DATA DA PUBLICAÇÃO 21/04/2009 | Veículos
Perigo ao volante
Infringir a lei de trânsito é uma prática comum a muitos motoristas quando se trata do ato de dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo.
É difícil encontrar uma pessoa que nunca tenha atendido uma ligação, por mais rápida que seja, enquanto dirigia seu carro.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, dirigir com apenas uma das mãos ou falando ao celular é considerado uma infração média, passível de multa de R$ 85 e de quatro pontos na carteira de habilitação.
Porém, essas não são as piores consequências de misturar celular e direção. Segundo especialistas, o ato de falar ao telefone pode causar graves acidentes.
"Quando uma pessoa está dirigindo e falando ao celular diversos mecanismos cognitivos como atenção, memória e o julgamento crítico estão ocupados, assim a conversa pode atrapalhar o ato de dirigir", afirma o médico José Montal, diretor científico da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
"O espaço de frenagem quando o motorista está dirigindo e falando ao telefone é maior que o necessário quando se está embriagado. O motorista também deixa de perceber 80% da sinalização", explica Montal.
Maria Beatriz Guerios, oftalmologista do IMO (Instituto de Moléstias Oculares) também condena o ato de dirigir e falar ao telefone. "São duas ações distintas. O cérebro tem duas áreas que trabalham separadamente. Quando o motorista deixa de privilegiar a área que cuida da visão, ao falar ao celular, a direção torna-se a ação secundária, aumentando a chances de passar em um buraco ou errar a frenagem", explica Maria Beatriz.
Em 2007, somente em São Paulo foram feitas 237 mil autuações de motoristas falando ao celular, a quarta infração de trânsito na Capital naquele ano.
"O caminho é deixado de lado, é automático parar de prestar atenção a partir do momento em que se inicia uma conversa. É por isso que, às vezes, o motorista se esquece do que se passou", conclui a oftalmologista do IMO.
(Supervisão Sueli Osório)
Bluetooth é a arma das montadoras
Para tentar impedir que os motoristas coloquem em risco não só a própria segurança como a dos outros, as montadoras investem em tecnologias que permitem falar ao celular sem tirar as mãos do volante. O sistema bluetooth é a principal arma para ajudar a evitar distrações.
A General Motors, por exemplo, oferece o sistema nos modelos Vectra GT Remix e no Vectra Sedan Next Edition. Já a Volkswagen também proporciona aos consumidores essa tecnologia, que pode equipar opcionalmente desde o Gol até o Golf. Todos os modelos importados contam com o sistema de série.
A Ford tem o My Connection, desenvolvido em parceria com a Visteon, nos modelos EcoSport, Fiesta Hatch e Sedan, Ranger e F-250, além de também estar presente no Ka Tecno, série especial do Ka. A compatibilidade com celulares de tecnologia bluetooth permite ligar e receber ligações, tudo através da conexão sem fio.
Em 2005, o Fiat Stilo foi o primeiro carro nacional a trazer o sistema bluetooth, com o acessório Ki Connect, já em 2007, foi introduzida a tecnologia Blue&Me. Atualmente, apenas os modelos Mille e as versões Fire não oferecem um desses sistemas. Em alguns modelos o sistema é opcional, em outros é de série.
Na visão da Abramet, o perigo de falar ao celular continua mesmo com as mãos livres. "A tecnologia bluetooth aumenta a capacidade de manuseio, mas o perigo é o mesmo. A mão fica livre, mas o cérebro não, o que não diminuiu o perigo dos acidentes. É diferente de quando a conversa é com um passageiro, pois ele pode ajudar, administrando a conversa com pausas", analisa José Montal, diretor científico da Abramet.
É difícil encontrar uma pessoa que nunca tenha atendido uma ligação, por mais rápida que seja, enquanto dirigia seu carro.
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, dirigir com apenas uma das mãos ou falando ao celular é considerado uma infração média, passível de multa de R$ 85 e de quatro pontos na carteira de habilitação.
Porém, essas não são as piores consequências de misturar celular e direção. Segundo especialistas, o ato de falar ao telefone pode causar graves acidentes.
"Quando uma pessoa está dirigindo e falando ao celular diversos mecanismos cognitivos como atenção, memória e o julgamento crítico estão ocupados, assim a conversa pode atrapalhar o ato de dirigir", afirma o médico José Montal, diretor científico da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
"O espaço de frenagem quando o motorista está dirigindo e falando ao telefone é maior que o necessário quando se está embriagado. O motorista também deixa de perceber 80% da sinalização", explica Montal.
Maria Beatriz Guerios, oftalmologista do IMO (Instituto de Moléstias Oculares) também condena o ato de dirigir e falar ao telefone. "São duas ações distintas. O cérebro tem duas áreas que trabalham separadamente. Quando o motorista deixa de privilegiar a área que cuida da visão, ao falar ao celular, a direção torna-se a ação secundária, aumentando a chances de passar em um buraco ou errar a frenagem", explica Maria Beatriz.
Em 2007, somente em São Paulo foram feitas 237 mil autuações de motoristas falando ao celular, a quarta infração de trânsito na Capital naquele ano.
"O caminho é deixado de lado, é automático parar de prestar atenção a partir do momento em que se inicia uma conversa. É por isso que, às vezes, o motorista se esquece do que se passou", conclui a oftalmologista do IMO.
(Supervisão Sueli Osório)
Bluetooth é a arma das montadoras
Para tentar impedir que os motoristas coloquem em risco não só a própria segurança como a dos outros, as montadoras investem em tecnologias que permitem falar ao celular sem tirar as mãos do volante. O sistema bluetooth é a principal arma para ajudar a evitar distrações.
A General Motors, por exemplo, oferece o sistema nos modelos Vectra GT Remix e no Vectra Sedan Next Edition. Já a Volkswagen também proporciona aos consumidores essa tecnologia, que pode equipar opcionalmente desde o Gol até o Golf. Todos os modelos importados contam com o sistema de série.
A Ford tem o My Connection, desenvolvido em parceria com a Visteon, nos modelos EcoSport, Fiesta Hatch e Sedan, Ranger e F-250, além de também estar presente no Ka Tecno, série especial do Ka. A compatibilidade com celulares de tecnologia bluetooth permite ligar e receber ligações, tudo através da conexão sem fio.
Em 2005, o Fiat Stilo foi o primeiro carro nacional a trazer o sistema bluetooth, com o acessório Ki Connect, já em 2007, foi introduzida a tecnologia Blue&Me. Atualmente, apenas os modelos Mille e as versões Fire não oferecem um desses sistemas. Em alguns modelos o sistema é opcional, em outros é de série.
Na visão da Abramet, o perigo de falar ao celular continua mesmo com as mãos livres. "A tecnologia bluetooth aumenta a capacidade de manuseio, mas o perigo é o mesmo. A mão fica livre, mas o cérebro não, o que não diminuiu o perigo dos acidentes. É diferente de quando a conversa é com um passageiro, pois ele pode ajudar, administrando a conversa com pausas", analisa José Montal, diretor científico da Abramet.
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