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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/06/2012 | Educação
Pioneirismo do Horto de Plantas Medicinais completa 10 anos
Espaço de estudo e pesquisa na Faculdade de Medicina do ABC conta com mais de 450 plantas medicinais em 2.100 m2 de área

Destinada ao ensino e pesquisa de alunos de graduação e pós-graduação, o Horto de Plantas Medicinais da Faculdade de Medicina do ABC completa 10 anos neste 2012 e reúne mais de 450 plantas. São pelo menos 15 espécies vegetais acondicionadas nos 600 m2 cobertos da Casa de Vegetação (estufa) e outras 15 em solo e canteiros que ocupam cerca de 1.500 m2 de área descoberta.

O local está sob responsabilidade do curso de Ciências Farmacêuticas da FMABC, que utiliza as instalações para aulas práticas das disciplinas de Farmacobotânica (estudo das plantas medicinais) e Farmacognosia (estudo dos princípios ativos dos vegetais). Além disso, há hoje 4 estudos em andamento, que avaliam a capacidade antioxidante, antibacteriana, citotóxica e cicatrizante das plantas medicinais. “A capacidade oxidante determina o quanto é possível prolongar a vida da célula, ou seja, visa a evitar a morte celular precoce. Quanto maior esse poder oxidante, maiores são os benefícios para o funcionamento do organismo”, explica o professor dos cursos de Ciências Farmacêuticas e Gestão em Saúde Ambiental, Dr. José Armando-Jr., que acrescenta: “Na avaliação citotóxica verificamos se existem componentes tóxicos ao ser humano. Esse trabalho é fundamental, pois muitas vezes identificamos princípios ativos comprovadamente benéficos à saúde, porém a toxicidade impede que sejam ingeridas”, exemplifica o docente, que coordena o Horto de Plantas Medicinais ao lado da professora Andréa de Andrade Ruggiero.

No caso de pesquisas sobre atividades antibacteriana e cicatrizante, a ideia é verificar o potencial de cada espécie nessas áreas e quais as melhores indicações. Entre as espécies cultivadas na Medicina ABC estão o alecrim, a alfazema, a arruda, a camomila e o capim limão.

Uma década de trabalho: Inaugurado em 2002, o Horto de Plantas Medicinais foi palco de dezenas de estudos científicos – muitos dos quais apresentados em congressos e publicados em periódicos nacionais e internacionais de renome. Além disso, graças ao espaço muitos estudantes se interessaram pela área e seguiram profissionalmente, atuando hoje em grandes indústrias farmacêuticas do segmento.

Apesar dos avanços, para Dr. José Armando-Jr. os fitoterápicos ainda são considerados pelo público leigo como forma de terapia alternativa. “A verdade é que esses medicamentos são utilizados tanto pela alopatia como pela homeopatia, pois possuem moléculas com atividade biologicamente ativa (princípio ativo) que abrangem diversos segmentos farmacêuticos, como antidepressivos, antimaláricos, vasodilatadores e até mesmo quimioterápicos”, detalha o professor da FMABC.

Cerca de 90% dos medicamentos têm origem vegetal e o Brasil detém 25% das espécies do planeta, com grande potencial de utilização farmacêutica. Por esse motivo os grandes laboratórios mundiais investem pesado nesse segmento, vislumbrando duas grandes vantagens do medicamento fitoterápico: controle de qualidade mais eficaz, devido ao rigor na fiscalização pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e preço mais acessível pelo custo de processamento relativamente mais baixo. “O mercado de fitoterápicos nunca esteve tão aquecido. O controle de qualidade intenso assegura qualidade e faz com que cada vez mais médicos prescrevam esse tipo de medicamento. Além disso, a cosmetologia é outra área associada às plantas medicinais que está em plena expansão. Esse crescimento está diretamente ligado às descobertas e utilização de extratos vegetais”, afirma Dr. José Armando-Jr.

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
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