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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/08/2013 | Cultura
Petição pede o retorno da escultura de Sacilotto
Petição pede o retorno da escultura de Sacilotto Concreção 0005, do artista andreense Luiz Sacilotto Foto: Andris Bovo
Concreção 0005, do artista andreense Luiz Sacilotto Foto: Andris Bovo
Abaixo-assinado organizado por movimentos culturais, artistas e civis quer a devolução da obra de arte

Em resposta à remoção da escultura intitulada Concreção 0005, do artista andreense Luiz Sacilotto, realizada no último domingo de julho (28/07), diversos grupos ligados à cultura no município de Santo André organizaram um abaixo-assinado para trazer a obra de volta ao local de origem: o calçadão da rua Coronel Oliveira Lima. No sábado (10/08), a partir das 10h30, a urbanista e arquiteta Silvia Passarelli fará uma aula aberta sobre patrimônio e memória no lugar em que a peça de aço de quatro metros ficava, para conscientizar a população e angariar assinaturas.

Santo André possui três obras de grandes dimensões de Sacilotto, expoente do movimento concretista nacional que faleceu em 2003. Não é a primeira vez que uma das obras é retirada do espaço planejado para elas. Há seis anos, Concreção 0011, de oito metros, saiu da frente do colégio Américo Brasiliense para decorar o Parque Central. O destino da peça 0005 é o mesmo. Deve ficar em uma lagoa no Parque Celso Daniel, que passará por reformas.

Durante a gestão do prefeito Celso Daniel, o projeto Centro com Vida foi elaborado para revitalizar e embelezar áreas da cidade. Sacilotto foi convidado a criar o desenho do calçadão de basalto da rua Oliveira Lima e a escultura entrou na proposta com o intuito de aproximar os pedestres da arte. A escultura foi planejada para o ambiente e ficava em um trevo do calçadão que dialogava com a paisagem e permitia o contato direto dos transeuntes com a estrutura de metal.

“O local foi pensado por Sacilotto exatamente por registrar uma enorme passagem de pessoas todos os dias, ou seja, a obra foi inserida em um espaço para ser contemplada por quem transita por lá”, afirmou a professora de planejamento territorial da UFABC, Silvia Passarelli. De acordo com a estudiosa, a população não foi consultada sobre a remoção, e a justificativa para o procedimento não é válida. O motivo seria o aumento do espaço para a circulação de caminhões de lixo e ambulâncias.

“Em 13 anos de exposição permanente, a obra nunca deu problema”, disse a professora, que acredita que a intenção da mudança é a simples transferência de beleza de um ponto para outro. Para Silvia, qualquer perda de referenciais é negativa para a cidade e os habitantes. “A obra ficará em cima de um lago sem ter a mesma relação com o cotidiano da população”, afirmou.

Transferência da obra causa descaracterização

A curadora de artes da Secretaria de Cultura de Santo André, Flávia Dotto, conversou com a família do artista. Os familiares de Sacilotto disseram que o pensamento do pintor era o de aproximar as pessoas da arte de modo literal. “A obra continuará sendo admirada e não perderá importância”, contrapôs a curadora. No entanto, Flávia admite que o intuito da intervenção com o meio se perde. “O conceito perdeu a caracterização porque o parque não tem a mesma intensidade de circulação”, opinou a curadora.

Já para a escritora e proprietária do centro cultural e livraria Alpharrabio, Dalila Teles Veras, a transferência sem consulta é um ferimento na paisagem urbana que apaga um marco do Centro e desrespeita a memória de Sacilotto e do próprio Celso Daniel. “Se a intenção é modernizar e revitalizar a cidade, é possível fazê-lo com preservação”, declarou. Confira a petição pública pelo link: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=concreca.

Por Caio Luiz - Diário Online
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