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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/03/2010 | Geral
Perto do prazo final, SP despolui menos da metade dos córregos previstos
O programa Córrego Limpo, parceria entre o Governo de São Paulo, prefeitura e Sabesp [empresa de saneamento básico do Estado], tem como meta despoluir cem córregos na capital até julho deste ano. Às vésperas do Dia Mundial da Água, comemorado na próxima segunda-feira (22), a reportagem do R7 consultou os órgãos responsáveis sobre o andamento dos trabalhos. A quatro meses do prazo final, o programa não concluiu a despoluição de mais da metade dos córregos previstos.

Depois de despoluir 42 córregos de março de 2007 (início do programa) até março de 2009 (conclusão da primeira parte do projeto), o Córrego Limpo entrou em sua segunda fase. Desde então, 58 córregos estão em processo de limpeza. Somente o córrego da Consciência Negra, que fica no parque do mesmo nome, teve a despoluição anunciada em 19 de novembro passado.

Procurada pelo R7, a Sabesp afirmou que "as obras" estão dentro do cronograma previsto e serão entregues no prazo. Já a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras disse que só poderá avaliar o estado das obras, quando um novo boletim for divulgado, em abril.

Apesar de considerar o programa Córrego Limpo "pretensioso", Malu Ribeiro, coordenadora do projeto de águas da ONG (Organização Não Governamental) S.O.S Mata Atlântica, aprova a iniciativa de uma ação conjunta entre os governos e se diz preocupada com o andamento do programa.

- O lado positivo do programa é essa união entre Estado e município. Isso já é um avanço para a implementação de políticas públicas realmente eficazes no tratamento da água. Mas as obras estão lentas e isso me preocupa. Além de ser impossível fazer a despoluição de rios e córregos em quatro anos, a questão tem que ser abraçada pela sociedade, pois as gestões políticas passam, mas nós ficamos.

Segundo a especialista, a despoluição do córrego envolve várias ações conjuntas para o resultado ser duradouro, entre elas, a remoção de famílias que vivem nas margens, coleta de lixo, implantação de saneamento básico e criação de estações de tratamento de água na região para despoluição das águas.

Para o gestor ambiental e presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), Carlos Bocuhy, o poder público é ineficiente ao lidar com o tratamento da água em São Paulo.

- Não existe solução a curto prazo. Todos os estágios da bacia hídrica precisam ser trabalhados para melhorar a qualidade da água na cidade. Desde a ocupação irregular de áreas de mananciais até o descarte do lixo doméstico e clandestino precisam ter planos de combate.

Dia Mundial da Água

Bocuhy avalia que o Dia Mundial da Água, criado em 1992 pelas Nações Unidas, não trouxe mudanças significativas.

- Todo ano comemoram a data, os políticos fazem marketing em cima disso, lançando uma ou duas ações paliativas. Mas, na verdade, apesar da consciência da sociedade sobre a importância de cuidar da água ter aumentado, o comportamento da população pouco mudou. Ainda jogam lixo e entulho direto no rio ou no córrego.

Malu Ribeiro aposta na capacidade de mobilização e mudança da sociedade em vista de um futuro sustentável.

- Para mim, a sociedade mudou. Hoje, um político que despreza o saneamento básico ou não fala em ações sustentáveis fica com uma imagem ruim. Isto não acontecia há dez, 15 anos.

Por R7
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