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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/04/2014 | Cidade
Petroleiros de Mauá fazem ato de repúdio aos 50 anos do golpe
Petroleiros de Mauá fazem ato de repúdio aos 50 anos do golpe Refinaria de Capuava chegou a ser ocupada pelos militares e depois foi encampada à Petrobrás. Foto: Arquivo
Refinaria de Capuava chegou a ser ocupada pelos militares e depois foi encampada à Petrobrás. Foto: Arquivo
Categoria realizará diversas mobilizações em Mauá durante os meses de abril e maio

Os trabalhadores e líderes sindicais de Mauá originários do setor petroleiro e químico se reuniram na noite desta sexta-feira (04/04) para organizar uma ampla manifestação de repúdio aos 50 anos do golpe militar.

O ato serviu para homenagear 168 trabalhadores da Refinaria Capuava e da Petrobrás, que sofrerem perseguições, prisões e demissões durante a ditadura. “O movimento sindical foi quem pagou o preço mais caro da repressão. Durante o regime mais de 600 sindicatos estiveram sob intervenção. Essa geração de trabalhadores sofreu o pior arrocho salarial, e ainda passou por impedimentos para o livre desenvolvimento por causa do desemprego. Isso deveria ser tipificado como crime de lesa-humanidade”, exclamou o Secretario Nacional de Políticas Sociais da CUT (Central Única dos Trabalhadores),Expedito Solaney.

Em função dos 50 anos do golpe, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo e entidades sociais, Prefeitura de Mauá e a Faculdade Fama farão diversas mobilizações durante abril e maio. O principal ato intitulado “Organização e resistência de trabalhadores contra militares” está previsto para acontecer no 16/05, às 18 horas, no Independente Futebol Clube, localizado na Rua Japão 170.

De acordo com pesquisas divulgadas pelos organizadores dessa manifestação, 168 trabalhadores, sendo 51 originários da Petrobrás e 117 da refinaria, foram inseridos numa lista da ditadura, depois foram demitidos por participação na greve de 1963. O caso de repressão contra os petroleiros de Mauá é emblemático, já que a ditadura ocupou a Refinaria Capuava em 04 de abril de 1964. E depois dissolveu o Sindipetro de Mauá, que havia se constituído em 1960 para encampar a bandeira da nacionalização da produção.

O ex-dirigente dos petroleiros da Bahia, Alberto Souza, 72 anos, será um dos personagens que contarão essa história para a nova geração. Souza chegou a ser detido pela ditadura, em 1964, quando mobilizava a categoria na recém-criada Refinaria Landulpho Alves-Mataripe. Para fugir do regime refugiou-se na Capital, e depois em São Bernardo, onde foi detido novamente pelos militares. “A perseguição é uma forma de a burguesia tirar a condição do trabalhador de ser sujeito de sua própria luta e deixar de ser submisso às regras das classes dominantes”, diz. Souza só retomou a atividade sindical em 1985, e ainda elegeu-se vereador de São Bernardo pelo PT, entre 1982 e 1996.

Por Rodrigo Bruder - ABCD Maior
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