DATA DA PUBLICAÇÃO 10/12/2014 | Geral
Pererecas-assobiadoras tiram o sono de moradores do Brooklin
Barulho de anfíbios começa assim que escurece e vai até de manhã.
Ausência de predadores naturais facilitou o crescimento da população.
Moradores do Brooklin, bairro da Zona Sul de São Paulo, perdem o sono com um som alto, constante e estridente. O barulho é causado por pererecas-assobiadoras, anfíbios trazidos de Porto Rico, no Caribe, e que encontraram na capital um ambiente propício para se reproduzir desordenadamente.
A ausência de predadores naturais, como cobras e aves, facilitou o crescimento da população deste pequeno animal, que há três anos atormenta as noites no bairro. O barulho começa assim que escurece e vai até de manhã.
No início, os moradores não sabiam o que provocava o barulho. Até que a psicóloga Marilene Ayalla decidiu procurar pesquisadores de uma universidade de São Paulo para verificar a origem do som. O barulho é tão alto que lhe causou problemas de saúde. “Eu acordei um dia, de madrugada com tontura, pensei que era labirintite, fui fazer meus exames. Soube que era uma vertigem paroxística aguda, possivelmente ocasionada por esse excesso de ruído, que ultrapassa, e bastante, os decibéis permitidos.”
Cientistas foram até o Brooklin e encontraram, nos jardins das casas, as pequenas pererecas. O tamanho um pouco maior que o de um grão de feijão contrasta com a altura do som produzido. O barulho, na verdade, é o canto do macho tentando atrair a fêmea. O período de reprodução vai de outubro a abril.
A Prefeitura diz que está monitorando o bairro. O pesquisador Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, sugere que as pererecas sejam recolhidas manualmente. Naturais em Porto Rico, elas viraram uma praga no Havaí. Aqui no brasil, o canto muito alto abafa os outros e atrapalha a reprodução de sapos e rãs. “Desequilíbrio ecológico é uma coisa muito séria. Não é só pelo incômodo, é pela saúde do planeta, inclusive.”
Os moradores ouviram dizer foi que um estrangeiro trouxe as pererecas e, irritado com o barulho, jogou os animais no esgoto. O professor do Instituto Butantan acredita que essa é a hipótese mais provável mesmo.
Ausência de predadores naturais facilitou o crescimento da população.
Moradores do Brooklin, bairro da Zona Sul de São Paulo, perdem o sono com um som alto, constante e estridente. O barulho é causado por pererecas-assobiadoras, anfíbios trazidos de Porto Rico, no Caribe, e que encontraram na capital um ambiente propício para se reproduzir desordenadamente.
A ausência de predadores naturais, como cobras e aves, facilitou o crescimento da população deste pequeno animal, que há três anos atormenta as noites no bairro. O barulho começa assim que escurece e vai até de manhã.
No início, os moradores não sabiam o que provocava o barulho. Até que a psicóloga Marilene Ayalla decidiu procurar pesquisadores de uma universidade de São Paulo para verificar a origem do som. O barulho é tão alto que lhe causou problemas de saúde. “Eu acordei um dia, de madrugada com tontura, pensei que era labirintite, fui fazer meus exames. Soube que era uma vertigem paroxística aguda, possivelmente ocasionada por esse excesso de ruído, que ultrapassa, e bastante, os decibéis permitidos.”
Cientistas foram até o Brooklin e encontraram, nos jardins das casas, as pequenas pererecas. O tamanho um pouco maior que o de um grão de feijão contrasta com a altura do som produzido. O barulho, na verdade, é o canto do macho tentando atrair a fêmea. O período de reprodução vai de outubro a abril.
A Prefeitura diz que está monitorando o bairro. O pesquisador Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, sugere que as pererecas sejam recolhidas manualmente. Naturais em Porto Rico, elas viraram uma praga no Havaí. Aqui no brasil, o canto muito alto abafa os outros e atrapalha a reprodução de sapos e rãs. “Desequilíbrio ecológico é uma coisa muito séria. Não é só pelo incômodo, é pela saúde do planeta, inclusive.”
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