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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/10/2016 | Política
Pela primeira vez PT fica sem prefeitos na região
Pela primeira vez PT fica sem prefeitos na região Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Diante de sua maior crise institucional, o PT vivencia hoje sua maior derrota no Grande ABC – seu berço político – e, pela primeira vez em 34 anos, fica sem eleger prefeitos na região. O auge do Partido dos Trabalhadores foi em 2000, quando teve candidatos eleitos em cinco das sete prefeituras do Grande ABC. O PSDB se destaca como grande vencedor nas eleições deste ano em quatro das sete cidades (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra).

Será a primeira vez que o PSDB governará Santo André, quebrando uma tradição que era, desde 1988, do PT e PTB. Em São Bernardo, o PSDB volta a governar depois de 20 anos. A última vez foi em 1996 com Maurício Soares.

HISTÓRICO

No território andreense, Grana fechou a primeira etapa com 67.628 votos. A liderança foi de Paulinho Serra (PSDB), detentor de 119.540 sufrágios. Em Mauá, Donisete atingiu 41.958 votos, superado por Atila Jacomussi (PSB), que angariou 85.615 sufrágios. Nas outras cinco cidades, a sigla saiu derrotada no primeiro turno. O PT foi criado em 1980, impulsionado pelo movimento sindical. No fim dos anos 1970, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – maior expoente da legenda e fundador – comandava o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema e liderou as principais greves durante a ditadura militar (1964-1985).

O partido disputou sua primeira eleição em 1982. E foi Diadema a conferir sua primeira vitória, com Gilson Menezes (hoje no PDT). Ao longo de 34 anos, o partido se consagrou como o maior vitorioso em disputas pelo Grande ABC, emplacando 22 êxitos, exceção a São Caetano. O auge ocorreu no pleito de 2000, quando venceu em cinco das sete cidades.

“Torço para que o PT volte a ser como era, em seu momento de fundação. Isso vai acontecer a partir de uma reflexão, de autocrítica e de colocar a cara para bater, prestando um esclarecimento e desculpa pelos erros cometidos”, citou Gilson, fora do petismo há duas décadas. Outros personagens históricos da legenda e que ainda permanecem no quadro de filiados fazem mea-culpa com a atual situação do partido, que vem sofrendo os efeitos da Operação Lava Jato.

“O PT está em baixa em nível nacional. Talvez se compare ao momento de seu início de trajetória. No País, o partido tinha 10% de aceitação quando começou. Na época do Lula (na Presidência), chegou a 30%. Hoje, eu diria que esse nível está menos de 20%. A história vai caminhar para frente. O PT terá de olhar os caminhos escolhidos, os erros, onde cometemos nossas ingenuidades”, avaliou o ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT).

“Temos dois candidatos ainda no segundo turno (Grana e Donisete), por isso não posso falar muito no futuro. O PT ficou 13 anos à frente do País. Claro que isso gera desgaste, mesmo tendo feito muitas coisas boas. A corrupção não envolve só o PT, mas a sociedade. Porém como o PT estava no poder, acaba evidenciando, atinge mais o partido. Também há de se ressaltar que o PT foi criado cobrando muito. Tínhamos o combate de diminuir a desigualdade, a corrupção. E somos mais cobrados por isso (pelos casos de corrupção)”, pontuou o ex-prefeito de Mauá Oswaldo Dias.

Por Leandro Baldini - Diário Online
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