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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/04/2013 | Cidade
Piora qualidade do Ensino Fundamental
A qualidade do Ensino Fundamental no Grande ABC, que é de responsabilidade do Estado, piorou entre 2011 e 2012. É o que revela o resultado do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), divulgado pela Secretaria de Estado da Educação. Quatro dos sete municípios apresentaram desempenho inferior ao registrado no ano anterior quando analisados os estudantes do 9º ano.

O indicador existe desde 2007 e atribui nota de zero a 10 às escolas com base no desempenho do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar) - que mede conhecimentos em Português e Matemática - e aspectos como frequência e evasão. Na região, foram avaliados alunos de 327 escolas, algumas em mais de um ciclo (confira as médias da cidades nas tabelas abaixo).

Das 240 unidades escolares que oferecem os anos finais do Ensino Fundamental, apenas 29% atingiram a meta proposta pelo Idesp para 2012. Houve piora nos índices de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá.

Além disso, quatro municípios - Santo André, Diadema, Mauá e Rio Grande - não alcançaram a média estadual (2,57). O desempenho regional segue tendência do Estado, onde o índice do 9º ano caiu para 2,50 em 2012.

Em contrapartida, houve melhora no desempenho do 5º ano do Ensino Fundamental entre três das cinco cidades avaliadas. Entre as 126 escolas de 5º ano, 47% tiveram desempenho igual ou superior à meta traçada. Neste caso, São Bernardo e São Caetano - onde 100% das escolas do 1º ao 5º ano do Fundamental foram municipalizadas - não aparecem no índice, tendo em vista que a participação no Saresp é opcional.

Já os números do Ensino Médio são os melhores e também acompanham tendência estadual. Neste caso, todas as cidades superaram suas metas. Das 180 unidades que tiveram o 3º ano avaliado, 56% tiveram desempenho satisfatório e apenas três cidades ficaram com índices abaixo da média estadual - Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra (confira ranking das escolas ao lado).

Apesar de ter sido criado para servir como termômetro da Educação e nortear políticas que possam melhorar a qualidade do ensino, o Idesp tem mostrado que o desempenho dos alunos nos anos finais do Fundamental e Ensino Médio está abaixo do esperado. Essa é uma das percepções do professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) Ocimar Alavarse. "Ao longo da escolarização estamos aprovando menos e tendo ganhos menores do que o esperado", destaca.

Entre as hipóteses cogitadas pelo especialista para o desempenho abaixo da meta no ensino estadual está a organização escolar. "Quando o aluno vai para os anos finais do Fundamental ele passa a ter oito professores em vez de um. Isso dificulta o acompanhamento do aluno porque são muitas turmas e docentes", diz.

Outra possível explicação para os resultados é o desacordo entre o material didático do professor e a maneira como a avaliação estadual cobra os conteúdos, segundo Alavarse.

Estado projeta estudo para apurar falhas no sistema

Em resposta ao desempenho das escolas da rede estadual em 2012 no Idesp, o Estado fará estudo para avaliar os motivos dos índices obtidos na avaliação e no Saresp. O objetivo é encontrar maneiras de intensificar as ações pedagógicas a fim de melhorar o desempenho dos estudantes.

A expectativa da Secretaria da Educação é de que os indicadores melhorem com a ampliação da Avaliação da Aprendizagem em Processo. Ampliada neste ano para todos os anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental e para as três séries do Ensino Médio, o procedimento pedagógico tem como objetivo diagnosticar os alunos em Língua Portuguesa e Matemática para identificar eventuais dificuldades de aprendizado e agir pontualmente para resolvê-las.

Os resultados da avaliação em processo também são ferramentas para nortear a recuperação do aprendizado por meio da atuação dos professores-auxiliares, que podem dar suporte aos docentes titulares na assistência a alunos dos ensinos Fundamental e Médio, em uma modalidade contínua de recuperação.

PROBLEMAS

Para representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado), é preciso discutir desde o currículo acadêmico, plano de carreira para professores e melhor infraestrutura das unidades.

"Os professores são heróis diante dos recursos oferecidos pelo Estado em sala de aula", observa a coordenadora da Apeoesp em São Caetano, Vera Severiano. Segundo ela, os docentes carecem de melhor formação para estarem atualizados e motivados.

Outra percepção é a necessidade de a comunidade participar do processo de escolarização dos alunos. "O Estado está preocupado com resultados estatísticos e não sociais", considera Vera.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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