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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/11/2016 | Cultura
Performance de Axl Rose e destreza de Slash na guitarra conquistam o Rio
Banda Guns N' Roses se apresentou no Engenhão.
Show no Rio foi construído sobre hits.


O show do Guns N' Roses realizado na noite de terça-feira (15) no Rio começou com algo inédito: um atraso de apenas 18 minutos, algo nunca visto nos shows da banda em território carioca. Bom início de apresentação para um público que já estava ganho desde antes do espetáculo começar. Sim, porque, na plateia estava visível que a devoção precedia a performance. E o grupo não a decepcionou.

De cara, entregou “It's so easy” e “Mr. Brownstone” - canções que estabeleceram o clima de jogo ganho e a cumplicidade com o público. Ali por volta dos 40 minutos de apresentação, o dono do parquinho, Axl Rose, se dirigiu ao público pela primeira vez. “How you doing? Good to be here”. Houve pouca interação a partir daí.

Interação que, aliás, pouco se vê entre os três integrantes originais - além de Rose, o baixista Duff McKagan e o guitarrista Slash. Não é de se estranhar: desde o fim da formação clássica do grupo, em 1996, quando o Guns se transformou em um empreendimento individual do vocalista, muitas farpas foram trocadas e todos juravam que jamais voltariam a tocar juntos nesta vida - não por acaso, e com a devida dose de ironia, esta turnê de reunião foi batizada de “Not in this lifetime”.

A plateia se entrega de vez quando a banda executa “Live and let die”, de Paul McCartney, canção de “Com 007 viva e deixe morrer”'. É a primeira de uma série de versões consagradas pela banda. Vieram “Knocking on heavens door”, do recém Nobel de Literatura, Bob Dylan, “The seeker”, do The Who, a parte instrumental de “Layla”, de Derek and The Dominoes, e a tradicional interpretação do tema de “O poderoso chefão”, de Nino Rota, nas mãos de Slash.

O guitarrista, aliás, mostrou a destreza característica no manuseio de seu instrumento. Isso pôde ser visto em detalhes durante a execução prolongada do solo de “Rocket queen”. Nesta turnê, ele está acompanhado de Richard Fortus, guitarrista de nível técnico semelhante e que divide com ele uma versão instrumental de “Wish you were here”, do Pink Floyd.

Axl Rose merece atenção especial. É evidente que ele não possui mais a mesma condição física - situação reforçada pelas constantes saídas do palco - e sua voz também não alcança com facilidade os registros agudos de outrora, algo explícito durante os trechos mais exigentes de “You could be mine”. Ainda assim, ele entrega performance mais que competente em canções como “Chinese democracy” e “Better”, composições do quase não realizado álbum “Chinese democracy”, do período em que o Guns era Axl e uma série de competentes músicos de apoio.

O show foi construído sobre hits, como era de se esperar: “Welcome to the jungle” incendiou o pavio que queimou na direção de “Yesterday”, “Civil war”, “Coma”, "Sweet child o'mine", “November rain” - um dos pontos mais emocionais da apresentação - e “Nightrain”, que encerrou a primeira parte da apresentação.

O bis começou com “Don't cry” e levou o público pela mão à conclusão festiva/explosiva de “Paradise city”. Ao som de uma gravação de “Faraway eyes”, dos Rolling Stones, o Guns N' Roses deixou o palco do Engenhão. Eram 23h27.

A apresentação da banda norte-americana deixou para trás algo que pode ser considerado como uma reflexão - algo que talvez seja surpreendente para a geração “Millenial”, já acostumada a uma parada dominada por hits de Hip Hop, sertanejo universitário e pop eletrônico: há não muito tempo, integrantes de bandas como Guns N' Roses caminhavam como deuses sobre a terra. Esse período parece ter passado, mas quem esteve no Engenhão na terça-feira teve uma breve e feliz visão dessa época.

Por Carlos Brito - G1, no Rio
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