DATA DA PUBLICAÇÃO 13/06/2011 | Geral
Pedestres de SP desconhecem regra que obriga motoristas a pararem quando alguém levanta a mão
Apesar de a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ter espalhado faixas em cruzamentos perigosos pedindo respeito aos pedestres, são poucas as pessoas que caminham diariamente pelas ruas de São Paulo e sabem que podem pedir para os motoristas pararem apenas com um gesto.
Na semana passada, o R7 percorreu algumas ruas do centro da capital paulista e constatou o desconhecimento. Nenhuma das cerca de dez pessoas entrevistada pela reportagem disse conhecer o "gesto do pedestre". Teoricamente, o motorista deve parar quando uma pessoa estender o braço em cruzamentos que não tenham semáforo ou agentes da CET. O uso do "gesto" foi um dos itens divulgados durante o lançamento da campanha de conscientização do papel do pedestre no trânsito, lançada pela Prefeitura de São Paulo em maio.
Sem conhecimento do gesto, os pedestres ficam na calçada esperando que todos os carros passem. Em alguns casos, as pessoas se arriscam correndo sobre a faixa na tentativa de chegar ao outro lado antes que o veículo se aproxime. A cabeleireira Lucelma Pereira de Moura, de 42 anos, foi uma das que disse à reportagem não saber que poderia pedir para os carros pararem.
- Eu não sabia [do gesto]. Passo por aqui sempre. Agora, vou usar tanto aqui como em outras ruas. O pessoal não respeita mesmo. Vamos fazer valer.
Outra que disse não conhecer a regra foi a aposentada Isabel de Souza, de 77 anos. Ela contou que, há um ano, foi atropelada por uma lambreta quando tentava atravessar uma rua no centro da cidade.
- Eu não consigo nem correr, nem andar. Vai ser uma boa regra.
Motoristas
A reportagem também testou os motoristas, levantando a mão toda vez que pretendia atravessar a rua. Das seis tentativas, só em uma o motorista não parou.
Questionada se o aparente desconhecimento da população não seria sinal de uma campanha de conscientização deficiente, a CET afirmou que, desde a segunda-feira (6), orientadores de travessias e agentes de trânsito estão nos principais cruzamentos do centro da cidade para divulgar a iniciativa. Para a CET, é normal que as pessoas ainda desconheçam o “gesto do pedestre”, pois seu lançamento é muito recente.
No início de maio, o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, afirmou que oito ZMPPs (Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre) serão implementadas na capital paulista até o final do primeiro semestre deste ano. Além de sinalização específica, as zonas terão reforço de agentes de trânsito para garantir que motos e carros não invadam as faixas de pedestre durante a travessia das pessoas.
A criação das ZMPPs faz parte do Programa de Proteção ao Pedestre da Prefeitura de São Paulo. Com esse novo plano, a prefeitura diz que pretende reduzir de 40% a 50% os atropelamentos e as mortes de pedestres até 2012. No ano passado, a cidade teve 7.007 atropelamentos que resultaram na morte de 630 pessoas. O número corresponde a 46,4% das 1.357 mortes em acidentes de trânsito na cidade.
As oitos zonas juntas correspondem à área que concentra 11% dos atropelamentos na cidade e 1% da área total da capital.
Na semana passada, o R7 percorreu algumas ruas do centro da capital paulista e constatou o desconhecimento. Nenhuma das cerca de dez pessoas entrevistada pela reportagem disse conhecer o "gesto do pedestre". Teoricamente, o motorista deve parar quando uma pessoa estender o braço em cruzamentos que não tenham semáforo ou agentes da CET. O uso do "gesto" foi um dos itens divulgados durante o lançamento da campanha de conscientização do papel do pedestre no trânsito, lançada pela Prefeitura de São Paulo em maio.
Sem conhecimento do gesto, os pedestres ficam na calçada esperando que todos os carros passem. Em alguns casos, as pessoas se arriscam correndo sobre a faixa na tentativa de chegar ao outro lado antes que o veículo se aproxime. A cabeleireira Lucelma Pereira de Moura, de 42 anos, foi uma das que disse à reportagem não saber que poderia pedir para os carros pararem.
- Eu não sabia [do gesto]. Passo por aqui sempre. Agora, vou usar tanto aqui como em outras ruas. O pessoal não respeita mesmo. Vamos fazer valer.
Outra que disse não conhecer a regra foi a aposentada Isabel de Souza, de 77 anos. Ela contou que, há um ano, foi atropelada por uma lambreta quando tentava atravessar uma rua no centro da cidade.
- Eu não consigo nem correr, nem andar. Vai ser uma boa regra.
Motoristas
A reportagem também testou os motoristas, levantando a mão toda vez que pretendia atravessar a rua. Das seis tentativas, só em uma o motorista não parou.
Questionada se o aparente desconhecimento da população não seria sinal de uma campanha de conscientização deficiente, a CET afirmou que, desde a segunda-feira (6), orientadores de travessias e agentes de trânsito estão nos principais cruzamentos do centro da cidade para divulgar a iniciativa. Para a CET, é normal que as pessoas ainda desconheçam o “gesto do pedestre”, pois seu lançamento é muito recente.
No início de maio, o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, afirmou que oito ZMPPs (Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre) serão implementadas na capital paulista até o final do primeiro semestre deste ano. Além de sinalização específica, as zonas terão reforço de agentes de trânsito para garantir que motos e carros não invadam as faixas de pedestre durante a travessia das pessoas.
A criação das ZMPPs faz parte do Programa de Proteção ao Pedestre da Prefeitura de São Paulo. Com esse novo plano, a prefeitura diz que pretende reduzir de 40% a 50% os atropelamentos e as mortes de pedestres até 2012. No ano passado, a cidade teve 7.007 atropelamentos que resultaram na morte de 630 pessoas. O número corresponde a 46,4% das 1.357 mortes em acidentes de trânsito na cidade.
As oitos zonas juntas correspondem à área que concentra 11% dos atropelamentos na cidade e 1% da área total da capital.
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