamento do PNBL, que a estimativa é de que o BNDES disponibilize uma linha de crédito de R$ 6,5 bilhões para financiamento e compra de equipamentos de telecomunicações de tecnologia nacional, e uma de R$ 1 bilhão para financiamento de micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e LAN houses, por meio do cartão BNDES.

- Nossa proposta ao governo é que ele use o microcrédito ou uma estrutura de crédito solidário. Assim, beneficiará um número maior de telecentros. Com isso, surgirão novos empreendimentos e novos operadores no mercado.

Brandão estima que o custo para montar uma LAN house varie de R$ 10 mil a R$ 30 mil. O custo operacional, afirma, é de cerca de R$ 1.500, e a receita média, de R$ 3.000.

O presidente da Abcid acrescentou que “em termos gerais, o plano é positivo porque mostra que o governo está sinalizando entender a internet como direito fundamental, e que está liberando recursos para isso".

Mas Brandão diz que é importante que o PNBL transponha o que ouviu de algumas entidades consultadas para materializar, na ponta, as boas ideias em elementos práticos e palpáveis ou ficará lembrado como algo que foi anunciado, mas que não teve funcionamento prático.

Por R7, com Agência Brasil
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