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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/09/2017 | Setecidades
Piscinões sujos levam população a fazer obras contra enchentes
Piscinões sujos levam população a fazer obras contra enchentes Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
A menos de três meses para o início do verão, período conhecido pelas fortes chuvas registradas na região, moradores do Grande ABC voltam a temer o já conhecido pesadelo das enchentes. Com piscinões repletos de vegetação e assoreados, tendo em vista a limpeza ainda inacabada dos 19 equipamentos sob responsabilidade do Estado, famílias improvisam pequenas reformas para amenizar possíveis estragos causados pelas tradicionais cheias.

Palco de enchentes todo início de ano, a Avenida Dr. Rudge Ramos, em São Bernardo, é um dos locais onde moradores já trabalham com o objetivo de evitar problemas. “De janeiro até hoje não vi nenhuma melhoria sequer nos piscinões. Com certeza teremos novos prejuízos neste ano”, destaca o comerciante Cláudio Ducca, 49 anos.

Assim como Ducca, proprietários de estabelecimentos localizados na avenida iniciaram, no fim de maio, pequenas reformas para prevenção. Uma delas é coordenada pelo ajudante geral Antônio Agostinho de Souza, 59. “O dono do bar aqui pediu para que a gente aumente o nível da entrada e reforce a comporta da frente com medo de novos prejuízos. Temos de terminar tudo até dezembro, antes da chuva”, relata.

A situação de medo se estende aos moradores da Vila Palmares, em Santo André, área próxima à divisa com São Caetano. “Moro aqui há três anos e sempre teve enchente. Decidimos comprar uma comporta para quando tiver chuva colocar no portão. Não vai resolver nosso problema, mas ameniza, já que os políticos não fazem nada”, afirma.

Conforme já destacado no início do ano pelo Diário, piscinões espalhados pelo Grande ABC seguem com situação crítica. Os casos mais graves se concentram nos 19 reservatórios em que o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) é responsável pela limpeza e manutenção.

Nos equipamentos da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, e do Paço Municipal de Mauá, o acúmulo de lixo e a vegetação alta colocam em xeque a eficiência dos espaços no combate às enchentes. “Às vésperas do verão esses reservatórios já deveriam estar limpos, até porque não tem chovido na Região Metropolitana de São Paulo, portanto, não tem desculpa para não fazer a limpeza. Agora é correr atrás do tempo perdido”, avalia Júlio Cerqueira César Neto, especialista em recursos hídricos e saneamento.

Para o especialista, além da limpeza urgente dos piscinões, municípios e Estado precisam pensar em novas ações para prevenir enchentes. “Não adianta mais construir piscinões. Precisamos pensar em um plano de macro e microdrenagem, além da abertura de novos canais para escoamento da água.”

Em nota, o Daee informou já ter concluído o desassoreamento dos piscinões Paço Municipal e Corumbé Zaíra, em Mauá; Mercedes e Casa Grande, em Diadema; Vila Rosa, Chrysler, Mercedes Pauliceia, Canarinho, Capitão Casa e Ford, em São Bernardo; e Faculdade de Medicina, em Santo André. “As máquinas estão trabalhando atualmente na remoção de sedimentos depositados no fundo dos piscinões Petrobras e Jardim Sônia Maria”. O órgão programa o desassoreamento do piscinão Demarchi ainda neste mês e, para outubro, dos piscinões Praça dos Bombeiros, bairro Taboão e Ford Fábrica. Já a limpeza do reservatório Ecovias Imigrantes está paralisada em decorrência de obras para reconstrução de talude.

Referente à roçagem da vegetação dos reservatórios, o Daee declara ter concluído a primeira manutenção em todos os 19 piscinões do Grande ABC. A segunda etapa, no entanto, foi feita em apenas dez locais.

FISCALIZAÇÃO

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC declarou que equipes técnicas de cada um dos municípios, com coordenação do Grupo de Trabalho Drenagem Urbana, tem acompanhado a limpeza de piscinões na região.

A entidade regional destacou ainda que obteve, neste ano, pela primeira vez, a aprovação de recursos do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para a elaboração de projetos básicos e executivos para o combate a enchentes nas sete cidades.

O contrato para limpeza e manutenção de 25 piscinões da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo os 19 da região, foi renovado pelo governo estadual pela quinta vez consecutiva, em dezembro de 2016. O convênio, válido por 12 meses, custa R$ 41 milhões, valor R$ 7,9 milhões mais caro do que o acordo anterior.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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