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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2009 | Economia
Pedidos de seguro-desemprego disparam na região
O número de pessoas que deram entrada no seguro-desemprego no Grande ABC disparou no início deste ano. Em março, foram 15.053, que representou aumento de 12,8% em relação aos que fizeram o pedido em fevereiro (13.342) e alta de 45,6% frente a outubro, no início da crise global, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Existem atualmente, por esse levantamento, 136.555 que recebem o benefício na região.

Esse crescimento percentual foi até maior do que a expansão do total de desempregados. Pesquisa do Seade/Dieese mostra que o contingente dos sem-emprego no Grande ABC aumentou 12% na comparação mensal mensal (12% ante fevereiro), e ampliou 19% comparado ao período em que estouraram as turbulências na economia.

Uma das explicações para o forte aumento de pedidos é o fato de que o emprego formal (trabalhadores com registro em carteira) foi atingido pela desaceleração econômica, sob o efeito do encolhimento do crédito e das maiores restrições dos bancos para compras financiadas de automóveis, por exemplo.

No primeiro trimestre, foram eliminadas 12 mil vagas formais na região, apontou o Ministério.

Crescente - O volume de solicitações do benefício cresceu sobretudo em São Bernardo e Diadema - que tiveram respectivamente expansão de 23,9% e 19,1% em março na comparação com fevereiro. As duas cidades têm forte presença do setor automotivo - que foi um dos segmentos que liderou as demissões no País.

Segundo a coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), Silvia Okabayashi, há que se ressaltar que o início do ano, geralmente, é marcado por um número maior de desempregados, em função da dispensa dos temporários contratados no Natal. "Contudo, é importante notar que, até a ‘explosão'' da crise financeira mundial, presenciávamos um crescimento da demanda por bens e serviços", destacou.

A deterioração do mercado de trabalho, na avaliação da professora de economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Marlene Laviola, teria ocorrido não apenas da piora na demanda, mas também por uma ação preventiva das empresas, devido à falta de perspectiva de rápida reação do consumo.

Ela observa que há segmentos já esboçando reação no nível de atividade. "Sabemos, no entanto, que a recuperação do emprego é mais lenta do que a da produção", afirmou.

Prazo ainda é menor que o tempo médio de procura por vagas

A extensão do número de parcelas do seguro-desemprego do máximo de cinco para até sete meses aos setores mais atingidos pela crise - caso da indústria metalúrgica - foi considerada por especialistas uma medida positiva. No entanto, há a ressalva de que o prazo maior de pagamento ainda está aquém da média de tempo que as pessoas desempregadas na região levam para conseguir uma recolocação.

"É melhor do que já foi mas a cobertura ainda é tímida", afirmou o coordenador do curso de Economia Fundação Santo André, Ricardo Balistiero.

Pesquisa Sócio-econômica da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) mostra que em meados de 2008, quem perdia o emprego demorava, em média, 11,5 meses para encontrar nova ocupação. Esse período de busca era ainda maior em 2007, quando chegou a 23 meses.

A professora da USCS Maria do Carmo Romeiro, salientou que, a maior parte (50% de desempregados que ficaram nessa situação) ficou 12 meses sem arrumar trabalho em 2007 e em anos anteriores. A exceção foi em 2008, quando caiu para 6,5 meses.

O valor também é considerado tímido. A pessoa que é dispensada sem justa causa recebe mensalmente valor que não ultrapassa o teto de R$ 870,01.

Por Leone Farias e Marcos Seabra - Diário do Grande ABC
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