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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/08/2007 | Internacional
Peru teria ignorado advertência sobre terremoto
A Defesa Civil peruana está em conflito por ter desprezado um informe do IGP (Instituto Geofísico do Peru), entidade especializada em sismologia, que advertia em 2005 sobre o alto risco de um provável terremoto no centro sul do país e pedia que campanhas de prevenção fossem realizadas com urgência.

"A Defesa Civil recebeu em 2005 um relatório do IGP em que a única coisa que dizíamos era que a zona onde se produziu o terremoto (Pisco, Ica, Cañete e Chincha) e o sul do país eram lugares com mais probabilidade disso acontecer", disse o cientista Ronald Woodman, presidente do Instituto Geofísico.

"Ainda que não se possa determinar nem quando, nem o lugar exato, isso não é importante se estamos preparados para enfrentar uma emergência como a vivida", afirmou Woodman em declarações ao jornal La República.

"A prevenção precisava ter sido feita. Sabíamos que isto ia acontecer e este prognóstico já era o suficiente para tomar as decisões necessárias", afirmou. "É preciso fazer duas perguntas à Defesa Civil: se tinham conhecimento do informe, e a resposta será sim, e se sabiam, que ações tomaram motivadas pelo relatório?" - perguntou o chefe do IGP.

"O informe não fazia prognósticos sobre datas e se baseou numa hipótese de trabalho denominada 'lacuna sísmica', que lamentavelmente estava certa", disse o sismólogo do IGP Hernamdo Távera, um de seus autores. A técnica de 'lacuna sísmica' é utilizada em todo o mundo, permitindo localizar a região onde vão ocorrer os terremotos, mas não os momentos em que vão acontecer, explicou Távera.

O relatório do IGP concluiu que existia a possibilidade de um terremoto no centro sul do Peru, depois de analisar a estatística de tremores de grande magnitude na costa peruana desde o século XVI. "Identificamos até agora três lacunas ou silêncios sísmicos: dois no Peru e o terceiro entre Arica e Antofagasta, no Chile", lembrou Távera.

Ronald Woodman também enfatizou que "a região que tem maiores probabilidades de enfrentar um terremoto é o sul de Ilo (no Peru) e o norte do Chile". Woodman acredita que uma das medidas que precisavam ter sido tomadas no centro sul do Peru era alertar os prefeitos para que adotassem medidas preventivas.

"Lima não tinha um terremoto maior desde 1974. Este silêncio sísmico já era um aviso de que a natureza nos devia um terremoto. Uma mínima resposta de emergência deveria estar montada. Não houve resposta", lamentou o investigador Abraham Levy.

A Defesa Civil não reagiu às acusações, uma vez que todos os seus funcionários estão trabalhando em tempo integral nas tarefas de remoção dos escombros na região do terremoto.

O informe do IGP foi entregue quando o presidente Alejandro Toledo (2001-2006) governava o país. Nas principais cidades costeiras do Peru é comum que a Defesa Civil faça exercícios de simulação de terremotos para treinar a população a evacuar os locais em caso de emergência.

A imprensa peruana lembrou que o relatório foi publicado em 2006 e divulgado na internet.

Por Diário Online - AFP
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