DATA DA PUBLICAÇÃO 12/11/2015 | Cidade
Paulo Suares assume Sama e prepara terreno para Sabesp
Paulo Suares confirma ida para Sama. Foto: Rodrigo Pinto
Vereador de Mauá acertou ida ao comanda autarquia com prefeito Donisete Braga e se licencia do cargo
O governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), acertou a mudança do comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), que deve ocorrer já na segunda-feira (16/11), com o retorno do atual superintendente Alessandro Baumgartner das férias. A autarquia será comandada pelo vereador Paulo Suares (PT), que assume o posto com o objetivo principal de negociar as dívidas cobradas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Contabilista e ex-secretário de Finanças em Rio Grande da Serra e Mauá, Paulo Suares terá papel de chegar a um consenso com a estatal acerca de dois passivos que chegaram a superar R$ 2,4 bilhões. Um dos deficits é referentes à diferença do metro cúbico de água pago pela Sama (menos de R$ 1) ao valor cobrado pela companhia paulista (R$ 1,83), enquanto a outra dívida é cobrada pela companhia paulista como indenização pela municipalização do serviço em 1995.
Neste último processo, porém, a companhia reconheceu que houve um erro material na sentença judicial e reduziu o montante para R$ 500 milhões, embora o governo ainda entenda que o deficit não supere de R$ 300 milhões. Em entrevistas recentes, Donisete tem endossado pelo retorno da Sabesp na gestão da água em Mauá, desde que ambas as dívidas sejam perdoadas e a estatal apresente um plano de investimentos pela modernização do sistema hídrico da cidade.
Acertado com Donisete, Paulo Suares confirmou que assumirá a Sama na próxima semana. Dessa forma, o suplente Dario Duarte Coelho (PT) reassume pela quarta vez a cadeira no Legislativo. “Vou lá (na autarquia) para administrar, entre um dos problemas é a dívida. Estamos esperando o Alessandro na segunda-feira para que a gente possa fazer um bate-papo para apresentar as informações. A expectativa é assumir o cargo no mesmo dia”, disse o parlamentar.
Somado ao currículo, outro fator que faz Paulo Suares a optar pelo comando da Sama é o desejo de não disputar a reeleição ao Parlamento. O petista cederá o lugar pela disputa à vereança ao aliado interno no PT, o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Júnior. Dessa forma, o parlamentar permaneceria na gestão da autarquia pelo menos até o fim de 2016.
Em meio a essa transição, o governo praticamente desistiu da PPP (Parceria Público-Privada) do saneamento, após pedidos de TCE (Tribunal de Contas do Estado), após pedidos de embargos na licitação de empresas e da própria Sabesp. A proposta visava obter da iniciativa privada investimentos de R$ 153 milhões em 30 anos, para modernização do sistema, valor que a gestão petista almeja com a companhia.
Outro cenário que também colabora para o retorno da Sabesp em Mauá é a relação amistosa entre a companhia paulista com a Odebrecht S/A. A multinacional já comanda o setor de tratamento de esgoto na cidade, por meio da Foz do Brasil – a transferência desse serviço foi realizada em 2008, no governo do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB).
O governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), acertou a mudança do comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), que deve ocorrer já na segunda-feira (16/11), com o retorno do atual superintendente Alessandro Baumgartner das férias. A autarquia será comandada pelo vereador Paulo Suares (PT), que assume o posto com o objetivo principal de negociar as dívidas cobradas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Contabilista e ex-secretário de Finanças em Rio Grande da Serra e Mauá, Paulo Suares terá papel de chegar a um consenso com a estatal acerca de dois passivos que chegaram a superar R$ 2,4 bilhões. Um dos deficits é referentes à diferença do metro cúbico de água pago pela Sama (menos de R$ 1) ao valor cobrado pela companhia paulista (R$ 1,83), enquanto a outra dívida é cobrada pela companhia paulista como indenização pela municipalização do serviço em 1995.
Neste último processo, porém, a companhia reconheceu que houve um erro material na sentença judicial e reduziu o montante para R$ 500 milhões, embora o governo ainda entenda que o deficit não supere de R$ 300 milhões. Em entrevistas recentes, Donisete tem endossado pelo retorno da Sabesp na gestão da água em Mauá, desde que ambas as dívidas sejam perdoadas e a estatal apresente um plano de investimentos pela modernização do sistema hídrico da cidade.
Acertado com Donisete, Paulo Suares confirmou que assumirá a Sama na próxima semana. Dessa forma, o suplente Dario Duarte Coelho (PT) reassume pela quarta vez a cadeira no Legislativo. “Vou lá (na autarquia) para administrar, entre um dos problemas é a dívida. Estamos esperando o Alessandro na segunda-feira para que a gente possa fazer um bate-papo para apresentar as informações. A expectativa é assumir o cargo no mesmo dia”, disse o parlamentar.
Somado ao currículo, outro fator que faz Paulo Suares a optar pelo comando da Sama é o desejo de não disputar a reeleição ao Parlamento. O petista cederá o lugar pela disputa à vereança ao aliado interno no PT, o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Júnior. Dessa forma, o parlamentar permaneceria na gestão da autarquia pelo menos até o fim de 2016.
Em meio a essa transição, o governo praticamente desistiu da PPP (Parceria Público-Privada) do saneamento, após pedidos de TCE (Tribunal de Contas do Estado), após pedidos de embargos na licitação de empresas e da própria Sabesp. A proposta visava obter da iniciativa privada investimentos de R$ 153 milhões em 30 anos, para modernização do sistema, valor que a gestão petista almeja com a companhia.
Outro cenário que também colabora para o retorno da Sabesp em Mauá é a relação amistosa entre a companhia paulista com a Odebrecht S/A. A multinacional já comanda o setor de tratamento de esgoto na cidade, por meio da Foz do Brasil – a transferência desse serviço foi realizada em 2008, no governo do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB).
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