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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/08/2012 | Saúde e Ciência
Pilates com foco exagerado no abdome pode ser problema
Uma das razões do crescimento do pilates foi atender um público interessado na atividade física, mas pouco afeito ao padrão saradão associado à musculação.

Mas a procura também cresceu em outra ponta: pessoas preocupadas em ter um corpo bonito, músculos alongados e barriga chapada.

O método tem o que oferecer nessa área. Diferentemente da musculação, que faz o praticante treinar com a coluna fixa e exercitar músculos isolados, o pilates trabalha vários grupos musculares e diferentes formas de articulação da coluna.

Um dos conceitos básicos da técnica é fortalecer o centro do corpo e a musculatura abdominal profunda. A ênfase no abdome é considerada um trunfo do pilates, mas também é alvo de questionamentos.

"Na cavidade abdominal estão todos os órgãos. Se há um reforço muscular muito intenso nessa região, aumenta a pressão sobre os tecidos que envolvem os órgãos, diminuindo a irrigação sanguínea e a transmissão de estímulos neurais", diz o fisioterapeuta Leonardo Machado.

Com o passar do tempo, essa pressão intra-abdominal excessiva pode causar disfunções endócrinas, gastroenterológicas e cardiovasculares, afirma o fisioterapeuta.

Graça dos médicos

Para quem não tem desequilíbrios ortopédicos ou orgânicos e quer resultados estéticos, o pilates é uma ferramenta com vantagens e desvantagens em relação às demais opções. Pode ser boa conforme os objetivos, mas não dá tudo e o céu também.

"Não há técnica soberana. Mas como o pilates caiu nas graças de médicos e é associado a bailarinos, com seus corpos incríveis, muitos acham que faz milagre", diz a fisioterapeuta Janaína Cintas.

Quem precisa ou quer hipertrofiar os músculos, por exemplo, vai se beneficiar menos do pilates do que da musculação, diz o educador físico Alexandre Ohl.

Em casos de osteoporose, também há limitações na prática. "Quase 80% dos exercícios tradicionais envolvem curvar a coluna para frente. O movimento pode causar fraturas nos ossos mais porosos", diz a professora de pilates Alice Becker.

A publicitária Débora Bacaltchuk, 33, que pratica há dois anos, é entusiasta do método. Mas ela se diz consciente de que não pode esperar tudo de uma só atividade.

Débora treina duas horas todos os dias da semana: dois dedicados ao pilates e três, à musculação e à corrida. "Para ficar com o corpo bonito sem ser bombada, só investindo alto em tempo e dinheiro. Para mim, vale a pena."

Por Iara Biderman, de São Paulo - Folha Online
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