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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/08/2013 | Informática
''PC de vestir'' não pode deixar usuário a cara do Homem de Ferro, diz criador
Sonny Vu criou sensor de atividades com ex-presidente executivo da Apple.
Computadores 'vestíveis' têm que ser bonitos ou invisíveis, diz empresário.


Os críticos do Google Glass que atacam o mais ilustre integrante da onda de computadores de vestir ganharam um argumento de peso de um dos desenvolvedores pioneiros na área.

"Muitos tipos de computadores de vestir não são muito 'vestíveis'. Isso ocorre por uma razão muito básica: eles foram desenhados sem ter em mente que deveriam ser vestidos", afirmou nesta quarta-feira (14) em São Paulo o vietnamita Sonny Vu, presidente executivo da Misfit Wereables, uma firma que desenvolve PCs para vestir.

"Muitos dos produtos que você vê agora, como medidores de batimentos cardíacos, relógios, braceletes, braçadeiras, parecem armaduras", brinca o empresário, comparando a aparência de quem veste esses equipamentos a do Homem de Ferro, personagem dos quadrinhos que foi para a tela do cinema. "Pode ser 'okay' para fazer exercícios físicos, mas há um abismo se você for usar no dia a dia. Ninguém vai vestir isso".

"O Homem de Ferro é muito legal, certo? Mas se vestir como ele é só para algumas pessoas. Talvez para atletas. Todas as outras pessoas se vestem como eu e você. Eles não querem usar uma armadura", afirmou ao G1.

Fenômeno dos anos 2000
Há 20 anos trabalhando com equipamentos eletrônicos para vestir, Sonny Vu é o fundador da AgaMatrix, a primeira companhia do mundo a fabricar dispositivos médicos que se conectassem ao iPhone. Também é o criador de outros 15 aparelhos aprovados pela FDA (agência do governo norte-americano voltada para a saúde).

Vu fundou a Misfit ao lado de John Sculley que, fora ter sido o homem que demitiu Steve Jobs da Applex em 1985, é um dos poucos executivos a ter no currículo os cargos de presidente executivo da Apple e da Pepsi.

Com seus produtos, Vu ganhou prêmios de design. Para exemplificar a aversão das pessoas a PCs de vestir que parecem bugigangas, Vu narra um episódio em que perguntou no Twitter quando as pessoas começariam a aderir a essas tecnologias. "Quando isso parar de me fazer parecer Tron", respondeu uma tuiteira, comparando roupas e acessórios inteligentes aos do filme futurista.

"Coletar dados é um fenômeno dos anos 2000. Por séculos, as pessoas não usavam roupas para coletar informação. Usavam porque estava na moda, era confortável ou protegia", diz. "Para fazer um grande produto ‘vestível’, ele tem de ser bonito ou invisível", sentencia Vu.

Tentando fazer da moda algo menos virtual para o mundo dos PCs de vestir, a Misfit criou o Shine, um sensor de atividades corporais do tamanho de uma moeda de R$ 0,25, que pesa 10g e pode ser usado como broche, pulseira ou bracelete.

Recarregando camisas
O botão inteligente ganhou fãs. Em janeiro de 2013, simpatizantes da ideia doaram US$ 846 mil para a tecnologia sair do papel. Para utilizar o sensor, é necessário instalar um aplicativo que, por enquanto, está disponível apenas para iPhones. Uma versão para celulares que rodam o Android começará a ser desenvolvida em 2014.

Funciona assim: o primeiro passo é inserir no app metas de exercício, e opções de atividades serão sugeridas; antes de começar a correr, nadar ou andar, é preciso sincronizar o Shine com o app (basta colocar o botão sobre o iPhone); durante os exercícios, o botão avisa quanto falta para o objetivo ser atingido; ao fim das atividades, após uma nova sincronização, o aplicativo exibe a evolução do desempenho que contém informações como calorias queimadas, passos dados e distância percorrida.

Além disso, o Shine pode funcionar como um relógio. Uma das vantagens sobre concorrentes é a bateria, que dura até 180 dias, enquanto concorrentes precisam ser recarregados semanalmente como o Fitbit, a cada cinco dias como o Fuelband, da Nike e a cada dez dias como o Jawbone.

"Há camisas que são sensores, mas é preciso recarregá-la a cada dois dias. Isso não é muito útil, pois quantas pessoas recarregam suas camisas aqui agora? Ninguém faz isso", brinca Vu. Para ele, o ideal é fazer equipamentos que não forcem as pessoas a mudarem seus hábitos.

Ainda este ano, a Misfit lançará outros dois computadores de vestir que também captarão dados. Mas diferentemente do Shine, focado em bem estar e exercícios, os produtos serão voltados para saúde.

Por Helton Simões Gomes - G1, em São Paulo
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