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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/07/2009 | Saúde e Ciência
Pesquisadores transformam atividade cerebral em ''música''
Pesquisadores americanos desenvolveram um método para indicar os "sons" emitidos pelo cérebro, ao transformar as atividades realizadas pelo órgão em "música". Essa análise sonora deve permitir novas descobertas sobre as diferenças e as similaridades entre cérebros de pessoas sadias e doentes.

Para determinar os sons, os cientistas usaram imagens do cérebro feitas por ressonância magnética, em que diferentes regiões "se acendem" de acordo com a variação da intensidade cerebral em cada momento.

Dan Lloyd, da Universidade Trinity, em Hartford (EUA), identificou regiões que ficavam ativas ao mesmo tempo e designou um volume de som para cada um desses grupos. Ele, então, criou um software que analisa uma série de imagens cerebrais e gera notas musicais à medida que essas regiões cerebrais se acendem. Cada nota é tocada em um volume que corresponde à intensidade da atividade cerebral.

Quando Lloyd alimentou o software com uma série de imagens feitas por seu próprio cérebro, à medida que ele alternava as atividades de dirigir um carro virtual e descansar, ele descobriu que era possível determinar as mudanças de ação por meio dos sons emitidos.

Depois, o pesquisador cadastrou no software as imagens feitas em voluntários saudáveis, com demência ou esquizofrenia. Os cérebros de pessoas com esquizofrenia se alternavam entre atividades de baixa ou alta intensidade de maneira mais errática do que os dos voluntários saudáveis, permitindo fazer essa distinção apenas pelo som.

Apesar de essa diferença ficar clara também nas imagens, Vince Calhoun, colaborador de Lloyd na Universidade do Novo México, afirma que há variações nos sons emitidos pelo cérebro de pessoas com esquizofrenia que não ficam tão evidentes nas fotos. "Parece que há mais zumbido no fundo", diz Calhoun.

Ele sugere que essas cadências instáveis podem ser um indicativo de mau funcionamento no cérebro. Lloyd também identificou sons e ritmos nos cérebros de pessoas com demência que são diferentes dos encontrados nos voluntários saudáveis.

Para o neurocientista Didier Grandjean, da Universidade de Genebra, na Suíça, a "música" do cérebro deve ajudar a identificar diferentes padrões cerebrais. "Melodias são um modo muito melhor de construir representações mentais complexas durante um determinado período", afirma.

Lloyd também diz que quer explorar os aspectos estéticos da música cerebral. "Não é como algo que alguém compôs, mas também não é aleatório, é quase música. Meus alunos estão colocando esses sons em suas 'playlists'", diz.

Por Folha Online - New Scientist
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