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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2016 | Setecidades
Piscinões não estão preparados
 Piscinões não estão preparados Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Apontados como uma das principais soluções para evitar enchentes, os piscinões do Grande ABC não estão 100% preparados para combater as chuvas intensas que a região têm registrado neste início de ano. A avaliação é do superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Ricardo Borsari.

Em entrevista exclusiva ao Diário, o superintendente do órgão estadual, que desde 2011 é responsável pela limpeza e manutenção de 25 reservatórios da Região Metropolitana, sendo 19 deles no Grande ABC, relatou que os piscinões não foram concebidos para enfrentar o volume de água atual.

De acordo com Borsari, a forte chuva registrada no dia 24 de fevereiro é exemplo que evidencia a situação. Na ocasião, imóveis do Jardim Utinga, em Santo André, foram invadidos pela água que transbordou do Córrego Oratório “Naquele dia caíram 105 milímetros de água. Isso corresponde à chuva com tempo de retorno de 50 anos (período médio em que precipitações desse porte são registradas). O piscinão é projetado para chuvas de 25 anos. A partir daí, não dá conta. Ele não foi dimensionado para isso”, relata.

Apesar da afirmação, o superintendente do Daee é enfático ao dizer que os piscinões da região têm cumprido o seu papel de auxiliar os municípios no combate a enchentes, embora o Grande ABC tenha registrado nos dois primeiros meses diversos pontos de alagamentos em decorrência das chuvas. “Se não tivesse esses reservatórios, a situação seria pior.”

Embora o Diário já tenha noticiado neste ano o estado de abandono de alguns reservatórios da região, Borsari afirma que o Daee tem colocado em prática ações de limpeza dos piscinões. Em dezembro, renovou por mais 12 meses contrato no valor de R$ 33,1 milhões para manutenção de 25 piscinões. “Até o momento já retiramos 17,4 m³ de sedimentos e lixo. Hoje (ontem) mesmo temos equipes trabalhando simultaneamente em três piscinões”, relata.

De acordo com Borsari, a expectativa é que até o fim do ano todos os reservatórios estejam preparados para enfrentar o período chuvoso do próximo ano. Entretanto, item contratual pode colocar em risco essa promessa. Isso porque o convênio assinado em dezembro estipula a retirada de 179 mil m³ de sedimento e lixo. Sendo assim, se em outubro a meta for atingida, a retirada de sedimentos é paralisada.

Ao todo, o contrato firmado com a empresa DP Barros Pavimentação e Construção Ltda prevê a limpeza de dez piscinões em São Bernardo, quatro em Mauá, três em Diadema, um em Santo André e um em São Caetano, além de outros seis na Grande São Paulo.

Em reunião com prefeitos da região no mês passado, o Daee definiu piscinões prioritários para manutenção. Entre eles estão os reservatórios Casa Grande Piraporinha (Diadema), Paço Municipal e Petrobrás (Mauá), Faculdade de Medicina (Santo André) e São Caetano.

Além disso, o Daee projeta para os próximos anos a construção de mais dois piscinões no Grande ABC e um na Capital, em trecho que faz divisa com São Bernardo e São Caetano. Entretanto, os projetos aguardam melhora da situação financeira do País para serem retomados.

Daee e IPT fazem estudo para avaliar estrutura física do Rio Tamanduateí

Deve ser entregue ainda no primeiro semestre deste ano estudo feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em parceria com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), para avaliar as condições de toda a estrutura do Rio Tamanduateí.

De acordo com o Daee, o objetivo do estudo é avaliar se é necessário fazer alguma intervenção no rio que corta a Capital e municípios do Grande ABC. “Vamos ver o que o levantamento indica e tentar colocar no orçamento do próximo ano essas intervenções”, relata o superintendente do órgão, Ricardo Borsari.

Em 2012, o órgão já havia realizado obra de recuperação da margem do Rio Tamanduateí em trechos da Avenida dos Estados, localizados nos municípios de Santo André e São Caetano.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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